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O líder do PS, António José Seguro, afirmou hoje que os socialistas serão uma oposição «responsável», honrando os compromissos relativos à ajuda externa, mas avisou que «o memorando da 'troika' não suspende a política».
«Honraremos o memorando da ‘troika’, mas o memorando da ‘troika’ não suspende a política e nós agiremos precisamente em defesa dos nossos valores e dos nossos princípios», afirmou António José Seguro.
Na primeira intervenção no Parlamento enquanto o secretário-geral socialista, no primeiro debate quinzenal com o primeiro-ministro, Seguro assumiu-se como líder de uma «oposição firme, uma oposição responsável e uma oposição construtiva».
«Não seremos a oposição do bota abaixo, das coligações negativas, do protesto. Não, essa oposição está datada e não tem a ver com o Partido Socialista», declarou.
Relativamente ao memorando da ‘troika’ da ajuda externa, dividiu-o em «dois universos de medidas», as «imperativas», a que promete somar os votos do PS, e «medidas programáticas» a que estão vinculados.
«No que diz respeito aos objectivos, relativamente aos 5,9 por cento [de défice público este ano], nós cumpriremos com a nossa própria proposta e com a nossa própria visão, como concretizar esse mesmo objectivo», afirmou.
Seguro disse ainda que a «responsabilidade» do PS «não pode acompanhar a visão» que o Governo demonstrou na quinta-feira no Parlamento relativamente «ao princípio do equilíbrio das relações laborais».
O líder do PS causou depois algum burburinho no Parlamento ao chamar para cima da mesa o ‘caso Bairrão’. Ao tomar a palavra, Passos respondeu: «Sobre essa matéria para o Governo não há nenhum caso. Bairrão foi dado como putativo Secretário de Estado e não o foi. Essa é uma responsabilidade que cabe ao próprio e ao ministro da Administração Interna».
Seguro, por seu turno, contrapôs que se o assunto já estivesse suficientemente esclarecido o líder do Governo não teria mandado instaurar um inquérito ao caso.
Na resposta, Passos esclareceu que o inquérito ordenado «não está relacionado com o caso Bairrão mas com alegadas fugas em 2009 ou 2010»: «Não há nenhuma relação entre esse facto e o caso Bairrão».
Lusa/SOL