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Associação de defesa do consumidor recebeu este ano mais de 200 reclamações
Se comprou um computador portátil ou um smartphone e fez um seguro na loja, o melhor é rever o contrato. O mais provável é que as condições para que o seguro possa ser acionado sejam mais do que muitas e limitativas, "tornando o seguro inútil", alerta a Deco. Muitos podem ter um custo anual entre 11 e 150 euros.Só neste ano a associação de defesa do consumidor recebeu 201 queixas. "Temos sentido um aumento significativo de reclamações, até porque, pelo tipo de relatos que nos chegam, os consumidores são incentivados pelos vendedores à subscrição deste tipo de produtos, argumentando que é uma mais-valia", descreve Joana Parracho, jurista da Deco, ao DN/Dinheiro Vivo.Com base nas queixas, a associação de defesa dos consumidores foi analisar os seguros propostos nas cadeias Fnac, Media Markt, Phone House, Rádio Popular, Staples e Worten, tentando verificar se os seguros apresentavam vantagens reais face à garantia legal de dois anos. "Detetámos práticas comerciais desleais, publicidade enganosa e cláusulas abusivas", adianta Joana Parracho. Práticas que a Deco vai fazer chegar à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e à Autoridade para a Segurança Alimentar (ASAE)."Quando os consumidores fazem o seguro há até publicidade enganosa, pois é-lhes dito que é uma mais-valia e que cobre tudo, como furto ou danos acidentais, tudo o que a garantia não cobre, e os clientes são levados a subscrever", diz a jurista da Deco.Mas, na prática, a cobertura do seguro pode não ser aquela que o consumidor pensa ter contratualizado, com uma série de cláusulas de exclusão que o tornam inútil. À Deco chegaram casos como o de Cristina Sousa. Apesar de ter um seguro para danos acidentais, incluindo derrame de líquidos, teve de pagar do seu próprio bolso o arranjo do computador portátil depois de ter entornado um copo de leite com mel. Razão? Uma cláusula em que a seguradora não se responsabilizava por "danos provocados pelo sol, humidade ou líquidos corrosivos incluindo oxidação e corrosão, ou quando a reparação do equipamento não é feita pelo profissional". "Um perfeito exemplo que demonstra que este tipo de seguros não serve", considera a jurista.Por seguros que podem revelar-se inúteis, os consumidores pagam montantes que oscilam entre 11 e cerca de 150 euros anuais, consoante o tipo de cobertura e equipamento. Seguros que têm uma duração entre um e dois anos. Caso queira rescindir, o consumidor tem por norma 30 dias depois da adesão e tem de avisar a seguradora antes do prazo de renovação, por norma também 30 dias antes. "Mas o melhor é verificar quais as condições do contrato", reforça Joana Parracho.
dn

Se comprou um computador portátil ou um smartphone e fez um seguro na loja, o melhor é rever o contrato. O mais provável é que as condições para que o seguro possa ser acionado sejam mais do que muitas e limitativas, "tornando o seguro inútil", alerta a Deco. Muitos podem ter um custo anual entre 11 e 150 euros.Só neste ano a associação de defesa do consumidor recebeu 201 queixas. "Temos sentido um aumento significativo de reclamações, até porque, pelo tipo de relatos que nos chegam, os consumidores são incentivados pelos vendedores à subscrição deste tipo de produtos, argumentando que é uma mais-valia", descreve Joana Parracho, jurista da Deco, ao DN/Dinheiro Vivo.Com base nas queixas, a associação de defesa dos consumidores foi analisar os seguros propostos nas cadeias Fnac, Media Markt, Phone House, Rádio Popular, Staples e Worten, tentando verificar se os seguros apresentavam vantagens reais face à garantia legal de dois anos. "Detetámos práticas comerciais desleais, publicidade enganosa e cláusulas abusivas", adianta Joana Parracho. Práticas que a Deco vai fazer chegar à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e à Autoridade para a Segurança Alimentar (ASAE)."Quando os consumidores fazem o seguro há até publicidade enganosa, pois é-lhes dito que é uma mais-valia e que cobre tudo, como furto ou danos acidentais, tudo o que a garantia não cobre, e os clientes são levados a subscrever", diz a jurista da Deco.Mas, na prática, a cobertura do seguro pode não ser aquela que o consumidor pensa ter contratualizado, com uma série de cláusulas de exclusão que o tornam inútil. À Deco chegaram casos como o de Cristina Sousa. Apesar de ter um seguro para danos acidentais, incluindo derrame de líquidos, teve de pagar do seu próprio bolso o arranjo do computador portátil depois de ter entornado um copo de leite com mel. Razão? Uma cláusula em que a seguradora não se responsabilizava por "danos provocados pelo sol, humidade ou líquidos corrosivos incluindo oxidação e corrosão, ou quando a reparação do equipamento não é feita pelo profissional". "Um perfeito exemplo que demonstra que este tipo de seguros não serve", considera a jurista.Por seguros que podem revelar-se inúteis, os consumidores pagam montantes que oscilam entre 11 e cerca de 150 euros anuais, consoante o tipo de cobertura e equipamento. Seguros que têm uma duração entre um e dois anos. Caso queira rescindir, o consumidor tem por norma 30 dias depois da adesão e tem de avisar a seguradora antes do prazo de renovação, por norma também 30 dias antes. "Mas o melhor é verificar quais as condições do contrato", reforça Joana Parracho.
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