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Serviços de saúde afectados pela greve geral
O adiamento de consultas e cirurgias programadas deverá ser a principal consequência da greve geral de quinta-feira na área da saúde, com os sindicatos a esperarem uma «forte adesão» devido à «gravidade» das medidas anunciadas para o sector.
Pilar Vicente, dirigente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), disse à Agência Lusa que é esperado «um impacto bastante grande» da greve e que, nesse dia, os serviços deverão funcionar como se fosse um dia feriado ou de fim de semana.
Até ao momento, a FNAM identifica «um grande espírito de adesão, superior ao habitual».
Este espírito de adesão deve-se, segundo Pilar Vicente, «às graves medidas anunciadas» para o sector.
No pré-aviso de greve, a federação aponta como alguns dos motivos deste protesto «a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos direitos sociais consignados na Constituição da República Portuguesa» e a oposição ao «roubo nos salários e dos subsídios de férias e de Natal».
José Afonso, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), disse à Lusa que «tudo leva a crer que estes profissionais vão aderir em força ao protesto».
«O que está a ser pedido aos portugueses, além de ser injusto, é muito lesivo dos seus direitos e põe em causa a sua própria dignidade», disse.
Este dirigente sindical estima que, no dia da greve geral, sejam as consultas externas e os blocos operatórios os mais afectados, pois não têm serviços mínimos.
Na saúde, a paralisação também deverá ser significativa da parte dos trabalhadores dos serviços gerais da saúde, que conta com 30 mil profissionais.
Nelson Tavares Raleiras, dirigente da Associação de Trabalhadores dos Serviços Gerais da Saúde (ATSGS), disse à Lusa que esta organização – que não tem carácter sindical – espera uma «grande adesão» destes trabalhadores à greve geral.
Estes trabalhadores – que incluem os ex-auxiliares de acção médica, agora designados de assistentes operacionais – aderem tradicionalmente com grande expressão às greves gerais.
Em relação a este protesto, a tradição deverá cumprir-se e ser «ainda mais expressiva», tendo em conta «o contexto actual» que é «mais grave».
Nelson Tavares Raleiras estima que o impacto da greve seja maior nas consultas e cirurgias programadas, devendo as urgências e o internamento ser mantido.
A este propósito, sublinha que este tipo de paralisação «não pretende prejudicar os doentes, mas sim manifestar o descontentamento dos profissionais».
Esta é a terceira greve geral em que a CGTP e UGT se juntam, mas apenas a segunda greve conjunta das duas centrais sindicais portuguesas já que em 1988 a CGTP decidiu avançar e a UGT, autonomamente, também marcou uma greve geral para o mesmo dia.
A greve do próximo dia 24 foi marcada após o Governo ter anunciado novas medidas de austeridade, nomeadamente a suspensão dos subsídios de férias e de Natal na função pública, assim como o aumento do tempo de trabalho no sector privado.
Lusa/SOL
O adiamento de consultas e cirurgias programadas deverá ser a principal consequência da greve geral de quinta-feira na área da saúde, com os sindicatos a esperarem uma «forte adesão» devido à «gravidade» das medidas anunciadas para o sector.
Pilar Vicente, dirigente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), disse à Agência Lusa que é esperado «um impacto bastante grande» da greve e que, nesse dia, os serviços deverão funcionar como se fosse um dia feriado ou de fim de semana.
Até ao momento, a FNAM identifica «um grande espírito de adesão, superior ao habitual».
Este espírito de adesão deve-se, segundo Pilar Vicente, «às graves medidas anunciadas» para o sector.
No pré-aviso de greve, a federação aponta como alguns dos motivos deste protesto «a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos direitos sociais consignados na Constituição da República Portuguesa» e a oposição ao «roubo nos salários e dos subsídios de férias e de Natal».
José Afonso, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), disse à Lusa que «tudo leva a crer que estes profissionais vão aderir em força ao protesto».
«O que está a ser pedido aos portugueses, além de ser injusto, é muito lesivo dos seus direitos e põe em causa a sua própria dignidade», disse.
Este dirigente sindical estima que, no dia da greve geral, sejam as consultas externas e os blocos operatórios os mais afectados, pois não têm serviços mínimos.
Na saúde, a paralisação também deverá ser significativa da parte dos trabalhadores dos serviços gerais da saúde, que conta com 30 mil profissionais.
Nelson Tavares Raleiras, dirigente da Associação de Trabalhadores dos Serviços Gerais da Saúde (ATSGS), disse à Lusa que esta organização – que não tem carácter sindical – espera uma «grande adesão» destes trabalhadores à greve geral.
Estes trabalhadores – que incluem os ex-auxiliares de acção médica, agora designados de assistentes operacionais – aderem tradicionalmente com grande expressão às greves gerais.
Em relação a este protesto, a tradição deverá cumprir-se e ser «ainda mais expressiva», tendo em conta «o contexto actual» que é «mais grave».
Nelson Tavares Raleiras estima que o impacto da greve seja maior nas consultas e cirurgias programadas, devendo as urgências e o internamento ser mantido.
A este propósito, sublinha que este tipo de paralisação «não pretende prejudicar os doentes, mas sim manifestar o descontentamento dos profissionais».
Esta é a terceira greve geral em que a CGTP e UGT se juntam, mas apenas a segunda greve conjunta das duas centrais sindicais portuguesas já que em 1988 a CGTP decidiu avançar e a UGT, autonomamente, também marcou uma greve geral para o mesmo dia.
A greve do próximo dia 24 foi marcada após o Governo ter anunciado novas medidas de austeridade, nomeadamente a suspensão dos subsídios de férias e de Natal na função pública, assim como o aumento do tempo de trabalho no sector privado.
Lusa/SOL