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Serviços Prisionais sem psiquiatras no Hospital-Prisão para atender incendiário que escapou à PSP a caminho do tribunal

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Homem teve um ataque psicótico no hospital-prisão de Caxias.

O recluso de nacionalidade argelina que a 12 de novembro de 2024 fugiu à PSP junto ao Tribunal da Relação de Lisboa, e foi recapturado no dia seguinte pela GNR, no Algarve, teve um ataque psicótico no hospital-prisão de Caxias, Oeiras. Abdelkader Eddouh, de 36 anos, teve de ser transportado a um hospital civil, pois, como a própria Direção-Geral dos Serviços Prisionais admitiu ao CM, “não estavam disponíveis psiquiatras no hospital-prisão naquele momento”.

Recorde-se que o argelino aguarda, há mais de 4 meses, extradição para a Alemanha. Enfrenta um processo por incêndio numa esquadra de polícia local. Foram os próprios Serviços Prisionais a decidir que o recluso de 36 anos devia cumprir a prisão preventiva no hospital-prisão de Caxias, por ter problemas psiquiátricos diagnosticados. E que devia ser sempre escoltado pelo Grupo de Intervenção dos Serviços Prisionais (GISP), devido ao facto de já se ter evadido.

Aliás, sabe o CM, foi uma equipa do GISP com 8 elementos a ser chamada para escoltar Abdelkader Eddouh à psiquiatria do Hospital de São José, depois de este ter causado vários danos no interior do hospital-prisão devido a “um episódio do foro mental”. “Foi decidido encaminhar o recluso para uma consulta de urgência. O recluso foi visto e já regressou ao hospital prisional, onde permanece estabilizado”, disse ao CM fonte oficial dos Serviços Prisionais.

Para o Sindicato Nacional da Guarda Prisional (SNGP), no entanto, “é inadmissível ter um hospital prisional com a valência de psiquiatria e mandar os reclusos às 23 horas a um hospital civil”. “É pôr em causa a segurança do corpo da guarda prisional, e isso é intolerável. É ridículo chamar hospital aquele estabelecimento prisional, só serve para alguém ganhar dinheiro. Ainda gostávamos que a inspeção geral de serviços de justiça divulgasse a auditoria feita aos serviços clínicos daquele hospital". "Se o hospital funcionasse a sério, não precisávamos de ter dezenas de reclusos espalhados por hospitais civis a ocupar camas que seriam úteis para a população", concluiu Frederico Morais, presidente do SNGP.

Correio da Manhã
 
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