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STE: actualização salarial tem de ser real e dar esperança
O presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Bettencourt Picanço, defendeu hoje que a actualização salarial dos funcionários públicos tem de ser "real" e trazer "motivação e esperança" aos trabalhadores.
"É óbvio que terá sempre de ser uma actualização salarial que traga algo aos trabalhadores, que traga uma actualização real de salários, uma motivação e esperança. O futuro constrói-se com estas mesinhas todas", disse à agência Lusa Bettencourt Picanço, à margem de uma conferência de imprensa sobre as problemas da administração pública.
O dirigente sindical respondia à agência noticiosa ao ser questionado sobre se a proposta de aumento salarial que o STE vai apresentar ao governo vai situar-se entre os 3 e os 4,5%. "É uma questão que ainda não está analisada por nós e pelas organizações sindicais que estão connosco na frente sindical. Apresentaremos uma proposta dentro de 15 dias a um mês", disse Picanço, frisando que a contenção salarial "não é a salvadora do desenvolvimento económico que o país não tem tido".
Quanto à avaliação do desempenho dos funcionários públicos, o presidente sindical é peremptório: "Deve ser suspensa nos termos em que está a decorrer".
Segundo Bettencourt Picanço, "não é possível avaliar-se os trabalhadores sem se avaliar os serviços e os dirigentes".
"É manifesto que o que os cidadãos precisam e querem é a avaliação dos serviços públicos. Em seguida, é preciso uma avaliação dos dirigentes dos serviços, que também não tem sido concretizada. Só depois é que deve haver a concretização da avaliação dos trabalhadores", disse.
Picanço defende que a avaliação dos dirigentes também deve implicar que "os dirigidos a façam e que os cidadãos em geral também estejam empenhados na avaliação dos serviços".
O presidente do STE apontou o dedo à "clientelização dos serviços públicos" e lembrou que os trabalhadores têm sido os mais penalizados nos últimos 10 anos.
"Por um lado, falamos em contenção salarial para os trabalhadores da administração pública, com perdas de oito por cento nos últimos 10 anos. Mas por outro, falamos das empresas que permanentemente têm lucros e são apoiadas pelo Estado e pelo Governo. São estas as primeiras a falar de contenção dos salários dos trabalhadores. Há aqui manifestamente algo que não joga", afirmou.
Por isso, defende, "contenção sim, mas para todos e não só para alguns".
O dirigente sindical adiantou ainda que o STE está a preparar "um conjunto de conclusões" e propostas para apresentar ao Governo, aos partidos políticos e ao Presidente da República.
Estes temas, assim como a reestruturação dos serviços públicos e dependência cada vez maior da administração pública, devido às alterações introduzidas com a "empresarialização e o outsourcing", vão estar em debate no seminário do STE "Uma administração para o Futuro", que decorrerá quarta e quinta-feira no Laboratório de Engenharia Civil (LNEC), acrescentou.
ste
O presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Bettencourt Picanço, defendeu hoje que a actualização salarial dos funcionários públicos tem de ser "real" e trazer "motivação e esperança" aos trabalhadores.
"É óbvio que terá sempre de ser uma actualização salarial que traga algo aos trabalhadores, que traga uma actualização real de salários, uma motivação e esperança. O futuro constrói-se com estas mesinhas todas", disse à agência Lusa Bettencourt Picanço, à margem de uma conferência de imprensa sobre as problemas da administração pública.
O dirigente sindical respondia à agência noticiosa ao ser questionado sobre se a proposta de aumento salarial que o STE vai apresentar ao governo vai situar-se entre os 3 e os 4,5%. "É uma questão que ainda não está analisada por nós e pelas organizações sindicais que estão connosco na frente sindical. Apresentaremos uma proposta dentro de 15 dias a um mês", disse Picanço, frisando que a contenção salarial "não é a salvadora do desenvolvimento económico que o país não tem tido".
Quanto à avaliação do desempenho dos funcionários públicos, o presidente sindical é peremptório: "Deve ser suspensa nos termos em que está a decorrer".
Segundo Bettencourt Picanço, "não é possível avaliar-se os trabalhadores sem se avaliar os serviços e os dirigentes".
"É manifesto que o que os cidadãos precisam e querem é a avaliação dos serviços públicos. Em seguida, é preciso uma avaliação dos dirigentes dos serviços, que também não tem sido concretizada. Só depois é que deve haver a concretização da avaliação dos trabalhadores", disse.
Picanço defende que a avaliação dos dirigentes também deve implicar que "os dirigidos a façam e que os cidadãos em geral também estejam empenhados na avaliação dos serviços".
O presidente do STE apontou o dedo à "clientelização dos serviços públicos" e lembrou que os trabalhadores têm sido os mais penalizados nos últimos 10 anos.
"Por um lado, falamos em contenção salarial para os trabalhadores da administração pública, com perdas de oito por cento nos últimos 10 anos. Mas por outro, falamos das empresas que permanentemente têm lucros e são apoiadas pelo Estado e pelo Governo. São estas as primeiras a falar de contenção dos salários dos trabalhadores. Há aqui manifestamente algo que não joga", afirmou.
Por isso, defende, "contenção sim, mas para todos e não só para alguns".
O dirigente sindical adiantou ainda que o STE está a preparar "um conjunto de conclusões" e propostas para apresentar ao Governo, aos partidos políticos e ao Presidente da República.
Estes temas, assim como a reestruturação dos serviços públicos e dependência cada vez maior da administração pública, devido às alterações introduzidas com a "empresarialização e o outsourcing", vão estar em debate no seminário do STE "Uma administração para o Futuro", que decorrerá quarta e quinta-feira no Laboratório de Engenharia Civil (LNEC), acrescentou.
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