Portal Chamar Táxi

Stress traz alterações duradoiras em cérebro de soldados

billshcot

Banido
Entrou
Nov 10, 2010
Mensagens
16,629
Gostos Recebidos
161
Um estudo realizado por holandeses, da Universidade de Amesterdão e do Centro de Investigação Militar de Utreque, demonstrou que os efeitos do stresse se prolongam bastante para além do momento crítico, em combatentes. Já, durante a II Gueera Mundial, os investigadores ficaram intrigados com erros de pilotagem cometidos durante combates por excelentes pilotos e a recente investigação mostra que existe uma zona no cérebro que age como um maestro no planeamento de acções e na tomada de decisões e essa corresponde à região mais sensível ao stresse.

Para o estudo, liderado por Guido van Wingen, foram realizados testes de imagem cerebrais (por ressonância magnética) a 33 soldados antes de serem reencaminhados para uma missão de quatro meses no Afeganistão, sendo testados seis semanas após o seu regresso e, novamente, um ano e meio mais tarde. Os investigadores ressalvam que nenhum destes indivíduos foi ferido ao longo da missão, mas todos foram submetidos a um stresse prolongado em zonas de combate.

Os resultados foram comparados com um grupo de outros soldados que não participou nas operações. As diferenças surgiram nos soldados que regressaram da missão e ficaram visíveis na ressonância e num teste que segue as moléculas de água no cérebro e notifica qual é o estado das vias que este segue.

Os cientistas detectaram evidências de perturbações duradoiras em circulação entre duas zonas do cérebro – no córtex pré-frontal e no mesencéfalo. Segundo uma nota de van Wingen, a observação sugere que “o cérebro humano pode recuperar de efeitos deletérios do stresse”, mas revela ainda que haverá “alterações duráveis na rede neural que poderá aumentar a vulnerabilidade a outros condições semelhantes e, por sua vez, levar a um défice cognitivo prolongado”.

Entretanto, a equipa de investigação tentou saber se estes resultados podem extrapolar para os civis submetidos a um stresse prolongado e revelam que neste caso, os efeitos poderão ser mais intensos já que não são treinados para resistir a situações de agastamento e ansiedade.

Ciência Hoje
 
Topo