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A história musical dos anos 90 seria incompleta sem uma referência aos Suede, a banda britânica que, além de voltar aos palcos, acaba de lançar o primeiro "best of" da carreira. Em entrevista ao JN, o vocalista Brett Anderson descarta, para já, o regresso aos discos.
Nos seus anos áureos - ou seja, durante boa parte da década de 90 -, os Suede pediam meças a qualquer banda. Lugares cimeiros das tabelas de vendas, digressões infindáveis por dezenas de países ou os inevitáveis mexericos na imprensa não faltaram no percurso de um grupo que conseguiu até resistir sem problemas à saída de um membro tão influente como o guitarrista Bernard Butler.
E, todavia, apesar de tantas memórias doces, é sem uma ponta de nostalgia que o agora quarentão Brett Anderson fala sobre os anos em que era um ídolo para milhões. Por isso, apesar de os Suede serem vistos como um dos grupos mais proeminentes do movimento britpop, o vocalista renega esse rótulo, confessando "nunca ter percebido a insistência dos media em associarem-nos a outras bandas que faziam parte dessa corrente".
Na senda dos ídolos
Olhando para essa época, Brett Anderson recorda "o maior grau de ingenuidade existente" e critica a ausência de consciência musical dos projectos surgidos na altura. "Fomos uma das primeiras bandas a ir buscar referências históricas. Agora, a geração do iPod e da Internet tem acesso a mais informações", adianta, ao mesmo tempo que elogia o "dinamismo existente" na música de hoje.
Recentemente distinguidos pela "Q Magazine" com o Prémio Carreira, os Suede viram-se no papel que, em tempos, atribuíram a bandas como os Sex Pistols e os Clash, referências que procuraram seguir. Anderson afirma-se "lisonjeado" quando ouve bandas como os Klaxons, Killers ou Bloc Party confessarem que devem aos Suede a decisão de enveredarem pela via musical. "É fantástico. Representa muito para nós, pois já estivemos nesse lado", proclama.
Para seleccionar os temas incluídos no "best of", lançado há semanas - há ainda um segundo disco que reúne lados B e raridades -, Brett Anderson ouviu novamente a discografia do grupo. Sem falsas modéstias, garante ter ainda hoje orgulho nesse material, mas deixa escapar uma inconfidência: "A new morning", o quinto e (até ver) derradeiro disco do grupo, era dispensável.
"Não devíamos ter feito esse álbum. Longe de mim querer desrespeitar o trabalho de todos quantos colaboraram nele, mas, atendendo à discografia anterior, o último não era necessário. Foram tempos algo conturbados, porque queríamos reinventar a banda. Apesar de tudo, o single "Obsessions" é uma boa música e os lados B são interessantes", diz.
Em digressão nos próximos meses - a 7 de Maio apresentam-se em Espanha, na cidade de Múrcia -, os Suede ainda não decidiram se vão gravar um novo disco. Cauteloso, o vocalista prefere elogiar "o bom ambiente" reinante e declara que o disco só irá surgir se "tivermos absoluta certeza sobre a sua qualidade".
Jornal de notícias
Nos seus anos áureos - ou seja, durante boa parte da década de 90 -, os Suede pediam meças a qualquer banda. Lugares cimeiros das tabelas de vendas, digressões infindáveis por dezenas de países ou os inevitáveis mexericos na imprensa não faltaram no percurso de um grupo que conseguiu até resistir sem problemas à saída de um membro tão influente como o guitarrista Bernard Butler.
E, todavia, apesar de tantas memórias doces, é sem uma ponta de nostalgia que o agora quarentão Brett Anderson fala sobre os anos em que era um ídolo para milhões. Por isso, apesar de os Suede serem vistos como um dos grupos mais proeminentes do movimento britpop, o vocalista renega esse rótulo, confessando "nunca ter percebido a insistência dos media em associarem-nos a outras bandas que faziam parte dessa corrente".
Na senda dos ídolos
Olhando para essa época, Brett Anderson recorda "o maior grau de ingenuidade existente" e critica a ausência de consciência musical dos projectos surgidos na altura. "Fomos uma das primeiras bandas a ir buscar referências históricas. Agora, a geração do iPod e da Internet tem acesso a mais informações", adianta, ao mesmo tempo que elogia o "dinamismo existente" na música de hoje.
Recentemente distinguidos pela "Q Magazine" com o Prémio Carreira, os Suede viram-se no papel que, em tempos, atribuíram a bandas como os Sex Pistols e os Clash, referências que procuraram seguir. Anderson afirma-se "lisonjeado" quando ouve bandas como os Klaxons, Killers ou Bloc Party confessarem que devem aos Suede a decisão de enveredarem pela via musical. "É fantástico. Representa muito para nós, pois já estivemos nesse lado", proclama.
Para seleccionar os temas incluídos no "best of", lançado há semanas - há ainda um segundo disco que reúne lados B e raridades -, Brett Anderson ouviu novamente a discografia do grupo. Sem falsas modéstias, garante ter ainda hoje orgulho nesse material, mas deixa escapar uma inconfidência: "A new morning", o quinto e (até ver) derradeiro disco do grupo, era dispensável.
"Não devíamos ter feito esse álbum. Longe de mim querer desrespeitar o trabalho de todos quantos colaboraram nele, mas, atendendo à discografia anterior, o último não era necessário. Foram tempos algo conturbados, porque queríamos reinventar a banda. Apesar de tudo, o single "Obsessions" é uma boa música e os lados B são interessantes", diz.
Em digressão nos próximos meses - a 7 de Maio apresentam-se em Espanha, na cidade de Múrcia -, os Suede ainda não decidiram se vão gravar um novo disco. Cauteloso, o vocalista prefere elogiar "o bom ambiente" reinante e declara que o disco só irá surgir se "tivermos absoluta certeza sobre a sua qualidade".
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