Suspeitas de corrupção em terrenos para autoestradas

[Feraida]

Mais de 100 expropriações amigáveis de terrenos por parte da Auto-Estradas do Douro Litoral, em nome do Estado, estão a ser passadas a pente fino pela Polícia Judiciária do Porto. Há suspeitas de crimes.

Judiciária averigua negócios ruinosos. Conluio com engenheiro da Brisa terá rendido 13 milhões de euros a empresário

Os inspetores da PJ já efetuaram buscas domiciliárias aos três principais suspeitos num processo em que se investigam indícios de corrupção e participação económica em negócio.

Um dos visados é um engenheiro da Brisa, que, até janeiro de 2013, foi o coordenador do Núcleo de Expropriações Norte da Brisa - Engenharia e Gestão S. A..

Obs: Averiguem todas as expropriações feitas neste pobre país para esse tipo, ou outro, de obras e, se calhar, vão ficar surpreendidos:shy_4_02:

 

[brunomcf]

Conheço e lidei com este sujeito da Brisa numa expropriação. Sabia desde inicio que tal individuo era corrupto, pois não fazia sentido pagarem por infraestruturas inexistentes, áreas não necessárias a serem expropriadas etc.
Parabéns à Policia Judiciária por tal investigação!
Corruptos à choldra e bens confiscados!

 

[raposo_744]

 

[Feraida]

Brisa oferece tostões mas paga fortuna por terreno

Num só terreno e em dois dias, um empresário investigado pela PJ por expropriações suspeitas obteve um lucro fabuloso. A uma viúva a AEDL/Brisa oferecia 12 500 euros, mas a Vítor Batista pagou 250 mil euros.

Maria Isabel Machado era proprietária de um terreno com a área de 9200 metros quadrados em Maumosteiro, freguesia de Crestuma, Gaia. De acordo com documentos a que o JN teve acesso, a 15 de dezembro de 2009, recebeu uma carta da Brisa-Engenharia e Gestão SA informando-a de uma proposta de 12 500 euros para expropriação amigável de 2962 metros (cerca de um terço do terreno) para a construção da A32. A carta era assinada por João Malheiro Reymão que atuava em representação da Auto Estradas do Douro Litoral (AEDL) e em nome do Estado.

Mas, entretanto, surgiu à viúva uma proposta que, comparando com os valores oferecidos pela AEDL/Brisa, não fariam ninguém hesitar. Vítor Batista, contabilista e empresário de Sandim, Gaia, ofereceu-lhe pelo terreno todo (os tais 9200 metros quadrados) um total de 100 mil euros. Sem pestanejar, Maria Isabel Machado vendeu o terreno, no dia 25 de maio de 2011, à construtora Alexandre Emanuel, de que Vítor Batista era sócio-gerente.

Apenas dois dias depois, a 27 de maio de 2011, a AEDL finalmente celebrou a escritura de expropriação amigável. Mas em vez de adquirir à viúva os 2962 metros quadrados por 12 500 euros, comprou a Batista 3893 metros (mais 931 metros) pelo montante global de 250 mil euros. Ou seja, cerca de 20 vezes mais do que oferecera à anterior proprietária.

In:Jn