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Talidomida: Vítimas portuguesas devem organizar-se

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Talidomida: Vítimas portuguesas devem organizar-se

As vítimas portuguesas da talidomida devem organizar-se numa associação para melhor defenderem os seus interesses, aconselharam representantes de vários países, que hoje se manifestaram em Londres contra a falta de apoio do estado alemão e da empresa farmacêutica responsável.

Em frente à embaixada da Alemanha estiveram hoje algumas dezenas de espanhóis, alemães, suecos, irlandeses, ingleses e italianos vítimas deste medicamento alemão, em resposta ao apelo da Aliança Internacional das Associações das Vítimas de Talodomida (ICTA no acrónimo inglês).

Todavia, o seu presidente, Nick Dobrik, admitiu à agência Lusa que nenhum português entrou em contacto e que não conhece nenhuma organização portuguesa.

Pelo menos três dirigiram-se à Associação de Vítimas espanhola, diz o seu presidente José López, mas a sua dimensão real é desconhecida.

"Não são tantos como na Alemanha, Reino Unido, Itália e Espanha", garantiu.

"O melhor", sugere o presidente da Associação de Talidomida Sueca, Bjorn Hakansson, "é criar uma associação nacional para encontrar mais casos".

Hakansson, que tem um problema nos braços e mãos, refere que, apesar de a talidomida estar proibida desde 1961 e de o organismo sueco existir desde 1984, só nos últimos sete anos receberam 15 novos casos.

"Normalmente não sabem que sofrem dos efeitos de talidomida e só quando nos vêem na televisão é que percebem e telefonam-nos", explica à Lusa.

Na Suécia são conhecidos 106 vítimas, mas o total mundial deve rondar os 4.500 casos, adianta Dobrik.

A manifestação de hoje em frente à embaixada da Alemanha foi a segunda convocada este ano pela ICTA, que só foi formada recentemente.

Os protestos contra a Alemanha acontecem pelo facto de o país ter protegido legalmente há 30 anos o laboratório Grunenthal, a empresa alemã que fabricava a talidomida, impedindo assim que fossem pedidas indemnizações.

A talidomida é um componente de uma medicamente, comercializado entre 1957 e 1961, para combater algumas maleitas associadas à gravidez, como insónias e enjoos, em 50 países.

Estimam-se que, em consequência, terão nascido cerca de 20 mil bebés com deformações físicas, nomeadamente sem braços, pernas ou com estas extremidades mais curtas, sem órgãos internos, sem a visão ou a audição.

Nick Dobrik diz que as vítimas alemãs recebem pensões, mas muito baixas, e que as italianas só começaram a ser compensadas recentemente. Em negociações para serem reconhecidos estão os espanhós.

Os manifestantes pretendiam também sensibilizar os embaixadores de outros países para esta causa, que estavam convidados para uma recepção na embaixada da Alemanha.

Apesar de o evento ter sido antecipado para o dia anterior, alguns manifestantes ainda se mobilizaram no mesmo local.

Para a Primavera de 2009 está programada uma nova série de acções públicas em Berlim.


Diário Digital / Lusa​
 

CELSOSOUSA

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ola, gostava de saber se tem mais imformaçoes sobre o medicamento talidomida... pois a minha mae foi vitima dessa desgraça, e eu estou a ver se consigo obter mais impormaçoes para a poder ajudar... aguardo resposta rapida.
 
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