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Notícias Tem perna amputada após 13 dias sem cirurgia. Será indemnizado em 180 mil

Lordelo

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Um homem de 55 anos teve metade da perna direita amputada, depois de ter permanecido internado por 13 dias numa unidade hospitalar de Sevilha que não tinha serviço de cirurgia vascular, em novembro de 2021. Agora, o Tribunal Administrativo n.º 8 de Sevilha condenou o Serviço Andaluz de Saúde (SAS) a indemnizar o paciente em 180 mil euros, além de juros legais.


Naquela altura, o homem acorreu ao Serviço de Urgências do Hospital Regional La Merced de Osuna, devido à necrose de dois dedos do pé direito, com comprometimento do antepé, de acordo com a Telecinco.


O paciente foi, depois, transferido para o Hospital de Écija, onde foi submetido a uma amputação parcial do pé. Contudo, e de acordo com a associação El Defensor del Paciente, a unidade não tem um serviço de cirurgia vascular, pelo que o homem foi atendido por especialistas em cirurgia geral e traumatologia, ao invés de ter sido encaminhado para outro hospital.


A 22 de novembro, o doente foi transferido para o Hospital Virgen de Valme, tendo sido submetido a uma revascularização, no dia 24. Já entre 25 e 26 de novembro, foram levados a cabo novos desbridamentos e uma amputação do pé. A 3 de dezembro, o homem teve a perna direita amputada abaixo do joelho.


O visado argumentou, por isso, que os 13 dias em que não foi submetido a uma revascularização, apesar de existir desde o início um diagnóstico de pé diabético com necrose, foi uma "má prática" médica.


O processo justificou que, caso o homem tivesse sido logo encaminhado para o Hospital Virgen de Valme, parte do seu pé poderia ter sido salva. Além disso, o doente apontou que não foi informado da necessidade de revascularização antes da amputação, nem de que metade do pé seria removido. Pediu, por isso, 420 mil euros de indemnização.


Na ótica do tribunal, não é possível saber "com certeza" que a revascularização teria impedido a amputação. Além disso, existem "factores como a infeção e a diabetes que também afetam o resultado", não sendo possível estabelecer uma relação direta entre o atraso no tratamento e a amputação final, segundo especialistas. Concordou, no entanto, que houve "falta de oportunidade" para se alcançar um desfecho diferente.

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