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Testes de ADN esclarecem origem dos índios americanos

kokas

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Set 27, 2006
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A origem dos índios do continente americano remonta a uma única vaga de migração, que ocorreu há 23.000 anos, de uma população ancestral proveniente da Sibéria. A conclusão é de um estudo da Universidade de Copenhaga, publicado na revista Science, que traz novos dados sobre a colonização do continente americano. Paralelamente, um outro estudo, divulgado na revista Nature, corrobora a ligação genética entre os nativos americanos e outros povos de diferentes regiões do mundo.

Há muito que os cientistas especulavam sobre a colonização do continente americano. A tese mais aceite até agora, afirmava que uma população tinha atravessado a faixa de terra que ligava a Sibéria e o Alasca, hoje em dia imersa sob o Estreito de Bering. Agora, duas investigações independentes desvendaram um pouco mais sobre a origem dos nativos das Américas.

Uma equipa de cientistas da Universidade de Copenhaga comparou os testes de ADN feitos a indígenas da América, da Sibéria e a populações perto do Oceano Pacífico, da África e da Europa. O estudo, publicado na revista Science, concluiu que as primeiras pessoas a chegar à América, há 23.000 anos, eram provenientes da Sibéria e nada sugere que tenha havido mais do que uma onda migratória.

A investigação mostrou também que este grupo se dividiu em dois ramos há cerca de 13.000 anos. Na altura, o degelo dos glaciares permitiu a ligação por terra entre o norte e o sul do continente.

A ponte terrestre possibilitou a passagem de um desses grupos, que os historiadores apelidaram de “população Y”, para o sul do continente. Assim, as diferenças genéticas verificadas entre o norte e o sul da América não decorreram de várias ondas migratórias, mas de encontros entre estas tribos, após a primeira vaga de migração.

Para além disto, a equipa de investigadores descobriu também um elo de ligação genético entre estas populações e os povos da Ásia Oriental, nomeadamente da Papua Nova Guiné e das Ilhas Salomão. Este dado sugere que a população indígena americana “não ficou isolada do Velho Mundo após a sua migração inicial", assegurou Maanasa Raghavan, uma das investigadoras.
“O nosso estudo apresenta a imagem mais compreensiva da genética pré-histórica do continente americano até à data”, declarou a investigadora.

Segundo a AFP, um outro estudo, publicado na revista britânica Nature, comparou o genoma de 30 populações ameríndias da América Central e do Sul e 197 pessoas de diferentes regiões do mundo. Os resultados detetaram semelhanças genéticas entre algumas populações ameríndias da Amazónia e os indígenas australianos, da Papua Nova Guiné e das Ilhas de Salomão.
“O nosso estudo sugere que houve outras contribuições para além da primeira vaga vinda da Sibéria. O que não contradiz os resultados de Maanasa Raghavan”, afirmou Pontus Skoglund, autor do segundo estudo, à AFP.

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