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O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte criticou hoje, segunda-feira, a "paralisia da alta velocidade" entre Porto e Vigo e a "forma deselegante" como decorreu a introdução de portagens na A28.
Falando na abertura da cerimónia de entrega da liderança da Comunidade de Trabalho Galiza - Norte de Portugal ao presidente da Junta da Galiza, Carlos Lage considerou que o TGV entre Porto e Vigo "foi e é uma das grandes apostas da euro região [Galiza/Norte de Portugal] que os altos e baixos da política, mas sobretudo das fraquezas da economia e das finanças públicas portuguesas, comprometeram".
Apesar de reconhecer que o adiamento da ligação foi "imposto por tempos adversos e por ideias anacrónicas", Carlos Lage considerou ter sido "uma dura decepção", mais ainda porque sonha "desde há cinco anos" com o projecto.
Para o responsável, "o Estado português tem de acertar e garantir com as autoridades espanholas" esta ligação, considerando tratar-se de uma "questão inadiável".
Carlos Lage defendeu que o projecto tem que ficar "previamente resolvido" para que não se depare com "dificuldades técnicas intransponíveis" quando for retomado.
"Eu não quer acreditar que, dentro de alguns anos, a península esteja cruzada em todas as direcções por um comboio do nosso tempo e que Portugal mantenha o arcaico e isolado sistema ferroviário do século XIX, de bitola ibérica", frisou.
Relativamente à introdução das portagens na A28, principal via de ligação entre o Norte de Portugal e a Galiza, Carlos Lage afirmou não poder deixar de assinalar "a forma deselegante para com os cidadãos galegos como decorreu a introdução de portagens na A28, que roçou mesmo a desconsideração".
Lamentando "profundamente" o modo como todo o processo decorreu, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte afirmou ter-se sentido "muitas vezes indignado" como todos os galegos que se deslocam a Portugal por motivos de turismo ou trabalho.
Do outro lado da balança, no prato dos "êxitos e inovações", Carlos Lage colocou "o lançamento da macro região", o funcionamento do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Galiza/Norte de Portugal e o Laboratório Internacional de Nanotecnologias.
Carlos Lage defendeu que a macro região "é essencial para o Norte", que, no seu entender, "não pode deixar-se isolar e ficar como que solitária face a um Estado português que não abdica de ser centralista e que subestima as aspirações da região, tão perto e tão longe da capital".
Jornal de Notícias
Falando na abertura da cerimónia de entrega da liderança da Comunidade de Trabalho Galiza - Norte de Portugal ao presidente da Junta da Galiza, Carlos Lage considerou que o TGV entre Porto e Vigo "foi e é uma das grandes apostas da euro região [Galiza/Norte de Portugal] que os altos e baixos da política, mas sobretudo das fraquezas da economia e das finanças públicas portuguesas, comprometeram".
Apesar de reconhecer que o adiamento da ligação foi "imposto por tempos adversos e por ideias anacrónicas", Carlos Lage considerou ter sido "uma dura decepção", mais ainda porque sonha "desde há cinco anos" com o projecto.
Para o responsável, "o Estado português tem de acertar e garantir com as autoridades espanholas" esta ligação, considerando tratar-se de uma "questão inadiável".
Carlos Lage defendeu que o projecto tem que ficar "previamente resolvido" para que não se depare com "dificuldades técnicas intransponíveis" quando for retomado.
"Eu não quer acreditar que, dentro de alguns anos, a península esteja cruzada em todas as direcções por um comboio do nosso tempo e que Portugal mantenha o arcaico e isolado sistema ferroviário do século XIX, de bitola ibérica", frisou.
Relativamente à introdução das portagens na A28, principal via de ligação entre o Norte de Portugal e a Galiza, Carlos Lage afirmou não poder deixar de assinalar "a forma deselegante para com os cidadãos galegos como decorreu a introdução de portagens na A28, que roçou mesmo a desconsideração".
Lamentando "profundamente" o modo como todo o processo decorreu, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte afirmou ter-se sentido "muitas vezes indignado" como todos os galegos que se deslocam a Portugal por motivos de turismo ou trabalho.
Do outro lado da balança, no prato dos "êxitos e inovações", Carlos Lage colocou "o lançamento da macro região", o funcionamento do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Galiza/Norte de Portugal e o Laboratório Internacional de Nanotecnologias.
Carlos Lage defendeu que a macro região "é essencial para o Norte", que, no seu entender, "não pode deixar-se isolar e ficar como que solitária face a um Estado português que não abdica de ser centralista e que subestima as aspirações da região, tão perto e tão longe da capital".
Jornal de Notícias