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Três detidos por exploração laboral em megaoperação da GNR em Sesimbra

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Para a operação foram mobilizados cerca de 130 militares da GNR.

Dois homens e uma mulher, com idades compreendidas entre os 43 e os 62 anos, foram detidos por exploração laboral para a pesca profissional local e costeira, na sequência de uma Megaoperação da GNR em Sesimbra. Operação inclui também o concelho de Almada.

"As buscas iniciadas hoje de manhã visam três suspeitos, mas esse número poderá aumentar", disse à agência Lusa o major Ilídio Barreiros, 2.º Comandante do Grupo de Guarda de Fronteiras da GNR, adiantando que há mais de uma dezena de pessoas identificadas que são vítimas no âmbito do processo. "

A mesma fonte referiu que foram apreendidas "várias embarcações e viaturas, 200 doses de haxixe e cinco armas e 300 munições".

Para a operação foram mobilizados cerca de 130 militares da GNR, para cumprir 41 ordens de busca, sendo seis domiciliárias e outras 35 não domiciliárias. Os 41 mandados de buscas "incidem sobre empresas, embarcações, armazéns comerciais e de aprestos e escritórios de contabilidade", acrescentou o responsável da GNR, adiantando que "algumas embarcações e armazéns de aprestos, sem condições de higiene e de segurança, servem de alojamento aos migrantes", refere a mesma fonte.

Em Almada, as buscas incidiram sobre um gabinete de contabilidade que estará ligado à rede de exploração laboral. As autoridades apreenderam documentação relacionada com a falsificação de documentos e crimes fiscais. As empresas, que estão a ser investigadas com o apoio da Autoridade Tributária, terão falsificado entradas e saídas de dinheiro para fugir ao pagamento de impostos. As diligências no concelho de Almada foram as primeiras a terminar.

Em comunicado divulgado esta terça-feira, a GNR esclarece que a operação policial está a ser desenvolvida pela Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras (UCCF), no âmbito de um inquérito criminal tutelado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal Regional de Évora, que investiga os crimes de angariação de mão-de-obra ilegal, fraude fiscal, falsificação de documentos e falsidade informática.

O comunicado adianta que as diligências policiais em curso resultaram da identificação de cidadãos estrangeiros em situação irregular no país, a viver em situações degradantes e explorados como mão-de-obra ilegal.

A GNR salienta ainda que a operação, batizada com o nome `Dignitas´, conta com o apoio da Autoridade Tributária (AT), da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), de equipas multidisciplinares especializadas para a assistência a vítimas de tráfico de seres humanos da Associação para o Planeamento da Família (APF), contando ainda com a presença de magistrados do Ministério Público".

A operação da GNR teve início em dezembro de 2023 e culminou nas detenções desta terça-feira.

Cerca de 20 imigrantes serão ajudados pela AIMA.


Correio da Manhã
 
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