kokas
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O Ministério Público reconheceu que o principal trunfo da acusação - o testemunho da mãe da criança - era muito "frágil".
Há um ano enchiam-se páginas de jornais, gerou-se uma campanha mediática à volta do caso de uma menor de 13 anos teria sido abusada por colegas da escola, ao ser arrastada para uma mata, no Laranjeiro. Nasceu uma onda de solidariedade para com a família que culminou inclusive na compra de uma casa nova. Ontem, a audiência de julgamento que deu a conhecer o veredicto, deitou por terra toda a história descrita na acusação: o coletivo de juízes não teve dúvidas e os três arguidos que terão levado a colega da Escola Ruy Luís Gomes, em Almada, para uma mata isolada são inocentes dos crimes de coação e abusos sexuais. Os mesmos arguidos de 16 anos que estiveram um ano em prisão preventiva à espera do julgamento.
O "flop" da acusação foi ao ponto do próprio procurador do Ministério Público, Joaquim Moreira da Silva, ter pedido em maio deste ano - enquanto o julgamento ainda decorria e conforme o DN noticiou na altura - a libertação dos arguidos e ter pedido posteriormente a absolvição de todos os arguidos nas alegações finais. O caso que chocou o país acabou por ser considerado um fracasso em julgamento, com uma prova demasiado "frágil". O maior trunfo da acusação - o testemunho da mãe da menor que terá feito as primeiras denúncias das agressões em 2013 - revelou-se pouco "credível, pouco sustentado e carregado de contradições", conforme garantiu ao DN fonte próxima do processo judicial. Ao contrário dos testemunhos dos três arguidos que foram "bem mais acutilantes e coerentes". Segundo apurou o DN um dos pontos que terá sido fundamental para a decisão de absolver os arguidos foi o facto de ter ficado provado em julgamento que um dos acusados pela menor nem terá estado no local apontado como local do crime.
Segundo a acusação, a 19 de abril de 2013 uma menor de 13 anos terá sido violada por cinco colegas da escola Ruy Luís Gomes no Laranjeiro. Um que à data era ainda menor (com 15 anos)e que está ainda a ser julgado no Tribunal de Família e Menores e três com mais de 16, reencaminhados para o Tribunal de Almada, julgados como adultos.
dn
