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Mark Gregoire descobriu que tinha cancro do pâncreas. Mas depois de cientistas terem infetado ratos com as células do seu tumor, um dos animais reagiu ao tratamento. E Mark, hoje, está curado.
O mesmo tratamento está a ser testado em outros 15 pacientes
Investigadores conseguiram eliminar o tumor maligno de Mark Gregoire, norte-americano de 65 anos, a quem fora detetado cancro no pâncreas em estado avançado, em 2006. A técnica utilizada para a cura foi transplantar células do tumor para vários ratos de laboratório.
Segundo a "BBC Brasil ", no tratamento estiveram envolvidos cientistas da Universidade John Hopkins, nos EUA, e do Centro Nacional de Investigação Oncológica (CNIO), de Madrid. Estes desenvolveram as células de tumor nos animais para poderem testar várias alternativas de tratamento, sem exporem Gregoire aos efeitos secundários de cada medicamento enquanto fazia quimioterapia.
Este é um tipo de tratamento personalizado, onde foi aplicada uma combinação de análises genéticas e de tratamento sobre o próprio tumor para se saber que fármacos podem funcionar.
"Tivemos sorte e acertámos, porque não havia margem de erro", contou Manuel Hidalgo, o cientista espanhol que coordenou o estudo publicado na revista "Molecular Cancer Therapeutics" , ao "El País ".
Um dos vários tratamentos resultou num dos ratos testados, mostrando que a mitomicina-C inibe a divisão das células tumorais. E o medicamento foi também aplicado ao norte-americano.
Cura individual
Mark soube que tinha cancro do pâncreas em 2006 e a previsão era a pior possível: estado muito avançado e poucas semanas de vida. Ainda segundo a BBC Brasil, três dos seus irmãos morreram com o mesmo tipo de cancro, quase fatal se não for descoberto nas fases iniciais.
No entanto, mais de quatro anos depois, Mark Gregoire não apresenta sinais de tumor no seu corpo, apesar dos médicos referirem que é cedo para falar numa cura total deste paciente.
Manuel Hidalgo afirma que este tratamento foi possível neste norte-americano. "Todos os tumores têm um ponto vulnerável mas a dificuldade é identificá-lo, devido à diversidade dos genomas".
Assim, não se pode falar numa cura para este tipo de cancro. "A probabilidade de que outro paciente com cancro do pâncreas tenha o mesmo tipo de tumor que Gregoire é de 1% a 3%. As variações possíveis de tratamentos chegam a quase cem, daí a necessidade de personalizar cada tratamento", explicou ainda Hidalgo.
No entanto está identificada a mutação genética responsável pelo desenvolvimento do cancro, assim como a sequência de ADN do paciente. Outras 15 pessoas estão a ser testadas como pacientes e, segundo o médico espanhol, o nível de sucesso é semelhante ao de Mark Gregoire.
Expresso
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