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Tribunal absolve sexagenária acusada de abusar de filho com deficiência
O tribunal de S. João Novo, no Porto, absolveu hoje a sexagenária acusada de abusar de um filho de 17 anos, portador de síndroma de Down (trissomia 21), por falta de prova.
A arguida estava acusada de um crime de violência doméstica e um crime continuado de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência.
Segundo a acusação, não provada, a mulher, de 64 anos, teria agredido múltiplas vezes o filho com quem partilhava a cama onde dormiam.
Ainda de acordo com a acusação do ministério público, «sempre que se encontrava alcoolizada, o que sucedia com frequência diária, a mulher desferia bofetadas na cabeça» do filho e «em várias partes do corpo», além de lhe atirar objectos e o insultar.
Durante o julgamento, que decorreu à porta fechada, a arguida negou a prática dos factos, afirmando que nunca dormiu com o filho.
A sexagenária contou ainda que um segundo filho e a nora viveram em casa dela cerca de dois meses e que eles é que agrediam e insultavam o filho com síndroma de Down.
Como também foi agredida e roubada pelo casal, a arguida decidiu chamar a polícia e colocá-los fora de casa «e eles como vingança inventaram tudo», pode ler-se no acórdão.
Também durante o julgamento a alegada vítima afirmou que a mãe nunca lhe bateu nem nunca dormiu com ele.
Perante todos os factos «só restou a este colectivo de juízes julgar não provada a autoria dos crimes constantes da acusação» e absolver a arguida.
Ainda assim, disse a juíza à arguida no final da sessão de hoje: «se é inocente, vá em paz. Se não é, então tenha cuidado porque para a próxima pode não ser assim».
Lusa/SOL