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Tribunal absolve suspeitos do desaparecimento de empresário galego

florindo

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O Tribunal de Valença absolveu esta segunda-feira os quatro suspeitos do sequestro e desaparecimento, há 12 anos, de Guillermo Collarte, um empresário galego. Um dos arguidos foi detido à saída do Tribunal para cumprir uma pena em Espanha relacionada com o caso.

Os arguidos do caso, dois cidadãos espanhóis que eram sócios de Guillermo Collarte, e dois portugueses, Vítor Barreto e José Lopes Rodrigues (antigo vereador do CDS na Câmara de Valença) estavam a ser julgados pelo sequestro e desaparecimento do empresário galego. Porém, o Tribunal considerou insuficientes as provas apresentadas e, na dúvida, decidiu a absolvição.

Guillermo Collarte desapareceu no dia 5 de Outubro de 1999, em Valença, onde se deslocara na companhia de dois sócios espanhóis para, juntamente com um outro sócio português, visitarem uma obra. José Lopes Rodrigues, na altura vereador do CDS na autarquia local e alegado representante de negócios do empresário galego em Portugal, terá sido uma das últimas pessoas a vê-lo.

O Ministério Público (MP) de Valença apontava-o como mentor do sequestro e desaparecimento de Collarte, juntamente com os sócios espanhóis - Gerardo Torres e Luís Sanchez la Bandeira. Um quarto arguido, o português Victor Pereira Barreto, é acusado de ter executado o sequestro.

Segundo a acusação, Collarte, cujo estado de saúde era "muito delicado" à época, o que o impedia de se deslocar sozinho, reuniu-se com os sócios no edifício do mercado municipal de Valença, que estava em construção.

Depois, terá sido levado para um terreno do antigo Hotel Valenciano, próximo da estação de comboios, juntamente com Lopes Rodrigues. Este último, alegando que iria buscar uns papéis, terá deixado Collarte sozinho, aparecendo então o indivíduo contratado para o raptar, que o meteu na mala do carro e o levou para parte incerta, desconhecendo-se até hoje o destino do empresário.

Em Fevereiro de 2008 foram feitas buscas em Valença, pois suspeitava-se que o corpo do empresário tinha sido atirado para um poço, mas nada foi encontrado. Collarte já tinha sido vítima de um sequestro na Galiza.

José Rodrigues e Vitor Barreto foram condenados, em segunda instância, em 16 de Julho deste ano, pelo Tribunal de Ourense a três anos e oito meses de prisão por ameaças de morte continuadas, entre Junho de 2002 e Março de 2003, à filha do empresário galego.

Foi precisamente para cumprir a pena relativa a este processo que Vítor Barreto foi detido à saída do Tribunal de Valença após ter sido absolvido do processo que corria em Portugal.

Jornal de Notícias
 
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