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Tropas russas estão a recuar, mas EUA denunciam chegada de tchetchenos à Ucrânia

kokas

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Set 27, 2006
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As tropas russas estão a retirar-se da fronteira com a Ucrânia. Desta vez não é apenas o Governo de Moscovo a dizê-lo, são os EUA a confirmá-lo e a NATO a quantificar a saída de “talvez cerca de dois terços” dos soldados que têm permanecido na zona. Mas Washington manifestou preocupação com o facto de "militares da Tchetchénia treinados na Rússia" estarem a entrar no Leste do país, para combaterem ao lado dos separatistas.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, tinha confirmado a retirada russa quinta-feira à noite numa entrevista ao canal público PBS. O secretário-geral da aliança atlântica, Anders Fogh Rasmussen, quantificou-a esta sexta-feira à Reuters. “Temos sinais pelo menos de uma retirada parcial”, disse. O número de soldados russos junto à fronteira estava calculado em 40 mil.
Na mesma entrevista, o chefe da diplomacia dos EUA disse ter "provas de que há russos a passar a fronteira, militares da Tchetchénia treinados na Rússia, que passam para o outro lado para agitar a situação, para se envolverem no conflito”.
O responsável norte-americano referia-se à admissão dos próprios separatistas de que os confrontos no aeroporto de Donetsk, na segunda e na terça-feira, contaram com a participação de "voluntários" russos. Na quinta-feira, elementos do Batalhão de Vostok, formado na Tchetchénia e que combateu na guerra da Geórgia sob o comando militar russo, ocuparam a sede dos separatistas em Donetsk, numa operação para estabelecer a ordem entre os combatentes, alguns deles acusados de pilhagens.
A presença de combatentes russos – e de outras nacionalidades – é um facto já confirmado no terreno, mas Moscovo mantém que não deu quaisquer ordens para tal, e que se há russos a combater no Leste, eles estão lá por iniciativa própria.
O facto de o helicóptero MI-8 das forças ucranianas ter sido abatido por um lança-mísseis portátil de fabrico russo, de acordo com as informações do Presidente em exercício, Oleksandr Turchinov, levou também a Casa Branca a exprimir a sua "inquietação", frisando que essa informação mostra que os separatistas têm "material sofisticado".
Apesar das críticas a Moscovo, Kerry disse ter "esperanças" de que a situação se normalize nos próximos tempos. "Falei ontem [quarta-feira] com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia [Sergei Lavrov]. Eles manifestaram a esperança de que possa haver uma forma de dar um passo em frente. É claro que nesta situação não bastam palavras; é preciso agir", disse o responsável norte-americano. O governante apelou ainda à Rússia para que "construa um caminho em que os ucranianos sejam uma ponte entre o Ocidente e o Leste".
Os chefes da diplomacia dos dos dois países voltaram esta sexta-feira a falar ao telefone. Segundo o ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Lavrov “apelou aos EUA para encorajarem as autoridades de Kiev a […] cessarem imediatamente as operações militares e a começarem negociações directas com as regiões do sudeste”, indica um comunicado citado pela Reuters.

“Limpeza” de uma parte do Leste
Também esta sexta-feira, o ministro ucraniano da Defesa, Mikhailo Koval, insistiu na acusação de que a Rússia está a realizar “operações especiais” no país, anunciou que a ofensiva vai prosseguir. Declarou também que as tropas de Kiev “limparam completamente” uma parte do Leste de rebeldes pró-russos.

Na quinta-feira à noite, o Presidente eleito da Ucrânia, Petro Poroshenko, prometeu "punir os terroristas e bandidos" que abateram um helicóptero, o terceiro desde o início do mês, matando 12 militares, entre os quais um general do Exército.
"Devemos fazer tudo para garantir que outros ucranianos não morram às mãos dos terroristas e dos bandidos", disse Poroshenko, referindo-se às milícias separatistas da região Leste do país. Na mesma comunicação ao país, citada pelos jornais ucranianos, afirmou que "os criminosos" que abateram o helicóptero das forças ucranianas foram "destruídos".
Outro dos motivos de preocupação no Leste da Ucrânia é o desaparecimento de observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). Esta sexta-feira, a organização disse ter perdido contacto com uma equipa detida quinta-feira à noite em Severodonetsk, na região de Lugansk. Outro grupo de quatro observadores está desaparecido desde segunda-feira na região de Donetsk.
O designado primeiro-ministro da autoproclamada República Popular de Donetsk, Alexandr Borodai, disse que não tinha qualquer informação sobre os observadores cujo paradeiro é desconhecido há mais tempo. "Não sabemos onde eles estão, e estamos a procurá-los. É possível que se trate de uma provocação para nos acusar falsamente de os termos detido", disse Borodai, citado pela agência AFP.

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