kokas
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Bombardeadas posições do partido curdo no Iraque. Divergências entre Ancara e Washington sobre grupos a apoiar na Síria.
Aviões de combate da Turquia voltaram ontem a bombardear posições dos independentistas curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no Norte do Iraque naquele que foi o ataque mais importante contra este grupo que advoga a independência do Curdistão turco. A notícia foi divulgada em comunicado do gabinete do primeiro-ministro Ahmet Davutoglu, que indicou terem sido atacados alvos em seis áreas, visando pontos de apoio logístico e abrigos para combatentes e material.
Os ataques contra o PKK iniciaram-se na passada sexta-feira em paralelo com os dirigidos contra o Estado Islâmico (EI), mas as operações contra os independentistas curdos têm sido mais intensivos do que as dirigidas aos islamitas, notava ontem a Reuters. O facto parece confirmar a intenção do presidente Recep Tayyip Erdogan de enfraquecer o PKK no terreno e os seus aliados políticos em Ancara, o DHP de Selahattin Demirtas, com um duplo objetivo. O primeiro seria de impedir o PKK de consolidar o controlo sobre a região fronteiriça iraquiano-turca e, a partir daqui, lançar ataques em território turco ou conseguir ligar aquela às áreas adjacentes do lado sírio que estão, igualmente, em poder de milícias curdas. O segundo objetivo seria o de fragilizar o HDP, ao estabelecer a ligação entre este partido curdo e o PKK, e impossibilitando aquele de se apresentar a novas legislativas, que se anteveem como inevitáveis perante o impasse político. É dado como adquirido que, caso o HDP, que elegeu 80 em 550 deputados em junho, seja impedido de se apresentar a eleições, o partido do presidente Erdogan, o AKP, irá recuperar a maioria absoluta. Um dirigente do principal partido da oposição, o CHP, garantia há dias que, apesar de decorrerem negociações para um governo de coligação, "não é isso que o presidente quer".
dn