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Um arco para Carrazeda (Bragança)

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Um arco para Carrazeda

O italiano Mauro Staccioli é um dos vários escultores reconhecidos internacionalmente que vão deixar a sua marca em Carrazeda de Ansiães (distrito de Bragança), no âmbito de um projecto que pretende transformar a vila num Parque Internacional de Escultura em Granito ao Ar Livre. O projecto da Câmara Municipal é coordenação pelo escultor português Alberto Carneiro.

O arco de Staccioli é inaugurado hoje, às 15 horas, e tem como título único "Carrazeda de Ansiães/2007". É um monumento em granito amarelo instalado na Praça dos Combatentes, junto ao Serviço de Finanças. O arco tem cinco metros de altura e cerca de 12 de comprimento. Se fosse prolongado até fechar a circunferência teria cerca de 20 metros de diâmetro.

"Carrazeda de Ansiães/2007" é a quarto monumento escultórico de um conjunto de 10 com que a autarquia pretende dotar a sede de concelho. Os jardins da biblioteca e da Telheira acolhem já, respectivamente, "Os Sete Livros da Arte e da Vida", de Alberto Carneiro e "A Pedra Bulideira", de Carlos Barreira.

Na praça do Centro Cívico ergue-se um pilar de granito com 10 metros de altura chamado "Em louvor dos limites", assinado pelo irlandês Michael Warren. Ainda este ano, o holandês Mark Brusse iniciará uma intervenção em quatro momentos, um por cada ângulo do Jardim D. Lopo Vaz de Sampaio, onde já começaram as obras referentes às respectivas bases.

"Estamos a tentar inaugurar uma escultura por ano", refere o presidente do Município, Eugénio de Castro, pelo que se prevê que o "corte da fita" do trabalho de Mark Brusse, mesmo que concluído este ano, só aconteça em 2009.

O autarca acredita que o Parque Internacional de Escultura em Granito ao Ar Livre criado em Carrazeda de Ansiães deverá tornar-se uma atracção turística. "Já temos sido contactados por diversas pessoas que tiveram conhecimento do nosos projecto", afirma Eugénio de Castro. Para tal contribui o "rigor" tido na selecção dos escultores convidados por Alberto Carneiro para entrar no programa, bem como o seu próprio prestígio alcançado com inúmeros trabalhos espalhados pelo mundo.

Alberto Carneiro tem repetido que "há muita gente disponível para colaborar neste projecto", apesar de ficar a "custo zero" para a autarquia em termos de direitos de autor. É que, na realidade, os escultores recebem apenas dinheiro para despesas correntes, "cerca de quatro mil euros", de acordo com o autarca. "Se tivéssemos de pagar estas obras teríamos de desembolsar vinte vezes mais", completa.

Depois de preencher a vila, algumas esculturas serão espalhadas pela zona envolvente. É que, de acordo com o promotores, pretende-se transformar Carrazeda num ponto de "referência internacional" em matéria de arte pública.


Eduardo Pinto
JN
 
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