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Roter.Teufel

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Um milhão de pessoas em desespero pela recente escalada do conflito no Líbano

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Israel mantém ataques após morte do líder do Hezbollah e milhares de pessoas fogem naquele que será o maior movimento de população da história do país.

O Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU lançou uma operação urgente para levar ajuda alimentar a um milhão de pessoas afetadas pela recente escalada do conflito no Líbano. Vão ser distribuídas rações alimentares, pão, pratos quentes e cabazes às famílias em todo o país. “Uma nova escalada do conflito este fim de semana sublinhou a necessidade de uma resposta humanitária imediata”, explicou a agência. O diretor do programa para o Líbano apelou à comunidade internacional para que contribua com cerca de 94 milhões de euros para permitir ao PAM financiar as operações até ao final do ano.

Os ataques israelitas no Líbano poderão ter deslocado cerca de um milhão de pessoas, no que será o maior movimento de população da história do país, admitiu o primeiro-ministro libanês.

Mesmo depois de confirmada a morte do líder do Hezbollah, Israel continua a atacar o Líbano com múltiplos bombardeamentos. Um novo ataque sobre a cidade de Baalbek-Hermel, no Leste do país, fez este domingo pelo menos 21 mortos e 47 feridos. Outras 24 pessoas morreram noutro ataque a Ain Deleb, no Sul do país. Segundo o Ministério da Saúde libanês, 14 médicos morreram durante os últimos dois dias de ataques. O bombardeamento de sexta-feira que matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, matou ainda mais de 20 dirigentes do grupo e um general iraniano. O Irão já prometeu que a morte do general “não ficará sem resposta” e que a guerra é uma das possibilidades. Os EUA, entretanto, já avisaram que tomarão medidas se o Irão ameaçar os seus interesses no Médio Oriente. Vão reforçar a sua capacidade de defesa aérea na região e têm tropas “adicionais” prontas para serem destacadas perante “contingências”.

"Eu perdi tudo. Senti a morte dentro do carro"

“Na segunda-feira, eu senti a morte dentro do carro”, contou Eurídice Lakkis, de 40 anos. A portuguesa chegou a Portugal no sábado no grupo de 28 portugueses repatriados do Líbano, juntamente com 16 familiares. Eurídice Lakkis pegou nos dois filhos, de 9 e 13 anos, e no marido libanês e deixou tudo para trás. “Eu perdi tudo. Nós saímos sem nada”, disse. Conta que teve apenas 20 minutos para pegar numa mala e fugir para o Norte do Líbano, onde se refugiou numa escola. “Eu vi mísseis a caírem atrás, à frente, do lado, foi um filme terrível que eu nunca pensei passar na minha vida”, disse. “Eu vi a morte a passar e foi horrível. Foi horrível”, acrescentou. A portuguesa, que vivia no Líbano há cerca de um ano, não sabe se um dia conseguirá voltar para lá. Diz que o Sul do país está “completamente destruído”. Admite que sempre se sentiu segura no Líbano, mas que desta vez viu de tudo o que se “pode imaginar numa guerra”, desde aviões a drones que bombardeavam “todos os dias”, fazendo vítimas perto de sua casa. O avião KC-390 com as 44 pessoas resgatadas aterrou em Figo Maduro, seguido de um Falcon-50, com militares que apoiaram na operação de repatriamento, que passou pelo Chipre, antes de rumar a Lisboa.


BREVES
papa francisco
O Papa apelou a um cessar-fogo e criticou o uso “imoral” da força no Líbano e em Gaza, numa tentativa de apelo à moderação por parte de Israel. “A guerra é imoral, mas as regras da guerra indicam uma forma de moralidade”, concluiu.

china
A China disse estar “profundamente preocupada” com a situação no Médio Oriente, após a morte do líder do Hezbollah, e apelou “às partes envolvidas, em particular a Israel, para que tomem medidas imediatas para acalmar a situação”.

donald trump
Donald Trump diz que os Serviços Secretos dos EUA estão a proteger o Presidente iraniano. O ex-Presidente norte-americano alega que os Serviços Secretos não o podiam proteger suficientemente porque estava a proteger Masoud Pezeshkian.

Correio da Manhã
 
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