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Roter.Teufel

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Um morto e quatro feridos em ataque com dezenas de tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo

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Vítima mortal era empresário dos ramos imobiliário e de finanças, condenado à morte pela maior rede criminosa brasileira, o PCC, Primeiro Comando da Capital, autores do crime.

Uma pessoa morreu e outras quatro ficaram feridas na sequência de brutal ataque com dezenas de disparos de armas de guerra, esta sexta-feira, no Aeroporto Internacional de São Paulo, o mais movimentado do Brasil e da América do Sul. A vítima fatal era um empresário dos ramos imobiliário e de finanças que tinha sido condenado à morte pela maior rede criminosa brasileira, o PCC, Primeiro Comando da Capital, depois de ter denunciado líderes da organização e agentes da polícia que os acobertavam.

António Vinícius Lopes Gritzbach, de 37 anos, foi atingido por aproximadamente 30 tiros de espingarda militar e de metralhadora disparados a curta distância por criminosos encapuzados e com coletes balísticos, que o esperavam à saída do terminal de desembarque de voos domésticos daquele aeroporto pouco depois das 16 horas locais, 19 horas em Lisboa, um horário de grande movimento. Ao perceber a aproximação dos assassinos, o empresário tentou correr mas foi atingido pelos primeiros tiros e caiu a poucos metros da porta de vidro da saída do terminal.

A namorada, que tinha desembarcado com ele de uma viagem ao estado de Goiás, no centro-oeste do Brasil, o filho, que o tinha ido esperar e dois funcionários do empresário não foram atingidos, mas outras quatro pessoas foram vítimas de balas perdidas. Dois desses feridos são funcionários de empresas aéreas que trabalham no aeroporto, e as outras duas são motoristas de carros de aplicação que esperavam passageiros.

O empresário ocupou as manchetes da imprensa há algunas anos, quando foi acusado de ser um mega-operador do PCC, especializado em lavar milhões de euros do crime organizado através da compra de apartamentos de alto valor, carros de luxo e moedas virtuais. Em 2021, Gritzbach foi acusado de ser o mandatário das mortes de dois líderes do Primeiro Comando da Capital, que lhe tinham confiado dezenas de milhões de euros para branquear e que queriam essa fortuna de volta.

O empresário, que esteve preso alguns meses mas ganhou liberdade condicional, sempre negou as mortes, mas foi “jurado de morte”, ou seja, condenado à morte, pela organização criminosa. Ele passou a viver enclausurado no seu luxuoso apartamento de dois milhões de euros, no bairro do Tatuapé, na zona leste de São Paulo, cercado de seguranças. Mesmo assim, em dezembro do ano passado quase foi morto dentro da sala de estar do seu apartamento por tiros de espingarda militar de longo alcance disparados de um apartamento do prédio da frente, num episódio até agora não esclarecido.

Em março deste ano, o empresário, que gostava de ostentar e ia para o escritório num vistoso Porsche topo de gama ou de helicóptero, fez um acordo com a justiça em troca de benefícios, em que reconheceu ser operador financeiro do crime organizado e começou a dar detalhes de transações milionárias ilegais da organização criminosa e de grandes empresários legalizados mas com ligações ao mundo do crime e a denunciar os cabecilhas do PCC. Quando foi abatido, esta sexta-feira, António Vinícius Lopes Gritzbach estava acompanhado por quatro seguranças que, no entanto, no momento dos disparos não o protegeram nem enfrentaram os atiradores, que fugiram num carro encontrado pouco depois numa favela de Guarulhos, a poucos quilómetros do aeroporto.

Correio da Manhã
 
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