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Notícias "Uma amizade próxima": Rússia e Coreia do Norte assinam documento de parceria estratégica para manter relações "de longo prazo"

Roter.Teufel

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"Uma amizade próxima": Rússia e Coreia do Norte assinam documento de parceria estratégica para manter relações "de longo prazo"

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Putin foi recebido em Pyongyang com flores, balões e uma orquestra e trocou com o líder norte-coreano presentes luxuosos.

O Presidente russo, Vladimir Putin, chegou esta quarta-feira à Coreia do Norte para a sua primeira visita de Estado ao país desde 2000, para proceder a conversações com Kim Jong-un, líder norte-coreano, e promover uma parceria estratégica.

Para o receber, a praça principal de Pyongyang foi enfeitada com retratos dos líderes dos dois países e milhares de habitantes celebraram Putin e Jong-un ao som de uma orquestra militar e com flores e balões.

Após uma cerimónia solene na praça principal, Putin referiu que "a Rússia e a Coreia do Norte estão ligadas há várias décadas por uma amizade sólida e uma vizinhança próxima", agradecendo o "apoio sistemático e permanente à política russa, incluindo no que se refere à questão ucraniana".

De acordo com a agência de notícias oficial russa TASS, o presidente russo referiu ainda que os dois países se ligam "com base nos princípios da igualdade e do respeito mútuo dos interesses" e anunciou que iria assinar juntamente com o líder norte-coreano um novo documento, um "tratado de parceria estratégica", que sustentará as relações entre os dois países. "Hoje está pronto um novo documento fundamental, que lançará as bases para as nossas relações de longo prazo", declarou o presidente russo, garantindo que os dois países tinham dado "grandes passos" no fortalecimento das suas relações.

Duas horas de conversa depois, esse documento, que inclui um acordo de assistência militar mútua em caso de agressão a qualquer um dos lados, foi assinado com um fundo preenchido tanto com bandeiras russas como norte-coreanas.

Na última semana, Kim Jong-un, que também realizou uma visita à região este da Rússia no ano passado, tinha assinalado que a Coreia do Norte e a Rússia tinham "uma relação inquebrável". Na mesma visita do último ano, o líder russo referiu que havia espaço para uma maior cooperação militar com o governo norte-coreano.

Com o decorrer da guerra na Ucrânia, a NATO e o próprio governo de Kiev tinham afirmado que a Coreia do Norte estaria a fornecer armas à Rússia, apesar de este país e a Coreia do Norte terem sempre negado esta informação.

Durante uma visita a Washington, EUA, na última segunda-feira, Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, afirmou que a visita de Putin à Coreia do Norte demonstra "quão dependentes o Presidente Putin e Moscovo estão agora dos países autoritários de todo o mundo", acrescentando que "os amigos mais próximos e maiores apoiantes do esforço de guerra russo são a Coreia do Norte, o Irão e a China". No mesmo dia, John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, referiu que o país estava preocupado com "o aprofundamento das relações entre os dois países".

Moscovo e Pyongyang são aliados desde o fim da Guerra da Coreia, que decorreu entre 1950 e 1953, e reforçaram as suas relações no início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022. Segundo Kim Jong-un, esta é uma nova aliança "de alto nível" e, apesar de os dois líderes afirmarem que pretendem que seja um acordo pacífico, o líder norte-coreano já referiu que a invasão russa à Ucrânia é legítima e Putin disse que a Coreia do Norte tem o direito de se defender.

Neste encontro, o presidente russo defendeu ainda que as sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra a Coreia do Norte devido ao programa nuclear devem ser reexaminadas. "O regime de restrições indefinidas adotado pelo Conselho de Segurança (...) contra a República Popular Democrática da Coreia [nome oficial da Coreia do Norte], inspirado pelos Estados Unidos e seus aliados, deve ser reexaminado", declarou Putin, citado pela agência francesa AFP.

Tendo a seu lado o líder norte-coreano, Kim Jong-un, Putin afirmou que os dois países "se opõem à utilização de sanções com objetivos políticos, que apenas servem para minar a situação internacional", segundo a agência espanhola EFE.

Correio da Manhã
 
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