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Segundo um estudo publicado na revista Cell, investigadores da Universidade de Stanford descobriram que a vacina contra a zona, também conhecida como herpes zóster, pode ainda retardar o avanço da demência.
“Observamos um efeito na probabilidade de morte por demência entre aqueles que já têm demência. Isso significa que a vacina não tem apenas um potencial preventivo, mas também um potencial terapêutico como tratamento, porque já observámos alguns benefícios entre aqueles que têm demência", revelou à CNN o médico Pascal Geldsetzer, um dos responsáveis pelo estudo.
A investigação analisou dados de 282 mil pessoas. “Após uma infeção por varicela na infância, o vírus permanece latente no sistema nervoso. Mesmo adormecido, pode gerar atividade imunológica contínua. Como a inflamação desempenha um papel importante na demência, prevenir essas reativações pode trazer benefícios para o processo demencial”, continua o especialista.
"Quando as pessoas descobrem que estudo demência, costumam perguntar o que recomendo para manter o cérebro saudável com o passar dos anos. Sempre respondo com três coisas: exercícios, socialização e atividades que goste e que lhe dão um senso de propósito", revela a professora Angelina Sutin.
Apesar dos resultados promissores, alguns investigadores revelam que são precisos mais estudos. “Ainda não é uma prova definitiva de que devemos vacinar apenas para reduzir o risco de demência”, conta o neurologista Joel Salinas.
Zona. Mitos em que não deve mesmo acreditar
Caso não saiba, o herpes zoster, mais conhecido como zona, refere-se a uma infeção aguda causada pela reativação do vírusvaricella zoster, o mesmo agente que provoca a varicela, Francisco George, o presidente da Sociedade Portuguesa de Saúde Pública e ex-Diretor Geral da Saúde, em comunicado.
Para além disso, na forma latente o vírus está presente na maioria dos adultos, mantendo-se adormecido por anos, acrescenta. "Sem dúvida, é uma infeção que não pode ser subestimada, principalmente quando olhamos para a população acima dos 50 anos. No entanto, há ainda uma clara falta de sensibilização relativamente aos riscos que a doença representa."Tendo isto em conta o especialista em saúde pública esclareceu alguns dos mitos mais comuns sobre a condição que se manifesta com lesões cutâneas que podem ser muito dolorosas.
1.º Mito: "Sou saudável, por isso, não estou em risco de desenvolver a doença"
Infelizmente, à medida que as pessoas envelhecem, o sistema imunitário enfraquece, o que aumenta a probabilidade de reativação do vírus varicela zoster. Isto coloca as pessoas com 50 anos ou mais em risco de desenvolverem herpes zoster.
Mas, "a reativação do vírusvaricella zoster pode acontecer a qualquer pessoa e em qualquer idade, desde que esta tenha tido varicela. Ou seja, apesar de ser potenciada por fatores como o aumento da idade, a imunossupressão e a presença de doenças crónicas, a reativação do vírus explica a génese da doença, mesmo em pessoas jovens e saudáveis, tendo um impacto significativo a nível físico, psicológico, pessoal e profissional", explica.
2.º Mito: "Não posso fazer nada para evitar ter Zona"
Segundo o especialista, "evitar exposição solar, precaver situações de stress, dormir bem e manter uma alimentação equilibrada rica em frutas e vegetais são algumas das formas de prevenir a reativação deste vírus".
"Por outro lado, está demonstrado, no plano científico, que a imunização de adultos é uma importante medida para a prevenção de determinadas doenças infecciosas evitáveis pela vacinação. É o caso do herpes zoster que pode ser prevenido através da vacinação", acrescenta.
3.º Mito: "O herpes zoster não é perigoso"
Normalmente, a maioria das pessoas que desenvolvem herpes zoster recupera totalmente passadas poucas semanas, mas em alguns casos podem "ocorrer complicações associadas a esta doença, sendo a mais comum a nevralgia pós-herpética que se caracteriza por dor incapacitante que pode persistir, mesmo por meses ou anos, após o desaparecimento das erupções cutâneas herpéticas".
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