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Vacina experimental contra o VIH é administrada em primeiros pacientes

Lordelo

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A empresa americana de biotecnologia Moderna e a organização sem fins lucrativos International Aids Vaccine Initiative (IAVI), estão a explorar o uso da tecnologia de mRNA, que leva o corpo a produzir uma proteína que desencadeia uma resposta imunológica (a tecnologia também é usada na vacina da Pfizer contra o coronavírus), reporta o Washington Post.

Os investigadores irão monitorizar 56 adultos VIH-negativos durante seis meses na fase 1 do ensaio clínico, aquele que é tipicamente o primeiro passo num longo caminho para estudar a segurança e a eficácia de uma vacina.

A Universidade George Washington, nos Estados Unidos, um dos locais onde o ensaio está a decorrer, descreveu-o como o primeiro ensaio humano de uma vacina para o VIH baseada em mRNA.



Quase quatro décadas de estudo e advocacia produziram medicamentos que transformaram o VIH num vírus controlável, embora ainda não haja uma vacina para ajudar a prevenir as centenas de milhares de mortes que sucedem por ano. Dezenas de tentativas foram abandonadas antes dos estágios pré-clínicos ou clínicos de avaliação, no entanto as múltiplas pesquisas sobre o VIH ajudaram a aprimorar tecnologias que foram reaproveitadas contra a Covid-19.

No ano passado, um amplo estudo que tinha suscitado grandes esperanças para o possível desenvolvimento de uma vacina para o VIH terminou em fracasso, após uma análise intercalar mostrar que não era mais eficaz do que um placebo. Foi o sétimo ensaio em escala humana de uma vacina para o vírus da imunodeficiência humana, que infetou recentemente 1,5 milhão de pessoas em todo o mundo em 2020, de acordo com dados das Nações Unidas.

O VIH integra-se nas células do corpo, o que significa que a vacina tem que começar imediatamente a trabalhar de forma a obliterá-lo.

O novo ensaio da Moderna nos Estados Unidos, que começou na quinta-feira, irá focar-se nos imunogénios do VIH - proteínas que provocam uma resposta imune ao VIH - que através da tecnologia mRNA podem estimular o corpo a produzir anticorpos neutralizantes de uma série de variantes do vírus.

"Estamos extremamente empolgados em avançar nessa nova direção no design de vacinas contra o VIH com a plataforma de mRNA da Moderna. A busca por uma vacina tem sido longa e desafiadora, e ter novas ferramentas em termos de imunógenos e plataformas pode ser a chave para progredir rapidamente em direção a uma vacina eficaz e urgentemente necessária", disse Mark Feinberg, presidente e CEO da IAVI, num comunicado.


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