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Governo vai enfrentar dias difíceis até às eleições
Só a conjuntura de fim do governo mantém no poder as ministras da Administração Interna e da Justiça, sem o apoio das classes que tutelam. Saúde pode enfrentar uma nova greve
Vai ser um verão quente em Portugal. Pode soar a um pleonasmo - comparando com a agitação social de há 40 anos, até será ameno - mas vão ser vários os ministros debaixo de fogo nestes meses até às legislativas. Paulo Macedo depara-se com a ameaça dos enfermeiros de uma prolongada greve. Nuno Crato enfrenta mais um regresso às aulas. Anabela Rodrigues em negociações com polícias e bombeiros. Pires de Lima com o processo de privatização da TAP. E os focos de tensão não se ficam por aqui.
Faltam cerca de três meses para as eleições e dificilmente Passos Coelho deixará cair algum dos seus ministros, que estão já de prevenção para evitar problemas.
Os ministros Nuno Crato (Educação) e Paula Teixeira da Cruz (Justiça) já acumularam um capital de protesto, que levou a oposição e algumas das classes profissionais dos setores que tutelam a pedir para se demitirem ao longo do mandato.
A confusão no concurso dos professores e o facto de os alunos estarem várias semanas sem aulas em diversas disciplinas levaram a que Crato fosse contestado. Agora, o ministro da Educação tenta evitar problemas, tendo adiado uma semana o período de início do ano letivo (é de 15 a 21 de setembro). Mais tempo, mais preparação. Porém, se correr mal, o problema pode explodir mesmo em cima das legislativas, que serão a 27 de setembro ou a 4 de outubro. É precisamente nessa altura que o executivo pode enfrentar outro obstáculo: a Associação Nacional de Professores Contratados vai voltar a apresentar uma queixa em Bruxelas para integrar nos quadros os docentes que estão há vários anos a contrato.
dn