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Virgem do Sameiro: Saltaram para balsa sem pedir socorro

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RoterTeufel

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Acidente: Mestre não teve tempo de accionar pedido de ajuda
[h=4]Virgem do Sameiro: Saltaram para balsa sem pedir socorro[/h]A investigação do naufrágio da embarcação ‘Virgem do Sameiro’, a 30 de Novembro, ao largo do Cabo Mondego, revela os momentos de horror vividos pelos seis tripulantes que foram resgatados após três dias à deriva em alto-mar. E concluiu que o mestre José Manuel Coentrão não emitiu sinal de socorro, nem os pescadores usavam colete salva-vidas quando saltaram para a balsa. Não tiveram tempo.
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Seis tripulantes foram resgatados após três dias à deriva em alto-mar dentro da balsa



Não se sabem as causas do afundamento, mas o relatório final sobre o acidente, ontem divulgado pela agência Lusa, dá conta de que foi o mestre quem deu o alerta. Fazia vigia quando se apercebeu que a embarcação estava a perder potência e a adornar a estibordo (lado direito). Foi ao dormitório chamar um tripulante, mas com o espaço alagado acordou todo o grupo. Ainda tentou accionar a bomba de esgoto de água, mas já não conseguia aceder à casa das máquinas, e o barco ficou sem motor. Sem ter tempo de pedir socorro nem dar os coletes, o mestre só se preocupou em mandar todos para a balsa.
No entanto, e ainda de acordo com o relatório feito pelo capitão do Porto e da Polícia Marítima da Figueira da Foz, o facto de não ter sido emitido qualquer alerta dificultou a localização do naufrágio.
"Não deu tempo. Não dava para emitir o sinal, porque o barco não tinha rádio-baliza (equipamento localizador de emergência) nem o sistema de alarmes via VHF. Ou pedia socorro ou salvava a tripulação. O primeiro objectivo é sempre a tripulação. Até o comandante do Porto me elogiou", explicou ao CM o mestre da ‘Virgem do Sameiro'. Há três dias, José Coentrão voltou ao mar, como tripulante do barco do irmão e onde trabalha com João Vareiro, outro dos pescadores resgatados. "Vai-se recuperando aos poucos", desabafou.


C.da Manha
 
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