kokas
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Para conquistar o mercado norte-americano, a VW introduziu um software que baixa o nível das emissões nos testes de laboratório. Tudo começou em 2012 e ninguém queria enfrentar a marca, mas as provas eram irrefutáveis.
Martin Winterkorn parecia um homem no topo do mundo. Na noite de 14 de setembro, o presidente da Volkswagen sentia-se em casa no Salão Automóvel de Frankfurt. Era o líder de uma empresa que acabava de ser coroada como a maior fabricante de automóveis do mundo. Tinha um novo veículo sexy para mostrar, o Porsche Mission E, um elegante carro desportivo elétrico de imediato apelidado de "matador do Tesla". E escassos meses antes havia vencido uma luta de poder contra o ex-presidente Ferdinand Piëch, confirmando assim que se manteria no cargo até 2018, quando faria 71 anos.Ao subir ao palco dentro do hangar cavernoso da Volkswagen, onde era o anfitrião de uma grandiosa festa que antecedia a exposição, Winterkorn não deixou transparecer que havia alguma coisa errada. Vestindo um fato com casaco de trespasse, o líder autocrático que tinha chefiado o fabricante com 12 marcas durante oito anos proclamou orgulhosamente: "Na Volkswagen há uma sensação de que está a despontar uma nova era."Dez dias depois, estava sem trabalho.O senhor Winterkorn foi derrubado nesta semana depois da revelação de que a VW, uma das empresas industriais mais respeitadas da Alemanha, tinha feito sistematicamente batota nos testes de emissões de gases nos Estados Unidos. As ações da VW caíram 30% depois de esta admitir ter enganado os reguladores, e a empresa reservou 6,5 mil milhões de euros para cobrir os delitos.É o maior escândalo na história com 78 anos da empresa e poderá custar-lhe milhares de milhões de dólares em multas, prejudicar a marca. E já provocou uma campanha de medidas enérgicas sobre as emissões em toda a indústria.
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