Zona euro impõe calendário apertado para evitar "Grexit"

[kokas]

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem (esq.), lamentou ontem a falta de "propostas novas do ministro grego" das Finanças. Euclides Tsakalotos (esq.) refugiou-se num "é algo mais complicado do que isso"

Alexis Tsipras apresenta esta quarta-feira um novo pedido formal para o terceiro resgate. A carta deverá ser entregue hoje aos credores. O eurogrupo tem agendada nova reunião de crise para analisar o pedido.
Os chefes de Estado ou de governo do zona euro esperam que, no domingo, possa haver uma nova cimeira do euro, para que seja adoptada uma decisão que resolva a crise grega. Para tal é necessário que o governo grego cumpra um calendário apertado, com a possibilidade da Grécia vir a ser afastada da zona euro se não cumprir as datas previstas.




Hoje, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, o governo grego terá de fazer chegar ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira um pedido formal a requerer ajuda. Amanhã, o executivo da Grécia terá de apresentar um plano de acção com medidas "convincentes", para ser analisado pelas a nível técnico, até uma nova reunião do eurogrupo, que está agendada para sábado. Se tudo correr bem, no domingo os lideres da zona euro reúnem-se para carimbar a decisão ao mais alto nível político.
Se correr mal, será convocada uma cimeira com os 28 chefes de Estado ou de governo para discutir os próximos passos, podendo ir até ao afastamento da Grécia da zona euro.
"Se até ao final da semana não for possível chegar a um entendimento, então, quer o governo grego, quer a zona euro terão de se preparar para o pior", adiantou ontem o primeiro ministro, Passos Coelho.

A saída da Grécia da zona euro tem estado latente nas declarações dos líderes europeus e ontem o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker admitiu que há "planos detalhados" para acomodar a saída da Grécia.





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