"As pessoas ainda estão todas em pânico porque viveram momentos muito complicados, provocados por incendiários que só querem ver tudo queimado." O desabafo é de Norberto Albuquerque, presidente da Junta de Freguesia de Santiago de Cassurrães, Mangualde, que na quarta-feira ficou cercada pelo violento incêndio que destruiu mil hectares de mato e floresta e colocou habitações em perigo.
O autarca não tem dúvidas de que o fogo de anteontem "foi ateado. E não foi a primeira vez que isso aconteceu. Há dois meses que andam a incendiar a floresta da freguesia. Este ano já tivemos 15 fogos", lamenta Norberto Albuquerque, adiantando que as autoridades "andam na zona à procura dos incendiários". "Em ano de eleições é sempre a mesma coisa", rematou.
As suspeitas do autarca são, em certa medida, partilhadas pelos bombeiros. O incêndio de quarta--feira resultou da junção de três focos que deflagraram precisamente entre as 13h00 e 13h15 em Contenças-de-Baixo, Póvoa de Cervães e Abrunhosa-a-Velha, localidades contíguas. Carlos Carvalho, comandante dos Bombeiros de Mangualde, diz ao CM que "não acredito em obras do acaso" e desconfia da existência de mão criminosa.
Além de Mangualde, onde meia centena de bombeiros se mantiveram em vigilância na zona, ontem, os incêndios voltaram a não dar tréguas aos soldados da paz. O que mobilizou mais meios eclodiu em Rebolia, em Condeixa--a-Nova, destruindo uma considerável área florestal. Entrou em rescaldo às 17h00. Os distritos de Castelo Branco, Santarém e Coimbra foram aqueles que registaram mais ocorrências – e, no terreno, estiveram mais de dois mil combatentes.
Entretanto, a GNR de Coimbra anunciou ontem a detenção de um homem, 57 anos, por ter provocado um incêndio quando manobrava uma máquina de cortar mato em Eirinhas, Tábua. Segundo a GNR o incêndio destruiu pinhal e olival.
MOLDAVO PRESO A ATEAR FOGOS PERTO DE SINTRA
Um moldavo de 25 anos, ilegal em Portugal, foi anteontem preso pela PSP de Mira Sintra, Sintra, por ter sido apanhado em flagrante a atear dois fogos, em zonas de pasto. Detectado por populares pelas 22h20 de quarta-feira, junto à estação da CP de Meleças, o imigrante da Europa de Leste foi denunciado à PSP. Pelo menos uma patrulha da esquadra de Mira Sintra deslocou--se ao local, constatando dois focos distintos de incêndio. O moldavo foi apanhado na posse de um isqueiro e acabou detido.
FOGO SUSPEITO NA SERRA DE MONCHIQUE
"Dizem que isto foi fogo posto, mas acho que começou devido a uma faísca de um cabo da EDP." É esta a convicção de António Manuel, 90 anos, que anteontem defendeu a sua casa das chamas que lavravam na zona de Arqueta, no primeiro grande incêndio do ano na Serra de Monchique, Algarve, e cujas causas estão a ser investigadas pela PJ. Ontem os bombeiros desenvolveram uma vigilância activa, com a colaboração do Exército. Arderam cerca de 20 hectares.
CM
O autarca não tem dúvidas de que o fogo de anteontem "foi ateado. E não foi a primeira vez que isso aconteceu. Há dois meses que andam a incendiar a floresta da freguesia. Este ano já tivemos 15 fogos", lamenta Norberto Albuquerque, adiantando que as autoridades "andam na zona à procura dos incendiários". "Em ano de eleições é sempre a mesma coisa", rematou.
As suspeitas do autarca são, em certa medida, partilhadas pelos bombeiros. O incêndio de quarta--feira resultou da junção de três focos que deflagraram precisamente entre as 13h00 e 13h15 em Contenças-de-Baixo, Póvoa de Cervães e Abrunhosa-a-Velha, localidades contíguas. Carlos Carvalho, comandante dos Bombeiros de Mangualde, diz ao CM que "não acredito em obras do acaso" e desconfia da existência de mão criminosa.
Além de Mangualde, onde meia centena de bombeiros se mantiveram em vigilância na zona, ontem, os incêndios voltaram a não dar tréguas aos soldados da paz. O que mobilizou mais meios eclodiu em Rebolia, em Condeixa--a-Nova, destruindo uma considerável área florestal. Entrou em rescaldo às 17h00. Os distritos de Castelo Branco, Santarém e Coimbra foram aqueles que registaram mais ocorrências – e, no terreno, estiveram mais de dois mil combatentes.
Entretanto, a GNR de Coimbra anunciou ontem a detenção de um homem, 57 anos, por ter provocado um incêndio quando manobrava uma máquina de cortar mato em Eirinhas, Tábua. Segundo a GNR o incêndio destruiu pinhal e olival.
MOLDAVO PRESO A ATEAR FOGOS PERTO DE SINTRA
Um moldavo de 25 anos, ilegal em Portugal, foi anteontem preso pela PSP de Mira Sintra, Sintra, por ter sido apanhado em flagrante a atear dois fogos, em zonas de pasto. Detectado por populares pelas 22h20 de quarta-feira, junto à estação da CP de Meleças, o imigrante da Europa de Leste foi denunciado à PSP. Pelo menos uma patrulha da esquadra de Mira Sintra deslocou--se ao local, constatando dois focos distintos de incêndio. O moldavo foi apanhado na posse de um isqueiro e acabou detido.
FOGO SUSPEITO NA SERRA DE MONCHIQUE
"Dizem que isto foi fogo posto, mas acho que começou devido a uma faísca de um cabo da EDP." É esta a convicção de António Manuel, 90 anos, que anteontem defendeu a sua casa das chamas que lavravam na zona de Arqueta, no primeiro grande incêndio do ano na Serra de Monchique, Algarve, e cujas causas estão a ser investigadas pela PJ. Ontem os bombeiros desenvolveram uma vigilância activa, com a colaboração do Exército. Arderam cerca de 20 hectares.
CM
