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Amarante não é cidade de uma só leitura. Olha-se Amarante - isto é particularmente verdade a certas horas do dia - e tem-se uma impressão muito nítida de que é o religioso que infunde carácter à cidade. Talvez a dimensão que ganha, no conjunto urbano, o monumental convento de São Gonçalo. Talvez a proximidade do rio e da serra, habitat das divindades de homens de outras eras. Talvez as duas coisas juntas. Seja o que for, a ideia que se colhe é mesmo essa: estamos num lugar que se define pelo religioso. A história não desmente esta impressão, antes a confirma.
É usual afirmar-se que a cidade de Amarante assenta a sua malha em território de três freguesias: Amarante-S. Gonçalo, Cepelos e Madalena. Actualmente, porém, é difícil definir com rigor os limites da sua área, já que o crescimento urbano determinou a ocupação de solo muito ara além das fronteiras tidas por tradicionais.
Em 1809, Amarante sofre o ataque da força napoleónica de Soult comandada por Loison, após 14 dias de resistência do general Silveira, sendo saqueada e incendiados os principais edifícios e casas.
O que não mudou, na urbe, foi o seu Centro Histórico, recheado de património arquitectónico, onde se incluem os emblemáticos mosteiro e ponte de S. Gonçalo. Emblemáticas são também algumas das ruas do interior do Centro Histórico, como é o caso da 31 de Janeiro (Covelo), 5 de Outubro ou do Seixedo. Amarante é cidade desde 8 de Julho de 1985, rondando a sua população os 12 mil habitantes.
Primitivamente, supõe-se ter existido neste local uma ponte de origem romana,
dado ser este o traçado da estrada romana que passaria em Amarante em direcção a Guimarães e Braga.
No entanto, por volta do ano 1250, São Gonçalo terá construido ou reconstruido esta ponte.
Em 10 de Fevereiro de 1763, essa ponte, com um cruzeiro a meio, desmoronou-se devido a uma cheia do Rio Tâmega.
O cruzeiro, ou Senhor da Boa Passagem, foi retirado uma hora antes deste acontecimento histórico
e mais tarde colocado na janela de um recanto da Igreja de São Gonçalo,
ficando a Mãe de Deus a proteger o trânsito. É a imagem da Senhora da Ponte.
Em 1782, foi iniciada a reconstrução da ponte, com projecto de Carlos Amarante, e aberta ao trânsito em 1790.
No ano de 1791 completaram-na com quatro belas e artísticas pirâmides,
dois adornos em forma de urna eleitoral e um assento circular em cada meia laranja.
Em 1809, foi ainda palco da Defesa da Ponte de Amarante, episódio resultante das invasões francesas.
Classificada como Monumento Nacional
Lápide recordando os bravos amarantinos que durante 14 dias
impediram o exército francês de avançar em direcção ao Porto.