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Em causa estão "alegados delitos relacionados com a corrupção em negócios, a administração desleal e o branqueamento de capitais".
A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) foi, ao final da manhã desta quarta-feira, alvo de buscas por parte da Guardia Civil, menos de 24 horas depois da apresentação da candidatura à organização do Campeonato do Mundo de 2030, em conjunto com Portugal e Marrocos.
Em causa estão "alegados delitos relacionados com a corrupção em negócios, a administração desleal e o branqueamento de capitais", relacionados com contratos assinados entre 2018 e 2023. As principais suspeitas recaem sobre a atribuição da organização da Supertaça de Espanha à Arábia Saudita.
De acordo com o jornal espanhol ABC, as autoridades do país vizinho planeavam deter sete pessoas. Neste lote encontrava-se Luis Rubiales, ex-presidente do organismo, que se demitiu em setembro de 2023, na sequência do beijo não consentido a Jenni Hermoso
No entanto, acrescenta a mesma publicação, tal não foi possível porque o antigo responsável se encontra... na República Dominicana. Quem não se 'safou' foi o seu advogado e 'braço direito', Tomás González-Cueto, que foi mesmo detido.
"A queixa não foi só contra Rubiales. Pique é o principal beneficiário"
Espanha enfrenta um escândalo devido a alegada corrupção no futebol.
O mundo do futebol atravessa mais um caso polémico de alegada corrupção em Espanha, tendo levado à detenção de vários dirigentes e até a um mandado de detenção para Luis Rubiales, antigo presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), espaço que foi alvo de buscas durante esta quarta-feira.
Miguel Ángel Galán, presidente do Centro Nacional de Formação de Treinadores de Futebol de Espanha, já havia sido o promotor de uma denúncia contra Luis Rubiales em 2022, devido à realização da Supertaça na Arábia Saudita, motivo pelo qual acredita também estar na base da mais recente polémica em solo espanhol.
"A minha queixa foi contra Rubiales, sim, mas também contra Piqué. Para mim, ele é o principal beneficiário de todo isto. Parece que há movimentos suspeitos nas contas para lavagem de dinheiro", atirou em declarações ao programa 'Radioestadio Noche', reproduzidas no Mundo Deportivo.
Recorde-se que o dirigente lançou acusações de corrupção empresarial ao ex-defesa do Barcelona, por realizar um concurso público com 24 milhões de euros de comissão.
Luis Rubiales reage ao mandado de detenção: "Nunca fiz nada ilegal"
Antigo presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) encontra-se na República Dominicana e aponta data de regresso a Espanha.
O mundo do futebol atravessa mais um caso polémico de alegada corrupção em Espanha, tendo levado à detenção de vários dirigentes e até a um mandado de detenção para Luis Rubiales, antigo presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), espaço que foi alvo de buscas durante esta quarta-feira. O ex-dirigente já reagiu à situação, garantido que não fez "nada ilegal".
"Buscas? Nunca fiz nada ilegal. Voltarei quando tiver que voltar", atirou Luis Rubiales em declarações ao portal OkDiario, numa altura em que se encontra de férias com a família na República Dominicana.
“Estou aqui há mais de um mês e já tinha vindo vários meses antes para tentar entrar num negócio. Fiquei muito surpreendido com tudo isso que se passou [esta quarta-feira], mas estarei à disposição para colaborar com a investigação”, acrescentou ainda o antigo presidente da RFEF, que só contará voltar a Espanha no início de abril, após os tempos de Páscoa.
De referir que a investigação em torno de Luis Rubiales prende-se a supostas irregularidades no organismo que tutela o futebol espanhol, com a investigação minuciosa a vários contratos estabelecidos
Escândalo na Federação espanhola: "Piqué é o principal beneficiado"
Autor da denúncia que culminou no mandado de detenção a Luis Rubiales alerta para "movimentos suspeitos nas contas para branquear dinheiro".
A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) está 'mergulhada' em mais um escândalo, que motivou buscas à sua sede, na quarta-feira, e à detenção de sete pessoas, número que não contempla Luis Rubiales, que se encontra na República Dominicana.
Miguel Ángel Galán, presidente do Centro Nacional de Formação de Treinadores de Futebol de Espanha (CENAFE), foi o autor da denúncia que motivou a operação, e em entrevista concedida à rádio Onda Cero, assegurou que Gerard Piqué, antigo capitão do Barcelona, também pode ter de se explicar perante a Justiça.
"A minha denúncia ia contra Rubiales e Piqué. Agora, Piqué não está envolvido, mas o principal beneficiado economicamente disto é ele. Parece que há movimentos suspeitos nas contas para branquear dinheiro", começou por afirmar.
"Quando apresentei a denúncia, esperei que isto acontecesse, algum dia. Aquilo que não esperava era que, há dois anos, o governo olhasse para outro lado e não avançasse para a destituição de Luis Rubiales", completou.
Na base deste caso, recorde-se, estão uma série de contratos relacionados com a entrega da organização da Supertaça de Espanha à Arábia Saudita, que terão sido assinados pelo organismo entre os anos de 2018 e 2023.
Para Miguel Ángel Galán, "entregar uma competição pública sem um concurso público com 24 milhões de euros em comissões é corrupção", motivo pelo qual apresentou a dita denúncia.
Federação espanhola demite dirigentes detidos suspeitos de corrupção
Os dirigentes da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) implicados numa investigação de corrupção foram hoje demitidos pelo organismo, que lhes abriu ainda processos disciplinares.
O diretor de serviços jurídicos, Pedro González Segura, e o seu diretor de recursos humanos, José Javier Jiménez, ambos detidos na quarta-feira na sequência das buscas realizadas na sede da RFEF, em Las Rozas, um subúrbio de Madrid, são dois dos principais implicados.
Do mesmo modo, foi rescindido contrato com a sociedade de advogados de Tomas González Cueto, igualmente detido num processo de alegada corrupção, gestão fraudulenta e branqueamento de capitais.
Além da sede da RFEF, a polícia realizou igualmente buscas na residência do seu antigo presidente, Luis Rubiales, em Granada, mas o antigo responsável máximo federativo, suspenso e indiciado por agressão sexual a futebolista da seleção feminina campeã do Mundo, está na República Dominicana, devendo apresentar-se em 06 de abril às autoridades.
Rubiales alega que a polícia agiu no âmbito de uma investigação judicial sobre contratos supostamente irregulares dos últimos cinco anos, nomeadamente o que permitiu transferir a Supertaça de Espanha para a Arábia Saudita, para onde se deslocou a final-four desde 2020.
Esta aposta terá sido feita a troco de 40 milhões de euros por ano e foi intermediada pela empresa Kosmos, do antigo defesa internacional Gerard Piqué, do FC Barcelona.
Depois da divulgação de gravações áudio de conversas entre Rubiales e Piqué, nas quais falavam de comissões no valor de vários milhões de euros, as autoridades espanholas iniciaram em 2022 uma investigação.
Rubiales garante que a RFEF "não pagou, não está a pagar e não pagará um único euro de comissão a ninguém por este acordo", defendo a legalidade do acordo, tal como Piqué o fez em abril de 2022, revelando-se "orgulhoso" pela concretização do mesmo.
A Espanha vai organizar, com Portugal e Marrocos, o Campeonato do Mundo de futebol de 2030.
Luis Rubiales nega que esteja a tratar da nacionalidade dominicana
Ex-presidente da RFEF garante que o boato "é falso".
Luis Rubiales quebrou, ao final da manhã desta sexta-feira, o silêncio, para desmentir informações avançadas, horas antes, pela imprensa espanhola, que apontavam para que estivesse a tratar de adquirir a nacionalidade dominicana.
"A questão da nacionalidade dominicana é falsa. Que parte não se percebe de que estou a ganhar a vida, aqui? Estou a trabalhar, aqui. Estou mais aqui do que em Espanha. Estou a tentar gerar recursos porque tenho uma família", afirmou, numa curta declaração prestadas à agência noticiosa Europa Press.
A notícia em causa surgiu menos de 48 horas depois de o antigo presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) ter sido alvo de um mandado de detenção por parte da Justiça do país vizinho, por suspeitas de envolvimento em crimes de corrupção.
Em causa estão contratos assinados pelo organismo, entre 2018 e 2023, com especial enfoque sobre a entrega da organização da Supertaça de Espanha à Arábia Saudita, que motivou receitas na ordem dos milhões de euros.
