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Dealema

helldanger1

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33 - 45 - Dj Nel'assassin
Dealema
Composição: Indisponível

DLM

(Maze)

Todo o mérito pra quem manipula a agulha
e gira o disco até soltar fagulha
é ele o pilar que segura a cultura
viga mestra da sua arquitectura
mestre isimio de acunpuntura
é por isso que a música de rua perdura
quem é que põe o som que te move
quando estás no clube, a olhar pra um decote
quem é que passa o som e promove o verdadeiro hip hop
e o torna mais forte
é o DJ no prato, com o corte exacto
contacto nato, a estabelecer o contacto
enquanto o MC incita o público
E transforma o evento num momento único
Reconhecimento pra este indivíduo
Gritem todos comigo, DJ Assassino!

(Gritem todos comigo)
Gritem todos comigo, DJ Assassino!
2x
33-45 alta rotação, DJ Assassino,
mais uma vez, a mover todo o perímetro
Num corte preciso feito ao centímetro
2x

DJ de grande porte
L&M no suporte
uma década de hip hop
Juntos aguentamos o forte
Norte Sul, Sul Norte
Centro, Este, Oeste e Ilhas
Pra todos os colectivos
Grandes grupos e quadrilhas
DJ Assassino, prestem tributo
encerrado na cabine, local do culto
Mano, dá o teu crédito, ou ficarás em débito
As mãos deste homem dão luzes a algo inédito
Representado toda a cultura
na vertente mais pura
1 disco, dois pratos
e uma mesa de mistura
Longas noites nos bastidores
Secção de fumadores
Ambos de olhos vermelhos
Devido a estranhos vapores
da nova à velha escola solidifica
Juntos numa só causa
Abolimos em equipa
E tudo indica um objectivo em comum
mano, tu dás a receita
Nós quebramos o jejum

33-45 alta rotação, DJ Assassino,
mais uma vez, a mover todo o perímetro
Num corte preciso feito ao centímetro
2x

(Fuse)

Em festas puras,noites longas
ou graffes escuras
liberações em pitas e gunas
Com cortes da moina, o organiza são xungas
Assassino deixa sempre a sua assinatura
Nel'Assassin, colunas tremem
DJ's com malas de cd's desaparecem
Tem um espaço, estendam o tapete
para o mágico, são horas de malabarismo em pratos
Atrás de um grande MC, há um grande DJ, moço
Atrás de um grande DJ, há alguém com dor de coto
O contacto com o vinil é quase erótico
ídolo feminino, já é um hábito
Hey DJ, dá-me o teu telefone
96 33 45 69
Em rotação mais um clássico do Assassino
Homenagem aos DJ's do circuito!

(Gritem todos comigo)
Gritem todos comigo, DJ Assassino!
2x
33-45 alta rotação, DJ Assassino,
mais uma vez, a mover todo o perímetro
Num corte preciso feito ao centímetro
4x
 

helldanger1

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A cena toda
Dealema
Composição: Indisponível

Nós Temos
Nós Vamos
Tentamos
Criamos

Nós Temos
Nós Vamos
Tentamos
Criamos

Houveram tempos frios e nós sozinhos
A fundação no mundo dealema 5
Durante tempos e momentos mais escuros
Iluminados por abraços puros
Familiares e amigos, críticas ou elogios
Aprendemos com tudo aquilo que foi dito
Multiplicamos tudo o que sentimos por isto
E dividimos tudo em corações no infinito
O sentimento é mutuo quando utilizamos palcos
Um sincero obrigado, pelos vossos aplausos
Cada sorriso, cada olhar, cada brilho
Vou para o eterno quando a morte for comigo
Temos orgulho naquilo que somos
Para onde vamos não sabemos
Mas irão haver muitos encontros
Nova Gaia, Invicta estandarte da vida
Respiramos juntos em cantos de alegria


Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude

Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude


Vocês são a razão principal
Pela qual
Batalhamos diariamente
Porque atrás vem sempre gente
Do litoral ao interior
Vamos a todo o vapor
Não poupamos em esforços para partilhar o valor
Entre B-Boys e MC's
Writers e DJ's
Latas e vinyls
Canetas gastas e rascunhos de papeis
Nós mantemo-nos fiéis desde 96
Incentivando putos como mandam as leis
Mano sei que nos sentes tambem te sentimos por perto
Vemos em ti o reflexo imenso deste projecto
Nós somos tantos
E ao mesmo tempo tão poucos
Porque ainda há quem insista fazer menos e ser mais
que os outros
É fodido enfrentar este fogo agressivo
Senão fosses do deserto eu nem estaria vivo
Podes contar comigo tamos juntos nesta guerra
Na paz, e na alegria e na tristeza
É uma merda
Porque Deus quando parte
É para todos igual
Não cabe a homem nenhum
Decidir o nosso final
Vamos em frente
Rumo ao sol nascente
Em busca de boa gente
Antes que o cinzento na cidade se torne permanente
Quem nos tentar dividir não deve tar consciente
Das graves consequências que isso acarreta para a
mente
Nós construímos o futuro no presente
Dealema está de volta com a mesma cara de sempre


Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude

Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude


Esta vai para todos os que acreditaram em nós
Para todos os que nunca nos deixaram sós
Para quem se sente representado pela voz de Dealema
Vossos advogados de defesa
Para vocês pego na caneta e escrevo esta letra
Temos a vossa confiança não dizemos treta
Selo de garantia para quem nos inspira
Obrigado pelo apoio, respeito e simpatia
Pela comparência nos concertos e ovações
Estas rimas são dos nossos para os vossos corações
Como agradecimento, pelo reconhecimento
O nosso suor em prol do movimento
O vosso amor engole os maus momentos
Damos tempo ao tempo cientes do nosso talento
Desculpem a demora não estava na hora
Tivemos a limar as arestas até agora

Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude

Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude

Mano best, caveira, mota e destruidor
Juntos ou separados espalhamos amor
Aldoar, Ramalde e Fonte da Moura, grande onda
No bairro todo o sonoro bomba
Obrigadão Quebrantões, marquês, ratos do beco
Sem vocês não curtia tanto os concertos
Saudações gente da grande Lisboa
Quando vamos aí oh mano é grande loucura
Pessoal de Gaia e Beira Rio
Esta corja não se ensaia tem outro brilho
Pó ppl de Espinho, Viseu e Matosinhos
E todos os sítios onde somos bem acolhidos
Um abraço pardelhas, Alentejo, Geração do Algarve
No Verão tragam uma grade
Movimento hardcore activista
Porto arredores e lisa longa vida
Custóias e Senhora da Hora
Todos os que tão de saco hey
Aguentem o barco
Para a minha mãe, minha avó e meus dois irmãos
E toda a gente aí fora que está no coração
Toda a gente aí fora que luta a opressão
E toda a gente aí fora que está no coração
Toda a gente aí fora que luta a opressão
Vocês sabem quem são


 

helldanger1

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fundação
Dealema
Composição: Indisponível

Bem-vindo ao rés do chão deste prédio,
aqui começa a revolução, isto é a sério
indica acesso à recruta de soldados de rua
tu és mais um, e esta é a sub cultura
o rés do chão, é a linha da frente
onde B-boys fazem movimentos potentes
movem sentimentos(frente a frente)
os rebatadores criam pistas aéreas
fazem tremer a terra como máquinas de guerra
batalhão de minas e armadilhas
sente o cheiro de borracha queimada, das sapatilhas
manobras mortíferas
o corpo são, a mente sã
mesmo assim perigosos, como víboras
em vários tipos de solo, até cimento
quem os defrontar vai ver o vermelho, no cinzento
os alicerces, lutadores de rua
estes são os mestres, a próxima cultura
é EPS

(Primeiro piso) é o esquadrão de propaganda submersiva
planeiam os ataques nesta célula activa
pra mais uma investida, mais um bombardeamento
temos mapas, horários e todo o equipamento
turnos diurnos, estratégia de combate
soldados e uns atiradores aperfeiçoam a arte
desta componente gráfica, estética, técnica
colorir a cidade sempre, com certa ética
em turnos nocturnos, passamos à acção
(Plutão, alerta máxima de prontidão)
armas, soldatas, marcadores e autocolantes
posters e moldes com mensagens importantes
temos luvas e gorros, pra passarmos incógnitos
missão de invasão, à estação de comboios
inspiração, provém dos nossos laboratórios
passem o segundo piso, e escutem só os sonoros

Fundação do movimento alternativo
desde o rés do chão, até ao quarto piso
dealemático, colectivo
reunindo esforços num só sentido
Fundação do movimento alternativo
desde o rés do chão, até ao quarto piso
dealemático, colectivo
reunindo esforços num só sentido

Bem-vindo o nível dois, laboratório, sonoro
DLM colectivo, a força do qual incorporo
tubos de ensaio, formas de notas multicolores
químicos,vapores, centenas de cientistas produtores
objectos, estudam as sonoras
e seus efeitos secundários, com pressão de amostras
em hinos revolucionários
ascendemos com o sol, renascemos com a lua
o cansaço não atenua, até que o ritmo te possua
na rua escola, trabalho, metro au autocarro
manos juntam-se no bloco ao som da assalto ó rádio bravo
é a produção, é a coligação entre postos
entre que diferentes tribos
veio os médios e nobres
necessária precisão, perspicácia, ilusão, eficácia
ser mais minucioso na prática
disciplinada e autentico, na forma de compor
leva esta remessa de batidas para o piso superior

(Terceiro piso) departamento tri-arquivo
incrivel, decifra o código
ejecto o sonoro a fundo, nano ó tecnológico
a estratégia é ditada ao timbre de guerra
coordenação do som, super-digital, vocal
FM, esquece agora a frequência, é DLM
microfones alinhados, em silêncio ninguém geme
(tudo a postos) a ansiedade escorre pelo rosto
(tudo pronto) transmitimos ao sinal do bombo
iniciada a revolução dealemática
cobiçada por 51 pinoples na área
não vêem nada, muda a operação, é camuflada
de novo, caçou-se o teu bairro, moço alerta
citadino, antena aberta
é a arte da guerra, compacta, segunda vinda
saturas-te o novo estado mental
és tagado, digico, se nóbio, é o nível quatro


Fundação do movimento alternativo
desde o rés do chão, até ao quarto piso
dealemático, colectivo
reunindo esforços num só sentido
Fundação do movimento alternativo
desde o rés do chão, até ao quarto piso
dealemático, colectivo
reunindo esforços num só sentido


 

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Anatomia do Espírito
Dealema
Composição: Indisponível

Os livros da nossa escola sempre esconderam a cara
Só nos mostravam a coroa dessa moeda roubada
Monopólios e banqueiros em África como aqui
Quanto mais exploram lá mais força têm contra ti

Tantas mentiras falsas doutrinas
Disciplinas inúteis e impigidas
Comungado como julgo
Estes putos são tratados tipo escravos condenados ao
lucro
E crescem como o ramo morto
De uma economia que os guia para o trabalho e para o
matadouro
Não existem miúdos burros
Apenas educações estupidas e alunos cheios de dúvidas
Caga na religião e moral
Dou-te alimentação e orientação espiritual
Após a morte lutadores conhecem o criador
Longe do sangue e do mal
De volta ao mais alto ideal
Temos de continuar a manter o sonho vivo
Não tás sozinho eu estou contigo
Tu és divino, eu sou divino
Ninguém tem de ser escravo do destino
Eu acredito...
Abrimos estradas nunca antes percorridas
Não nos limitamos a seguir pegadas doutros indíviduos
Agarrar opurtunidades
Crescer em força com toda a dignidade somos criativos
Esta é a nossa anatomia
Feitos de sonhos desejos não somos mercadoria
Crianças têm de viver sem medos
Com esperanças em falsos deuses e a natureza como
aliança
Qual é a diferença entre a sala de aula e a cela?
É quase igual, uma jaula e uma janela
A nossa causa não irá provar a derrota
E esta luta significa agora mais do que nunca
Temos de continuar a manter o sonho vivo
Não tás sozinho eu estou contigo
Tu és divino, eu sou divino
Ninguém tem de ser escravo do destino
Eu acredito na liberdade
Juntos vamos criar um sítio mais propício a
felicidade
Não é o enpobrecimento que causa movimento mafioso
Nos bairros e guettos urbanos gangs organizados
Os nossos manos na prisão quando saiem não há
reinserção
Lidam com a exclusão
Olhando o vazio de coração frio
Tremendo mentalmente
Parece que ainda estão lá dentro
Tá tudo a toa meu irmão
Não te vou enganar e aclamar que tás na boa
É tudo bom, porque a minha vida que está em jogo aqui
A minha família que está em jogo aqui
Um dos meus poucos prazeres é defender
Com unhas e dentes os meus
Deus me perdoe se tiver de matar
Mano eu morro aqui

Temos de continuar a manter o sonho vivo
Eu acredito na liberdade
Temos de continuar a manter o sonho
Acredita na tua capacidade

Temos de continuar a manter o sonho vivo
Eu acredito na liberdade
Temos de continuar a manter o sonho
Acredita na tua capacidade

 

helldanger1

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Bófiafobia
Dealema
Composição: Indisponível

What are you here for?
I'm here to kill you

Hey!
Existe um policia adormecido dentro de cada um de
nós,
E ele deve ser abatido
Morre um no Cerco, morre outro em Aldoar
É tempo de perguntar o que é se tá a passar
Há abuso da autoridade,
Brutalidade, nas rusgas aos bairros sociais da cidade
Agentes intimidam inocentes com cacetetes
Dealers despejam droga nas retretes
Agua! Agua!
Soam as sirenes
Vem um carro dos judites, vem um carro do INEM
Rusga, pé na porta, bófia vasculha
Não importa, se é gente boa ou pulha
Força bruta, seja guna ou puta
Tudo em fila, pia fino ou ainda levas com a batuta
Geninhos sem cabeça, decapitam a presa
Matam com tinto a sede de violência
Passam multas, enquanto mulheres ficam viúvas
Tão nas calmas, enquanto ressacas roubam casas
É só fachada, corrupção organizada
Porque o maior furto, é o do polícia corrupto
São os guardas prisionais que levam o produto
Quem foi dentro também tem acesso a tudo
Putos injectam na penitenciária
Gajos de pasta ficam em domiciliária
A rua não tem medo, da retaliação
Para cada acção, existem a reacção

Agimos motivados pelo medo
Desta nova babilónia, a bófia
Agimos motivados pelo medo
Podes vê-los bem cedo
Engole em seco

Não queremos
Mas raiva é o nosso estado mental
Pois vivemos numa sociedade policial
Prejudicial, à saúde emocional
Condenam os nossos crimes
Cometem outros muito piores
E quem se safa?!
Quem tem a massa
Menores são detidos
Por pequenos delitos
Numa instituição de correcção
Será que a punição levará a algum lado
Sairá curado ou mais revoltado
Não deposito confiança em distintivos nem fardas
Somos instintivos eles andam atrás de indivíduos
Pacíficos, que rolam o cachimbo da paz
Em prol ...
São o real inimigo
Invadem bairros e guetos
Fazem guerras entre brancos e pretos
Gajos sem escrúpulos, dos mais corruptos
... mas nós não baixamos os punhos

Agimos motivados pelo medo
Desta nova babilónia, a bófia
Agimos motivados pelo medo
Podes vê-los bem cedo
Engole em seco


 

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Bons Velhos Tempos
Dealema
Composição: Indisponível

A saudade aperta...o futuro acorda, mas há coisas que a mágoa não afoga
Bons velhos tempos em que a vida era um rascunho onde anotava pedaços do meu destino
Éramos um só...todos juntos num só caminho...À descoberta da existência de um movimento
Era tudo verdadeiro e puro, na época a música voava como um sonho de um miúdo
Ninguém competia apenas aprendia e brilhava quando mostrava aquilo que fazia
Poesia genuína 100% urbana, do coração, sem exibição, sem cobiça
Cada um à sua justiça reinava...da amizade e da rua extraía a sabedoria que adquiria
De um abraço, uma palavra ou um sorriso de um amigo, era motivo de antalgia
Mas tudo muda, incluindo a vida, mas nada compra, pensamentos de bons velhos tempos.

Refrão:
É o regresso ao passado, o presente é o futuro
Máquina do tempo, o velho testamento em que não existia o veneno
Bons velhos tempos, continuo aqui o mesmo

Se os amigos fossem diamantes eu era rico, se o amor fosse um rubi eu era bilionário
Mas se a amizade é uma migalha gratuita, a felicidade é o meu abrigo em ser um pobre mendigo
Nos nossos dias...o veneno separa amigos à medida que os objectivos vão crescendo
Eu continuo aqui o mesmo, puro e duro, a mandar foder quem quer manchar o meu futuro
Naqueles tempos não existia público, hoje o público são filhos da puta na luta pelo pódio
Através do plágio...o caminho mais curto, estão fodidos lutaremos até ao último sufoco
Cito com orgulho o dito do labirinto...a felicidade não é a meta, é o caminho
Sinto falta dos velhos tempos, dos nossos tempos, tou longe do passado separado por quilómetros.

Refrão:
É o regresso ao passado, o presente é o futuro
Máquina do tempo, o velho testamento em que não existia o veneno
Bons velhos tempos, continuo aqui o mesmo

 

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Chave Da Saida
Dealema
Composição: Indisponível

Mano a vida é o que tu fazes dela
Custa-me ver-te fechado dentro dessa cela
Sabedoria é a chave da saída
Dessa maldita viela para onde miséria nos guia

Para quê tantos trabalhos e preocupação
Por sermos donos do mundo querem tirar-nos a criação
Aspirações por uma vida mais humana
A minha voz exprime o drama
De varias gerações
As nossas mães e avós
Já tiraram da sua boca para nos dar a nós
Dor e tristeza
A sua maior riqueza eram as terras
Que lhes foram retiradas através das décadas

Será uma maldição ou a religião que nos impede
De querermos o melhor para nós, ter uma maior visão
Somos os deuses na Terra
E passamos meses à espera
De um ordenado que só nos traz mais miséria
Como é que pode ser, deixar de olhar o horizonte
Começar a ver o sonho desvanecer
Nem pensar vamos crescer, vingar, brilhar
Justificar a presença neste lugar

Olho para ti sabes o que é que eu vejo?
Vejo-me a mim reflectido num espelho
Tenho flashes de memórias, milhares de histórias
Algumas são alegres, outras melancólicas
E o coração bate cada vez mais forte
A cada rima que debito sinto o bafo da sorte
Como recompensa desta intensa labuta
Dura luta
Com astuta perseverança
Já te vi na miséria, vou-te ver na fartura
Brindemos com o cálice da boa aventurança
Amigo, já não consigo ver-te passar fome
Com o microfone dou-te pérolas, mano come
Pensa por ti, cuidado com a mente criminosa
Há muitos manos que eu não quero ver na choça
Porque essa merda é suicídio
É mortífero como sexo com uma desconhecida
Sem preservativo

Jovem mulher é melhor respeitares o corpo
Tens o poder para gerar no interior um fruto
Reinamos fortes com raízes mais profundas
Para no futuro cultivarmos terras mais fecundas

Desde sempre nesta frente estou contigo podes crer
A sinceridade nesta humilde cidade fez-nos crescer
O que eu tenho a dizer é curto e passo a transcrever
Uma breve história para que todos nos possam entender

Santos, ontem via-te no recreio
Hoje vejo-te às seis no passeio
Em direcção àquela fábrica sem receio
Quem diria que uma homem com um nato talento
Tem que se sujeitar a uma rotina de merda
Para manter no prato o sustento
Primo eu acredito que o teu valor é infinito
O meu amor por ti é genuíno e este disco é o nosso
titulo
Mano pina conseguimos mais um capitulo
Uma caixa de surpresas juntos quebrando o ciclo da
rima
Tenho orgulho em ter-te como amigo em ter-te conhecido

Uma das chaves para a porta do meu sexto sentido
André contigo estará sempre algo positivo
Mesmo quando o cenário é depressivo, extremo e fodido

Sereno e imune a todo o tipo de veneno
Do tempo que não rimavas
Desconhecendo o talento que por dentro transportavas
Nuno em resumo um dos mais criativos
Mc's portugueses a visitar os nosso ouvidos
Estamos distantes por quilómetros mas continuamos
unidos
Tenho saudades dos velhos tempos e de todos os nosso
amigos
Dos dias de escola de outrora, e velhos ensaios
semanais
Centenas de instrumentais, milhares de versos reais

 

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Escola dos 90
Dealema
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Nós estamos cansados, de toda esta teia que nos envolve
e mais do que nunca, está na altura de assumirmos controle
vimos da escola dos 90, onde tudo era em câmara lenta
tu não precisas de mais promoção
mano, tu precisas de uma sebenta
dado o hip-hop de hoje em dia
depende da imagem ou da fachada
muitas bases orelhudas, mas com letras cheias de nada
porque esses putos são fantoches na mão de grandes empresários
que os exploram noite e dia
na busca de montantes extraordinários

já não somos putos, somos gajos adultos
na indústria musical provocamos tumultos
nós somos músicos, não nos damos por meninos
somos Jorge Palmas, somos Sérgios Godinhos
cagámos para rótulos, criamos o nosso nicho
chamam-nos bandas de culto, de núcleo rijo
sendo assim exijo, devido reconhecimento, atribuído
para regozijo deste movimento
não é hobby, é trabalho árduo sem lobby
vivemos aqui ao tempo, não aterrámos num óvni
regressámos para recolher o dízimo em dívida
porque isto não é só uma profissão, é a nossa vida

HAN, quando ouvires Dealema, mano grita, grande cena
nova gaia, porto, mano grita, grande cena
otários contaminam o tempo de antena
quem é que realmente traz a bomba que rebenta
não queremos ser famosos, porquê?
porque estupidificação, ilude-vos, preenche-vos
nunca iremos ter sucesso porquê?
somos reais demais, a escrita eleva-nos, transcendo-nos
estamos noutra prateleira, pára e pensa
atingimos ofensa como um tiro na cabeça
não temos paciência para abrir falência
bombardeamos em potência com super potência
palhaços transformam isto num circo de rua
hip-hop não se resume a esses filhos da puta
chavála não tens culpa, desliga a musica
a MTV torna a tua mana numa...

Nós estamos cansados, de toda esta teia que nos envolve
e mais do que nunca, está na altura de assumirmos controle
vimos da escola dos 90, onde tudo era em câmara lenta
tu não precisas de mais promoção
mano, tu precisas de uma sebenta
dado o hip-hop de hoje em dia
depende da imagem ou da fachada
muitas bases orelhudas, mas com letras cheias de nada
porque esses putos são fantoches na mão de grandes empresários
que os exploram noite e dia
na busca de montantes extraordinários

Infiltrámos como vimos, a indústria musical, droga mental
põe a ver o invisual, donde vimos
a simplicidade é essência
os fingidos só reconhecem a aparência
rimas são tiros, balázios líricos, que matam tiranos
dão vida a criativos
a precursão abre o portão da percepção
e a palavra, acaba com a manipulação
e o controlo,
de frequências dá de novo o significado à tua existência
formamos juntos escudo de luz dourado
que canaliza informação num estado alterado
verbalizando, neutralizamos nos actos
moldando, de forma drástica, a estrutura dos átomos
com rimas, que revelam novos paradigmas

Nós estamos cansados, de toda esta teia que nos envolve
e mais do que nunca, está na altura de assumirmos controle
vimos da escola dos 90, onde tudo era em câmara lenta
tu não precisas de mais promoção
mano, tu precisas de uma sebenta
dado o hip-hop de hoje em dia
depende da imagem ou da fachada
muitas bases orelhudas, mas com letras cheias de nada
porque esses putos são fantoches na mão de grandes empresários
que os exploram noite e dia
na busca de montantes extraordinários


 

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Expresso do Submundo
Dealema
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Shhhh
Pouco barulho puto
Já és MC puto?
Vais aos concertos dos Dealema puto?
As letras foram escritas por ti puto?

Esta carta foi enviada do submundo para te dar sorte
Já deu a volta ao mundo mas está na tua posse
Envia-a pelo correio, mas não envies com dinheiro
Senão terás 24h por dia de azar o ano inteiro
De madrugada, irás receber um pacote em casa!
Não o abras, senta-te e primeiro acende um Paiva
Relaxa, observa a chama,
Abre o pacote é uma cassete a tua mãe viu, esconde e
disfarça...
Sobe para o teu quarto
Vai puto, rápido, pega num invólucro e fecha a porta à
chave
Aviso-te, é necessário, o dicionário, caso contrário,
o esgotamento é prematuro
Concentra-te, senão consegues espera não faz mal
Imagina esta cassete como capacete virtual
Tu és capaz rapaz, põe a fita no aparelho
Agora deita-te e aguarda, acende mais um Paiva no teu
quarto
Á tua volta sinto hologramas, silhuetas que saem das
paredes como fantasmas
O teu espirito levanta-se e mistura-se com as cinco
figuras que se movem com o fumo
Não te assustes puto vê o teu reflexo no espelho
Observa como vês tudo mais límpido
O teu espirito regressa de novo ao teu corpo, o som é
inimigo do teu sono
Não penses que foi um sonho, olha para o aparelho está
ligado
Não te sentes nem um pouco curioso?
Repara bem no nome que vem na fita, VÁ-LÁ DIZ DEALEMA

Bem vindo á PUTA DA MÁGNIFICA VERDADE
Aprende e compreende...PUTO não vez...que mudamos a
tua vida para sempre...retiras a fita do
aparelho...carrega no botão vermelho...envia a carta
que recebeste e esquece....

Copia tudo aquilo que eu vi....esquece puto
Queres falar aquilo que eu falo...fica mudo 2x
Veste tudo aquilo que vesti...és roubado
Guarda apenas isto que eu te dou...é um começo


Pergunta á tua mãe porque é que tens a minha cara,
O meu cabelo, os meus olhos, os meus gestos a minha
fala
Carrega numa ou duas teclas á escolha
PREPARA-TE, puto, vou apagar a tua memória
Passa-me o microfone dou-te um segundo
Espero que não sejas claustrofóbico vou te levar ao
submundo
Tal e qual, aquela fabula de natal daquele forreta
Pobre de espirito, menino rico sem sacrifícios
Sobe aquelas escadas, vês o fumo que sai da porta
Agora entra e observa, podes falar que ninguém nota...

Aquele ali é o MUNDO o verdadeiro, o maestro
Já fazia instrumentais ainda tu eras um Feto...
Aquele no sofá é o IX-PIÃO de microfone na mão
Ouve a voz serena, é o MAZE rei do
vocabulário...fez-te juntar dinheiro para comprares um
dicionário
Shhhh, pouco barulho GUSE está ali a dormir no canto
Está cansado com as mãos a cheirar a plástico, ouve o
que eu te digo puto
Não penses que te tornas MC num minuto
Há muitos grupos, mas o importante é o produto
Copias tudo, mas não basta para seres um puro, mas sim
um mudo
Conhece-te a ti próprio porque agora é o começo
Ano zero, DEALEMA tem respeito ou ficas surdo
 

helldanger1

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Fado Vadio
Dealema
Composição: Indisponível

Fado Vadio
Tudo que eu tenho é uma caneta e o pôr do sol
desenhado
No canto de um papel, amarrotado pelo meu ódio
Acredito em pesadelos belos
Quando a vida dá-me estalos com luvas de ferro,
mano
Queimo tempo como nicotina acesa ao vento
Dou poemas para amigos, empatia vou colhendo
Dealema colectivo, na tempestade o meu abrigo
Procura o teu porque nem o céu é o limite
Carrego o meu orgulho como um amuleto ao peito
Sujeito a ser comido por este mundo imperfeito
Respiro música, fria como a rua escura
Necessito a vossa ajuda, temos que tagar a lua
Prefiro inimigos do que falsos amigos
Isto é o fado dum poeta vadio de bolsos lisos
Mas de coração cheio...Vou compreendendo
Que a máquina que move a vida é o sentimento
Desde os blocos de cimento às salas de julgamento
Noventa por cento de nós acabam por ir dentro
Acredita em mim, mano. A reputação é fachada
Perante os obstáculos diários nesta longa caminhada
Num dia temos tudo, no outro não temos nada
Bem ou mal, nunca percas o equilíbrio, há que ser
racional
Porque o amor é a um passo do ódio
Nas situações extremas, tens que ser frio para
resolver problemas
Porque quem tem tudo, vive por trás de um escudo
Mas quem não tem nada, vive pela lei da espada
A sentença é pesada, mas encara-a de frente
Quem tem vergonha do que sente, perde sempre e nunca
ganha
O peso na consciência é clara evidência da falta de
experiência
No campo do relacionamento humano
Eu mantenho-me distante do que considero inoportuno
Comandante do meu rumo, sou eu quem faz o meu turno
Tudo aquilo que vivemos são histórias
Tudo o que temos agora são memórias
Sempre olhando em frente, verso a verso
Criando o futuro, passo a passo
Nada aqui é permanente
Tudo o que tem começo também acaba
Cinzas, pó e nada
Os filhos da madrugada, bem aventurados
O nosso fado faz chorar as pedras da calçada
A brilhar como o orvalho na madrugada
O nosso fado faz chorar as pedras da calçada
Levamos músicas até às últimas consequências
O impacto altera a consciência
Há quem viva esta vida em vão
Sem dar valor à dádiva, sem acção
Como um espectador de televisão
Qual é a direcção? Quem saberá...
Vivemos ao Deus dará
Muita gente tira e muita pouca dá
A vida são dois dias, um deles é para acordar
O tempo começa a apertar
Está na altura de expulsar os vendilhões do templo
Criar sustento, parar, pensar e apreciar o momento
Somos guiados por valores:
Uma voz interior que me move
Encontro o verdadeiro norte
O coração sofre quando alguém parte
Porque o amor é forte como a morte
E foi na arte de viver que nos reconhecemos
Erguemos isto desde os velhos tempos, que saudade!
A nossa história é única, como uma rubrica
Canto esta canção com paixão, como se fosse a
última
Vivemos tempos soturnos, nestes locus horrendus
Não é à toa que vêm à tona os nossos medos mais
intensos
Nós lidamos com sentimentos, sem ressentimentos
Seguimos pressentimentos
Vozes interiores sussurram orientação
Dão-nos a obrigação de ver na vida uma benção
Apesar da sucessão de depressões e desilusões
Perdi batalhas, mas nunca perdi lições
Aos dezasseis a vida eram rimas e sprays
Dias bem difíceis que passava para os papéis
Ansiedades e angústias abalavam a alma
Anestesiava os sentidos, tentava manter a calma
Vi sonhos ruírem como castelos de cartas
Quase desacreditei, abandonei as palavras
Neste mundo de mau carma, armas e pragas
Invado-me... A minha imaginação tem asas
Exorcizo fantasmas nas folhas de um caderno
Através da criação eu consigo ser eterno
Poeta boémio, gato vadio
Noctívago nas ruas deste Porto sombrio
Os meus pais perguntam-me o que é que eu vou fazer
da vida
Prometo-vos, é este o ano em que tudo cambia
Tenho fé, esse é o meu trunfo na manga
Junto com os meus manos dou o grito do ipiranga
Tudo aquilo que vivemos são histórias
Tudo o que temos agora são memórias
Sempre olhando em frente, verso a verso
Criando o futuro, passo a passo
Nada aqui é permanente
Tudo o que tem começo também acaba
Cinzas, pó e nada
Os filhos da madrugada, bem aventurados
O nosso fado faz chorar as pedras da calçada
Tudo aquilo que vivemos são histórias
Tudo o que temos agora são memórias
Verso a verso, passo a passo
Cinzas, pó e nada...


 

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Infiéis
Dealema
Composição: Indisponível

Debitamos decibéis em pistas sobre infiéis
Gajos apanham papeis facilmente decifráveis mal os
avistas
Carregados de aparato muito paleio de saco
Preparados para abater o 1º gajo que pisar o palco
È puta da luta pela sobrevivência
Todos sabem mas negam ter conhecimento da sua
existência
Não andamos aqui ao doce sabor da brisa e não tão
pouco mudamos de cara como quem muda de camisa
Fazemo-nos a vida através da nossa própria musica sem
nenhuma empresa publica
Sabes quanto isso custa?
Muita vontade, trabalho, dedicação e empenho
Noites em branco não tás a ver um caralho é melhor te
fazer um desenho
Cinzento como a cor dos sonhos perdidos
Onde angustia e miséria cruzaram 5 indivíduos
Preparados, munidos para o que der e vier
Batalhar até morrer para ver um filho nascer

DLM ninguém teme

Tem cuidado mano to a um palmo da insanidade
Este gajo calmo também perde a serenidade
Nesta área és persona não grata se não respeitares
espera muitos azares
Acerta o passo meu caro não tens classe ainda tens
muito que melhor a sintaxe
Até lá baixa as orelhas rabo entre as pernas espuma-te
de inveja destas rimas soberbas
Sempre, sempre com astúcia atacamos com música
Nós viemos para fazer a denuncia
A nossa postura firme é única
Tamos a cagar para a opinião pública
Olho por olho dente por dente, punho a punho, nós
fazemos frente
Há certas merdas que não engulo
Brincas com o meu futuro e eu juro faço-te um furo

DLM ninguém teme

Rubrica de necologia
Imagina o dia que encontras a tua fotografia
A tua vida de 8mm é uma película sorri foste gravado
por cima
Olho por olho rima por rima toma a pílula fodemos
infiéis como conas de lolitas
Emergência, emergência na alfandega é Dealema musica
negra contrabando
Partilho voz com o meu bando
...como maço de tabaco tira um podes ir fumando
Fica atento ao nosso rasto soluções a curto prazo
tamos aqui a longo prazo
Gravamos pistas em formatos de tragédia
Cd's copiados como encriptações de guerra
Não somos uma ceita mas somos mais que oitenta
Em direcção ao teu óvulo como geita

DLM ninguém teme

Vozes da rua tu não podes deter
Dizemos o que temos a dizer doa a quem doer
Lado a lado ano após ano vamos a luta com a voz mano a
mano
Artista, vira casaca desiste já desta profissão de
vocalista
Andamos pela fé e não pela vista
Cada canção é como uma acção terrorista
Contra a puta da opressão a nossa opinião não conta
temos só uma opção
Afrontar quem quer que se atravesse a frente por
interesse ou para desencorajar
Em nome da industria do lucro da musica não venhas
contra a minha equipa oube lá
Se não eu prego-te com um balázio és mediático nós
para sempre dealemáticos.
 

helldanger1

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Lei das Ruas
Dealema
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Esta é a lei das ruas, filhos das putas (4X)
Levanta-te moço,tas aí a fazer o quê?
O nosso povo só se acredita naquilo que vê
No nosso bairro as estrelas não têm brilho
Vocês perdem o pio,porque o olhar destes putos é frio

Estrilho é o que vai na mente destes jovens
Pois o diabo apoderou-se da mente destes homens
A delinquência
Que reproduz
A criminosa
À velocidade da luz
Trocam os estudos por charutos
Amigos, tornam-se Chibos e dão-te migos
Sem dares por ela
Na viela
A rapariga mais bela
Era a maior cadela
E os otários como tu
Andavam todos atrás dela
A fama
Todos a queriam meter cama
Por isso fodem-se uns aos outros
Para andar na boca do globo
Moço,
Arranja mas é um projecto novo
Porque o gajo invejoso
Nunca virá a ser líder do povo
Movimento e independente
Nova gaia faz frente
Trás gente
Para quebrar a corrente
Da censura da indústria
Porcaria oculta
A linguagem dura
Da música da rua pura
Amadurecida com o tempo
Depois de passar fome
Debaixo de chuva e vento
É difícil
Reconhecerem-te o talento
Enquanto vives
Mais fácil será talvez enquanto partires

Refrão:
Este é o nosso projecto
Não te venhas meter
Nós somos malucos, somos loucos
Tu cais aos poucos
Este é o nosso bloco
Julgas quê?
Se me falhas és um gajo morto
Este é o nosso projecto
Foda-se não te venhas meter
Qual é a tua?
Fazemos isto como deve de ser
Nós somos
Música de rua pura
Como deve de ser
Pura

Rua,cada qual com a sua
Nem colhões tens para dar um passo na tua
Na boa
Ninguém te julga pela roupa que usas
Qual é o fumo que fumas?
Rua,cada qual com a sua
Nem colhões tens
Para dar um passo na tua
Na boa
Ninguém te julga pela roupa que usas
Qual é o fumo que fumas?

Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Nós temos potência
Falamos com inteligência
Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Nós temos potência
Falamos com inteligência

Mãos ao alto,esta merda é um assalto
Traz o povo e todo o resto e junta-te ao manifesto
Clínico
Poder psíquico
Forte espírito
Vives o que eu vivo?
Sentes o que eu digo?
Varejo o perigo
Faço dele um amigo
E quando faz frio
Sinto-me mais sombrio
Não admira que me tomes por um gajo louco
Porque no fundo neste mundo
Somos todos um pouco

(Briga)

O pior cego
É aquele que não quer ver
Nem sequer envolver
Na merda que está a acontecer
Muitos sócios em negócios porcos
Maços de notas,facadas nas costas
Gajos sem as postas e muito baleio
Tu és independente mas só por mês e meio
Interesseiro até o teu bolso ficar cheio
Sair um pato feio
Moço, sabes que eu não entro no rodeio
Lembras-te de mim?
Sou verdadeiro
Não troco nenhum amigo por dinheiro
Porque acho isso foleiro
Cago na fama,porque a fama traz drama
Me troco todo pelo sufoco
Do porto
Sempre com sangue, lágrimas e esforço
Porque sinto esta merda de música no corpo

Refrão:
Este é o nosso projecto
Não te venhas meter
Nós somos malucos, somos loucos
Tu cais aos poucos
Este é o nosso bloco
Julgas quê?
Se me falhas és um gajo morto
Este é o nosso projecto
Foda-se não te venhas meter
Qual é a tua?
Fazemos isto como deve de ser
Nós somos
Música de rua pura
Como deve de ser
Pura
Este é o nosso projecto
Não te venhas meter
Nós somos malucos, somos loucos
Tu cais aos poucos
Este é o nosso bloco
Julgas quê?
Se me falhas és um gajo morto



 

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Mergulha na felicidade
Dealema
Composição: Indisponível

Naquelas horas em que tu choras
nuvens escuras pairam ameaçadoras
dias sem aurora saiem da caixa de pandora
E agora?Que toda a felicidade foi embora
tás a um passo do abismo no epicentro do sismo
O pessimismo toma pose no metabolismo
e é por isso que um mal nunca vem só
vem um atrás do outro como peças de dominó
Em catadupa
Problemas são como agulhas em constante tortura em que
te atulhas
vais enchendo o saco, acumulas, aguentas até que chega
a altura em que tu rebentas
tanta amargura ainda te leva à loucura
Se vives com pena de ti..ninguém te atura
essa postura imatura é uma sala obscura
a cura está no amor, procura no interior

...

Tens que erguer a cabeça
Mano, acorda para a vida
Acredita em ti
Fortalece a auto-estima

Trabalha, transforma os teus sonhos em matéria
Só o espírito rico vencerá a miséria
Força, partilha, acredita, ofereçe, respeita,
persiste, constrói, perdoa, cresce,
age, brilha, estima, vence, faz, honra, muda, luta,
cura, foque, vive, cria, chora,
age, ama...

...

As trevas entecedem a alvorada da alma
Quando estiveres na merda, por favor, tem calma
às vezes apetece desligar o interruptor
mas o maior lapso é olvidar o amor
Trabalha, transforma os teus sonhos em matéria
Riqueza a valer é saúde e saber
só o espírito rico vencerá a miséria
Toma rédia curta no que te está a acontecer
Se este governo só te dá desemprego
e tens mulher e crianças para alimentar
e tás farto de viver no limiar do degredo
é o sistema quem te vai obrigar a emigrar
Se um ente querido partiu e tens a alma dorida
honra a sua ida, leva avante a tua vida
Porque um pessimista soma fracassos e desgraças
o optimista alcança vitórias e dá a graças

...

Tens que erguer a cabeça
Mano, acorda para a vida
Acredita em ti
Fortalece a auto-estima

Trabalha, transforma os teus sonhos em matéria
Só o espírito rico vencerá a miséria
Força, partilha, acredita, ofereçe, respeita,
persiste, constrói, perdoa, cresce,
age, brilha, estima, vence, faz, honra, muda, luta,
cura, foque, vive, cria, chora,
age, ama...

...

A vida és tu quem controla a objectiva
e é tudo uma questão de prespectiva
À nossa volta tudo roda como num caleidóscopio
foca para não te desviares do teu propósito
Se a doença abate e se torna um anti-cape
escapa a imaginação, não tem limite
Quando a violência impera quebra a algema
e foge para bem longe do problema
Se estás na corda bamba entre o amor e o ódio
ama-te a ti próprio antes de amar o próximo
Se foste traído por um amigo mais chegado
lembra-te que mais vale só que mal acompanhado
Vence a inércia, fortalece a auto-estima
Se estás em baixo, um dia estarás na mó de cima
Luta, acredita, valoriza as virtudes, sublinha os
defeitos com pureza nas atitudes

...

Tens que erguer a cabeça
Mano, acorda para a vida
Acredita em ti
Fortalece a auto-estima

Trabalha, transforma os teus sonhos em matéria
Só o espírito rico vencerá a miséria
Força, partilha, acredita, ofereçe, respeita,
persiste, constrói, perdoa, cresce,
age, brilha, estima, vence, faz, honra, muda, luta,
cura, foque, vive, cria, chora,
age, ama...

Força, partilha, acredita, ofereçe, respeita,
persiste, constrói, perdoa, cresce,
age, brilha, estima, vence, faz, honra, muda, luta,
cura, foque, vive, cria, chora,
age, amaaaa...


 

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Nunca, mesmo nunca
Dealema
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Há quem não veja evolução
E tem noção como ganha-pão
32 anos e estereo fusão
A vida rouba o tempo
O tempo rouba-te a vida
Mas o tempo não existe quando a mente é criativa
Ensinado a ser idêntico, sou valioso
Respeitem o meu espaço
O que eu faço é grandioso
Filho da lua, a galope em busca de um sonho
Há sete cães a um osso
Mas eu visto a pele de um lobo
Não sou hipócrita,
Unha negra não tem verniz
Quem é que realmente já aprendeu a ser feliz?!

Sou aprendiz, disseco o sentimento ao máximo
De certeza absoluta o meu futuro é problemático (2x)

Sob esta febre manos, ok, passo a explicar
O sintoma desta doença que nos permite respirar
A magia de um verso
A longevidade do mesmo
A natureza de um conceito
A profundidade de um termo
O empenho pessoal, físico e mental de um individuo
Sabendo que o reconhecer do erro é um bem adquirido
Expansão, quatro paredes além fronteiras
Interacção das massas entre tribos e cimeiras
O poder do vocábulo metafórico ou real concreto
O impacto quando a frase bate no momento certo
Um passo a frente mas observando bem de perto
Conteúdo inesperado como ganhos directo
Repleto de sentimento excêntrico num sonho de viver a 100%
Não a nível material
Eu pretendo tocar por dentro
Afastar as nuvens deste céu cinzento
Que nos perseguem aos anos no espaço e no tempo

Mergulho fundo no basto oceano criativo
Num mundo novo hiberno em estado meditativo
Nas aguas límpidas onde persigo obras-primas
Vejo cardumes de palavras alinhadas em rimas
Canalizo-as, verbalizo-as
Como uma ladainha
Com elas mudo vidas que mudam a minha
No reflexo permanente do que o espírito deseja
Sem oferecer a sociedade a liberdade de bandeja
Porque a negatividade é sinónimo de escuridão
Transporto a luz
O meu diamante é o coração
Estou consciente da missão
Construo realidade com frases
Meu vicio sem reabilitação
Sei que posso vir a ser
O que aspirar ser
Sempre com visão poética presente no meu ser
E nunca, mesmo nunca te vou abandonar
Enquanto poder escrever e conseguir citar

Quero acordar sentir o prazer de viver
Fazer somente aquilo que eu adoro fazer
Cada dia menos a ganhar e mais a perder
Nesta vida de esperar o fim do mês para receber
São as escolhas que fazemos
Direita, esquerda, vida, morte, ganha e perda
Filho, tu és divino
Ninguém tem de ser escravo do destino
Não acredito
O pensamento colectivo
O meu caminho, espiritual, é individual
Vou ao encontro de um trilho
Que espera por ser seguido
Na selva urbana eu sobrevivo
Eu amo a musica não a industria
A salvação face a erosão da sanidade
Escrevo sem o medo de dizer a verdade
Tudo é vaidade
Tenho um encontro na cidade… com a música.



 

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O Que É Feito?
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Composição: Indisponível

Tudo o que eu queria era um rádio para escutar este
som...
Com todos os meus manos, em qualquer bloco ou
quarteirao...

Mas o que é feito, do respeito e do reconhecimento,
terá a humildade desvanecido pouco a pouco tempo...
Hoje em dia, tudo depende da identidade pela qual
assinas, muito boicote, o Hip-Hop já nem depende só de
rimas...
E é triste mano, ver como tudo isto muda, muitas mãos
atiram pedras e nenhuma delas ajuda...
MC's à presidência, abafam a residência de quem lutou
pela sobrevivência desta cultura...(REFRÃO)

Abaixo da superfície obscura, não é só no teu bairro
que se assiste à tortura, da vida dura...
Está difícil para todos, nos quatro cantos do
território, fala-se muito do dinheiro mas escacear e
notório...
Tudo cresce e aparece e em imagem a olhos vistos, os
meus manos na linha da frente, aos anos que continuam
a ser Cristos...
Entre linhas mesquinhas de Básicos ao Quadrado, tudo o
que escrevo é sagrado, nada é escrito ao acaso...
Mantenho um bom aço, no papel desabafo enquanto traço,
linha a linha mano, por tudo aquilo que passo...

REFRAO 1X

Quem me dera ter tempo para fazer tudo aquilo que eu
quero, mas à aprendidades na vida, e são elas a quem
me entrego...
Na bolsa de Hip-Hop, grito a dizer que não preciso,
ninguém quer passar o resto da vida a alimentar-se só
de lixo...
Muitos putos nesta cultura, vivem na ilusão, tirem
essa dificuldade de virem a ter um emprego, uma
profissão...
O momento é agora e o lugar é aqui, nada aparece feito
puto, tens de o fazer por ti...
Porque o tempo vai mais rápido que um meio conto de
algibeira, aproveita o segundo, tenta não fazer
asneira...
Mente que vageia sem destino enfrenta as consequências
do rumo perdido, estacionar carros na praça, mano todo
fodido...
Evita confusões, subros com soluções, espirito que
conserva em si, a força de mil e um trovões...
Tudo é possível, quando temos noção da dimensão do
nível, o complicado torna-se, mais acessível...

REFRÃO 4X

 

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Portugal Surreal
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Composição: Indisponível

[Boa noite,
O Governo português irá investir 16 milhões de euros em pistolas 9mm para toda a polícia nacional, um bom investimento.
Por outro lado, assistimos a um corte orçamental da cultura nacional.
Bem-vindos a Portugal Surreal! Fiquem agora com pistolas e submarinos...]


Feliz totalista, dois bilhetes prá primeira fila
Portugal, a comédia, já nos cinemas da vila
Como actores principais, políticos e pedófilos
Sem generalizar, alguns acabam por se tornar bons sócios
Um elenco de luxo de agentes corruptos
Na cidade à paisana para a recolha de lucros
A vítima: o comum trabalhador
Apanhado no fogo cruzado, criado pelo grande senhor
O argumento relata o crime do colarinho branco
Vilão morre no fim, mas o mal permanece em campo
Realização do estado, produções, dinheiro desviado
Patrocinado por um povo constantemente explorado

Refrão:
É cultural, fado, Fátima e futebol
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a máxima de Portugal

Submarinos, Paulo Portas
Submarinos, Paulo Portas
Paulo Portas, submarinos
Paulo Portas, submarinos

Políticos em comícios fazem, ilusionismo com o fogo de artifício
Manda vir um submarino
Enquanto o povo manda vir um cimbalino
As mentes estão aéreas, eles passam férias
Nós continuamos com palas e rédeas
Não há guarda na floresta, é uma festa
Em Portugal, eucaliptal há onde real é a corrupção e a desgraça
Mas não há problema enquanto houver a vinhaça
Não há stress enquanto houver uma passa
E haverá dinheiro sujo enquanto houver uma brasa

[Cada um de vós dará o seu melhor, para um país mais justo, para um país mais pobre!...]

Refrão:
É cultural, fado, Fátima e futebol
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a máxima de Portugal
É fundamental, subsídios prá corrupção
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a sátira de Portugal

É Domingo, dia de missa e de bola
O limite de velocidade hoje é 20 à hora
A terceira idade vai em peregrinação
Prá fiscalização da última obra
Há desfile em fato-de-treino no hipermercado
Os novos ricos vão passear o carro
Transportes são lentos como repartições públicas
Cortam-se cunhas, coçam-se partes púbicas
Pra não restar dúvidas, bisga no chão
e sai do tasco de garrafão na mão
E há piqueniques nas bermas das auto-pistas
Onde políticos adoram ir cortar fitas

[É verdade que se há uns meses atrás, os portugueses não compreenderam, à medida que o tempo passa vão percebendo cada vez menos...]

Refrão:
É cultural, fado, Fátima e futebol
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a máxima de Portugal
É fundamental, subsídios pra corrupção
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a sátira de Portugal

[Nós não agredimos... Defendemos os atletas. É diferente! Isso é agredir os atletas!...]

É o país das maravilhas
Onde a Alice tira um curso pago com um mealheiro cheio de piças
Se o Papa nascesse cá era jogador de futebol
Se o Pai Natal fosse tuga fugia com o saco azul
Constituição fiscal politicamente anal
Portugal, agência de turismo sexual
A justiça toca à porta em Santa Catarina
na porta da Casa Pia
Jet-set, aldeias, novelas, touradas
IRS, fantasmas, empresas, esquemas
Safari, os animais raros conduzem carros
Entraste no Cavaquistão, veste o Camuflado!


Refrão:
É cultural, fado, Fátima e futebol
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a máxima de Portugal
É fundamental, subsídios pra corrupção
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a sátira de Portugal

[São cerca de três mil milhões de contos... Portanto... Ah... 6%... Hum... 6% de seis mil milhões... Ah... 6x3=18... Ah...Um milhão ou... Ah... É, é, é... É fazer a conta! ]

[Estão satisfeitos com estas respostas e estão certamente tão contentes quanto nós, por isso agradeço-vos muito a vossa presença...Muito obrigado!...]


 

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Quando o amor se torna veneno
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Composição: Indisponível

O bem, o mal, a vida, a morte, amor, veneno...

Acordei, lavei a cara e olhei-me ao espelho
O tempo parou, mas eu por fora estou mais velho
E por dentro respiro fundo, deixo-me ir ao fundo
Conto pelos dedos as noites que já não durmo
Diz-me porquê tens tanta raiva por dentro
Converterei o teu ódio no mais profundo sentimento
Levarei os teus olhos a visitarem o meu interior
Dar-te-ei tudo o que tenho, em troca do teu amor
O calor e o reconforto do teu corpo que aquece o
meu
Que com os anos vai parecendo morto
E a inocência desvaneceu-se no bater dos ponteiros
do relógio
Pergunto-me a mim próprio
Guerra santa, fome tanta, religião profana
Não vês que o rumo da vida muda constantemente
Depende da opção tomada
Sê Homem e sofre as consequências dos teus actos
Ser-te-ão pagos na mesma moeda
Tudo aquilo que nos desejas terás o triplo dessa
merda
Seja amor ou seja inveja
Afogam-se mágoas em canecas de cerveja
Situação ridícula, a vida é uma película
E nós os actores principais
E quando alguém morre não há duplos, são mortes
reais
Nunca mais voltará a ser como era
A não ser os corações que continuarão a ser de
pedra
A não ser as pessoas que continuarão a ser
hipócritas
E quando nada tiveres todos te voltarão as costas
Mas na solidão encontrarás a consciência
Procura dentro de ti porque cada um vai por si

Quando o amor se torna veneno e a vida muda
Mas as impurezas purificam-se com chuva
São mágoas afogadas em águas passadas
Pessoas íntimas tornam-se inimigas
E o vento leva a memória das nossas vidas
Como folhas já castanhas, que o sol ilumina
As nossas almas, só mais uns dias
Dias quentes são noites frias.

Será que estás satisfeito com a vida que vives?
Olha para dentro um momento e quebra limites
Pessoas felizes voam como pássaros livres
Momentos alegres fazem esquecer cicatrizes
Das punhaladas nas costas daqueles de quem mais
gostas
Da língua perversa que faz de ti assunto de
conversa
Cuidado com a inveja e os efeitos nefastos
Sobre quem a venera e manifesta
Apresenta perdão ao teu irmão, de pomba branca na
mão
Esquece o ego, cego, que enlouquece
E quando um rude golpe na alma a fizer rebentar
Quando já não tiveres mais lágrimas para chorar
O Amor cura, nunca caduca, o ódio fere
Existe a justiça solene, que resiste numa folha
perene
Que não desiste, que persiste, enquanto não alcances
não descanses
Pois nada será como dantes
Depois de buscas incessantes levaremos avante
O nosso barco a bom porto
Com o nosso suor, com o nosso sangue, o nosso povo
sairá triunfante
Não existe diferença entre carvão e diamante
Tudo aparece no tempo certo, Deus nunca esquece o
seu projecto
Sempre dará alimento, o universo conspira se for bom
o investimento
Se o fim for altruísta a meta estará à vista, quem
não arrisca, não petisca
Agora o egoísta que desista, nem insista à nossa
vista
Se o fim se justificar o meio vai-se proporcionar
Pode demorar, pode desvanecer, mas nunca vai morrer
Nunca digas nunca, pois quando sem dificuldade se
vence sem prazer se triunfa
Percebes?! É simples: faz as tuas preces, pedes e
verás que recebes
Mas com calma, porque uma vez não são vezes
Não dês com a língua nos dentes antes de fazeres o
que queres
Gastas energia com palavras e é só nos actos que
perdes

As impurezas purificam-se com chuva
São mágoas afogadas em águas passadas
Pessoas íntimas tornam-se inimigas
E o vento leva a memória das nossas vidas
Como folhas já castanhas, que o sol ilumina
As nossas almas, só mais uns dias
Dias quentes são noites frias

Amor, veneno, um sentimento extremo
O maior pesadelo é acordar todos os dias como se
fosse o mesmo
O medo faz-nos perder o horizonte dos nossos sonhos
Imbuído na dor tens de encontrar
Algo que verdadeiramente possas amar
Talvez um ritmo, talvez uma flor, talvez um filho
Talvez um sítio, uma sinfonia de violinos ou
simplesmente o brilho da lua no rio
Envenenado, sai purificado da montanha
A brilhar como o azevinho, como o orvalho da
madrugada
Sentimentos puros que se soltam
Como as últimas folhas de Outono levadas pelo vento
Mas elas voltam para te fazer brilhar na aurora da
história
Porque como cristais, os cisnes ainda permanecem
imaculados nos lábios da memória
Então aprendi, vivi o dia como se fosse o último
Senti a chuva como se fosse a última
Beijei a mulher como se fosse a única
O sofrimento numa guitarra, em dedilhado o nosso
fado
Faz chorar as pedras da calçada
A caminho de casa, um sentimento triste invade as
nossas almas
Pela falsidade envenenadas
Mas a verdade esconde-se por detrás das máscaras
A verdade esconde-se por trás das músicas
A verdade esconde-se por trás das túnicas
Que cobrem a face de belas escravas asiáticas
A beleza de poesias leva-te às falésias místicas
Onde o brilho do atlântico revela as vistas
paradisíacas
E onde o espírito da luz se move sobre a face das
águas límpidas
Respiro sons profundos
Envolvidos por bolhas de ar que libertadas de seres
aquáticos
Elas sobem à tona e emergem enviadas dos mais
complexos aquários
E nós não contemplamos, todos esperamos
Pelo dia em que a terra prometida vem
Pelo dia em que a paz vem
Mas isso é algo que vem todos os dias
Quando a lua nasce e quando o sol se põe

Quando o amor se torna veneno e a vida muda
Mas as impurezas purificam-se com chuva
São mágoas afogadas em águas passadas
Pessoas íntimas tornam-se inimigas
E o vento leva a memória das nossas vidas
Como folhas já castanhas, que o sol ilumina
As nossas almas, só mais uns dias
Dias quentes são noites frias

Real ou não real
Sentido e fatal, ao mesmo tempo
Amor, veneno, veneno, amor, veneno
É difícil ser lembrado mas é fácil ser esquecido
Amigo, inimigo, escondido o genocídio
O quinto elemento será a salvação das massas
Nas mãos erradas é uma faca com duas lâminas
Celibato mental contacto ou fenómeno psíquico
Mas a verdade é que ninguém sabe explicá-lo
Amor por vezes é comido pelo veneno
Onde um beijo se pode tornar no cunnilingus ou um
demónio
No Ódio, o homem esconde mil e uma facetas
Umas dentro de outras, como bonecas holandesas
Mau carma, confiança, amor, desconfiança
Sentimentos platónicos divididos como castas
O que separa o amor do medo
Violência debaixo do mesmo tecto sobre a barreira do
silêncio
Dedico estes versículos a todos filhos da puta sem
testículos
Que transformam lágrimas de mulheres em gritos
Quando o amor se torna veneno a vida muda
E a semente do ódio é regada pela chuva

O amor parte de nós
Temos que começar a reflectir naquilo que damos
A reflectir naquilo que tiramos
E o nosso sonho...
O nosso sonho somos nós que o fazemos
A cada hora que passa
A cada dia que passa
É algo que pode estar presente
Em nós, a cada momento
Guardamos ressentimentos e ódio no nosso coração
Mas até mudarmos por dentro
Toda a gente na tua vida
Toda a gente na nossa vida
Há-de ir e há-de vir como o vento
A princesa das neves mais brancas
Também cria as nuvens mais cinzentas
E é ela que cria as tempestades mais frias e
gélidas
Quando o amor se torna veneno
A vida muda..


 

helldanger1

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Quem fui, quem sou
Dealema
Composição: Indisponível

Bem vindos a esta viagem ao nosso intimo, aqui expomos as nossos raízes, todo o percurso as nossas cicatrizes, a nossa vida em rimas

Do nada nasce tudo, 1976, balança 4 quilos peso bruto
Criado com amor puro, mas o meu pai… Ups
Não vou recuar tão fundo
À segunda tentativa filho único melhor prenda da vida
Humano para dividir o mundo,
Nuno o sonho comandava-me em miúdo
Visionário puto, cabeça na lua poeta mudo
Virava costas ao suposto
Cego eram cores eram estrelas era todo um universo
Como é que uma caneta sem tinta traça um destino (Como?)
Como é que um puto com tantos amigos é tão sozinho (Como?)
São duas frases que retratam um caminho
Quando penso bem nisso, eu não mudei muito
Soube sorrir, soube amar e soube criar
E vou voar até onde a musica me levar…

Nascido em Sto. Ildefonso coração do porto
Transpiro invicta por cada poro do corpo
Trago recordações puras que guardo numa redoma
Infância magica de uma mente sonhadora
Filho único, o meu amor filial é especial
Tive toda a educação fundamental
Mudança súbita, adolescência obscura
Inocência ceifada pela realidade dura
Problemas financeiros, morte de familiares
Stress emocional e desilusões milhares
Mas a musica é o caminho que me afasta do atalho
Adeus desporto, adeus escola, olá trabalho

(Refrão)

Eu não me esqueci de onde vim
Para onde vou, com que estive, com quem estou
De quem fui, de quem sou, nada mudou
Desde o dia em que tudo começou
Que mais podemos dizer,
Expomos toda a nossa vida
Damos toda a energia
Aconteça o que acontecer
Levamos a cabo o projecto
Damos o corpo ao manifesto
Iremos prevalecer

Nascido e criado na velha Vila Gaiense
Pai ausente, mãe doente sob pressão permanente
Aos dezasseis os estudos já não eram uma opção
Algures numa obra fazia o meu ganha pão
Escrevia rimas, rascunhos, em intervalos de turnos
Fruto da fé que me levou a nunca baixar os punhos
Perseguindo sonhos à velocidade do som
No amor e na amizade, descobri o que a vida tem de bom
Falsas expectativas com base em informações distorcidas
São como velhas doenças que devem ser combatidas
Nobre guerreiro desde os vinte e dois a tempo inteiro
Um bolso vazio que muito imaginam cheio
De esquina para esquina encontro uma face amiga
Conseguiras tu visionar maior riqueza na vida
Adolescente homem feito com humildade e respeito
Na rua estudei direito, humanamente imperfeito

Eu vim de um sitio chamado, O Bairro da Providencia
Onde putas dão canecos e perdem a consciência
Ergui-me no meio do caos e decadência
Mas recusei a aceitar tal sentença
O meu pai bazou, quando eu tinha dois anos
Mais tarde fui para Gaia conheci os meus manos
Tive que ser homem mais cedo, senti o medo
Dormi na rua, no centro ao relento, vivi a luta
Se não fosse esta banda, estava fudido da tampa
Perdido, provavelmente metido na branca
O piso, Dealema, a Lenda, o Mito
Grito final a luta na qual acredito

(Refrão)

Eu não me esqueci de onde vim
Para onde vou, com que estive, com quem estou
De quem fui, de quem sou, nada mudou
Desde o dia em que tudo começou
Que mais podemos dizer,
Expomos toda a nossa vida
Damos toda a energia
Aconteça o que acontecer
Levamos a cabo o projecto
Damos o corpo ao manifesto
Iremos prevalecer


 

helldanger1

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Sala 101
Dealema
Composição: Indisponível

Alerta, o ser humano é básico, trágico
Contra a própria raça, sádico
Um bebe abandonado num saco plástico
Adolescente apanha a SIDA com o padrasto
Uma cabeça é decapitada no rato, noticiário:
Invasão de canibais ao estádio, um emigrante com o crânio esmagado
Dói tanto como um pai que perde lentamente um filho
Ignorado, um videojogo que acaba em assassinato
A religião eleva a fé do bombista fanático
Um acidente na estrada pode acabar num obrigado,
Ou então com a frase ‘eu mato-te’
Violência gera violência, violência gera ignorância, ignorância gera violência
Se és dotado de inteligência quebra a cadeia,
Tu és dotado de inteligência quebra a cada.

Ignorância gera violência, nela nunca procurei abrigo
Cultivo a paz pela subsistência da existência deste universo onde resido
Se estás a um passo do abismo pensa bem,
Será que vale mesmo a pena ir mais além?
A consequencia do acto torna-te refém,
Não queiras para os outros o que não queres para ti também.

E ele puxou o gatilho da 6.35, bazou, deixou sangue no recinto
Ele era um puto normal, um puto bombástico
Mas era mal tratado pelo padrasto, a mãe nao tinha tempo para intrevir
Trabalhava horas extras numa fábrica para subsistir
Sem tempo para o acompanhar ou dar educação
Primeiro meteu patelas, depois veio o sabão
Passou para os quilos, depois veio o filho,
Passou para as bases, depois o vicio (e a ressaca)
Começaram os assaltos à mão armada, a joalharias
Com fiats unos roubados e gunarias de todos os lugares
De todos os bairros, do Aleixo ao Tarrafal até criar um gang loca
O seu pai estava demente, estava a flipar
Veterano, ex-combatente do ultra-mar
Tinha ido para morrer, tinha ido para matar
Mas não estava preparado para o que ia enfrentar
Veio traumatizado com quem tinha matado
Com pastilhas que tinha tomado, obrigado a ingeri-las com a comida
Continham LSD e anfetaminas, drogas quimicas
O puto acabou condenado, encarcerado
A mãe com um desgosto e o pai alcoolizado

Pousa essa arma, e lê um livro, não é mau carma
Diz livre-arbitrio, ve se tens calma, vence esse vicio
Andas em circulo, quebra esse ciclo, nãos estás perdido
Há um caminho, tens uma mente, alimenta o espirito
Planta a semente, sê positivo, dissipa o ódio e ama o próximo

Ignorância gera violência, nela nunca procurei abrigo
Cultivo a paz pela subsistência da existência deste universo onde resido
Se estás a um passo do abismo pensa bem,
Será que vale mesmo a pena ir mais além?
A consequencia do acto torna-te refém,
Nao queiras para os outros o que nao queres para ti também.

(Merdas antecedem a alvorada da alma. Quando estiveres na merda por favor tem calma. Sobrevivência diária.)


 

helldanger1

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Sonhar acordado
Dealema
Composição: Indisponível

1990, skate no banco, basket no parque
e dois anos depois, mano, conheci esta arte
através de umas cassetes, do grande Ricardo, antigas
mixadas com vaste lote de batidas fudidas
o brake na escola, na estação inocente
trouxeram-nos até aqui manos para viver-mos este momento
sem arrependimento, eu vou sonhando acordado
grato pelas experiências que a musica me tem proporcionado
num dia bolso vazio, sem dinheiro
no outro cinco mil manos acompanham os coros do concerto inteiro
vivemos pra arte, mas ela esquecesse de nós, ficamos sós
mas não perdemos a consciência do poder da voz
o tempo corre veloz, muito trabalho pela frente
quem me dera, mas não posso avançar toda a gente
por tudo o que tenho, quase sempre em troca de nada
são muitos anos a manter a zona em cima orientada
muitos não têm a sorte de fazer o que realmente querem
nós vamos atrás da nossa, digam o que disserem
este é o mar da derrota, o sabor da doce vitória
não um simples rap, mas sim quarenta e oito barras de história
inspiração para liricistas, que decifram entre linhas
mau carma para indivíduos, que de galgam as minhas
procura uma direcção, visualiza bem a tua rota
mantém o sangue frio, quando o azar bater à porta


o tempo corre, à velocidade da luz
à procura da sorte, missão a qual me propus
encontrei o meu norte, construí o meu forte
vou sonhando acordado, enquanto a vida me seduz
o tempo corre, à velocidade da luz
à procura da sorte, missão a qual me propus
encontrei o meu norte, construí o meu forte
vou sonhando acordado, enquanto a vida me seduz


estou a sonhar acordado, ainda nem acredito (belisca-me)
quero sentir que é verídico
sou um privilegiado porque faço o que amo
escrevo no entanto poesia, subo ao palco e imano
consciência, produz a minha subsistência
tanto tempo depois, colho frutos da persistência
admiro a resistência e a bravura dos meus manos
que lutaram pelos seus sonhos, todos estes anos
neste país retrógrado, com criativos em sarcófagos
rodeados entre ófagos, necrófagos
em compreendo a razão, que leva à evasão
à imigração, da minha geração
é o desemprego, o desânimo, o medo, o pânico
que conduz ao êxodo, rumo ao êxito
não quero ser rico, já o sou de espírito
e saúde não se compra, nem com guito infinito
quero comida saudável, ar respirável
água potável, um ambiente agradável
necessito de um abrigo, um tecto, o meu templo
onde entro, medito, relaxo e contemplo
cultivo alegria, amizade, harmonia
paz e amor, pra apreciar melhor a vida
pode parecer naífe, mas é um desejo profundo
quero criar um poder, para mudar o mundo



o tempo corre, à velocidade da luz
à procura da sorte, missão a qual me propus
encontrei o meu norte, construí o meu forte
vou sonhando acordado, enquanto a vida me seduz
o tempo corre, à velocidade da luz
à procura da sorte, missão a qual me propus
encontrei o meu norte, construí o meu forte
vou sonhando acordado, enquanto a vida me seduz


encontrei o meu norte, construí o meu forte


 
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