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Um grande estudo internacional mostra evidências de que o uso do medicamento Viagra pode fazer mais do que tratar a disfunção erétil nos homens. O remédio seria capaz de reduzir em 60% o risco de uma pessoa desenvolver Alzheimer no futuro. A descoberta dos investigadores da Cleveland Clinic, dos Estados Unidos, foi publicada no Journal of Alzheimer’s Disease.
Os cientistas realizaram uma investigação laboratorial sobre os efeitos da sildenafila – uma substância inibidora da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5) que é o principal componente do Viagra – para evitar que proteínas como a tau se emaranhassem nas células nervosas. Esse acumular é uma das explicações para o desenvolvimento de demências.
Estudos anteriores já demonstraram que, além de promover o fluxo sanguíneo no pênis, os inibidores da fosfodiesterase (PDE) também podem prevenir doenças neurodegenerativas.
Os PDEs estão envolvidos nas vias de sinalização que influenciam a neuroplasticidade, pois reduzem a formação excessiva das proteínas tau nas células nervosas, ajudando a melhorar a saúde cognitiva e a memória.
Os investigadores usaram culturas de células de neurónios criadas a partir de células-tronco de pacientes com Alzheimer para mapear a atividade por trás dos efeitos terapêuticos da sildenafila, e observaram que, após cinco dias de tratamento com o medicamento, os neurónios produziram níveis significativamente mais baixos de proteínas tau.
O resultado é um forte indicador de que a sildenafila é capaz de proteger as células cerebrais.
A experiência foi complementada com o uso de inteligência artificial para procurar sinais de que como o medicamento funcionaria numa escala populacional usando informações de pacientes inscritos em três grandes bancos de dados internacionais. Os cientistas confirmaram que a sildenafila diminuiu o risco de Alzheimer em cerca de 60%.
«Depois de integrar essa grande quantidade de dados computacionalmente, é gratificante ver os efeitos da sildenafila nos neurónios humanos e nos resultados dos pacientes no mundo real», afirmou o biomédico Feixiong Cheng, co-autor do estudo, em comunicado.
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