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Lenda - O Sonho... O Dinheiro Enterrado

ninakkida

GF Ouro
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São dois relatos bem recidos e verídicos. Nos tempos antigos, principalmente, as pessoas que viviam do plantio na roça, eram acostumadas a guardar seu dinheiro na sua própria casa, não em bancos como hoje. Alguns escondiam debaixo dos colchões, outros em lugares difíceis de achar, mas a grande maioria enterrava seu dinheiro em lugares que só eles sabiam, e muitas vezes morriam com este segredo...

Relato 1

O que aconteceu foi no povoado chamado Ibalbinha, no interior do Maranhão, mais ou menos em 1947.

Existia uma senhora com seus cinco filhos. Ela tinha ficado viuva e sustentava seus filhos somente com o suor do seu trabalho que era quebrar côco babaçu, um serviço muito comum na zona dos cocais no Maranhão, mas também muito sofrido, pois exige muito esforço e se ganha pouco. Essa senhora, ainda bem jovem em seus dias, era amiga de uns parentes meus que moravam no mesmo povoado. Ela um dia chegou na casa dos meus parentes e comentou que em alguns dias seguidos ela estava a ter um sonho. Este sonho era sempre o mesmo: Uma pessoa chegava e falava para ela que em determinado lugar daquela região que ela conhecia, existia enterrado grande quantidade de dinheiro. Ela estava intrigada com aquele sonho, mas não procurou o lugar. Até que um dia depois de ter comentado com dois compadres dela, que por sinal eram pessoas muito ambiciosas, decidiram enfim ir atrás do tal dinheiro.

Já era quase seis da tarde quando acharam o lugar. Eles começaram a cavar e cavar, até que seu comprade sentiu bater a pá em algo... Não fez alarde, simplesmente fez sinal para sua esposa, que esperta logo tratou de desencorajar sua comadre falando-lhe que ali não havia nada. Triste, a pobre viuva seguiu seu caminho para casa, enfim, era pobre e tinha que trabalhar para sustentar seus filhos que não eram poucos, e não ficar dando ouvidos a sonhos sem fundamentos. Enquanto ela seguiu, seus compadres espertos, fingiram que foram embora e retornaram ao local. Cavaram mais um pouco e encontaram um velho saco de couro cheio de dinheiro ainda válido.

Passou-se pouco tempo, esse casal comprou gado, comprou terras, e logo abriram uma vendinha. Ficaram muito bem de situação. Só que de repente, não muito tempo depois, o filho deles caiu doente e logo faleceu. Não deu uma semana, o marido também morreu subitamente. Antes de completar um mês, a mulher morre inexplicavelmente... Só restaram seus bens, para ninguém, ninguém mesmo.

Os antigos comentavam que foi uma desgraça causada por eles próprios ao cobiçarem o que não era deles.

Relato 2

Um outro relato parecido era de um pobre senhor que também vivia de roça. Ele era casado com uma jovem moça, e tinham uma vida muito difícil. Sonhou três vezes com uma pessoa lhe ensinando um lugar que tinha um dinheiro enterrado. Uma certa madrugada, depois de ter sonhado novamente, o senhor levantou, pediu para sua jovem mulher preparar um café forte que iria sair na mata. A mulher estranhou, mas ele não falou nada pra ela. Pegou uma vela, pois no sonho a pessoa falava que ele tinha que levar uma, e seguiu rumo ao lugar. Lá chegando, antes de começar a cavar ele acendeu a vela e coclocou perto de uma árvore. Quando começou a cavar escutou alguém gritando no mato. Ele não se intimidou e começou a cavar. De repente sentiu uma tontura e viu algo estranho. Parecia uma sombra. Depois pulou algo nunca antes visto bem perto dele, tentando evitar que ele cavasse. Ele continuou cavando e rezando, pois sabia que aquelas coisas eram assombrações, que não queriam que a alma do pobre homem seguisse seu caminho, pois enquanto estivesse o dinheiro enterrado ele estaria preso ali.

Finalmente ele tirou o saco cheio de terra e dinheiro. Eram moedas da época, e saiu correndo na mata, e no mesmo instante algo começou a persegui-lo também. Ele rezava alto e corria, até que saiu daquele lugar. Enfim chegou em sua casa, já de dia, e contou tudo para sua mulher que ficou pasma. Depois disto eles tiveram uma vida melhor e nunca mais ele sonhou com nada parecido.

Algumas pessoas afirmam que acontecia muito isso antigamente. Pessoas que enterravam dinheiro se prendiam a ele e só desenterrando é que eles se libertavam daquele julgo, e ofereciam as pistas através de sonhos, geralmente para pessoas mais necessitadas.
 
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