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Os Cães Portugueses

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As raças portuguesas de cães começam a sair das fronteiras portuguesas para conquistar primeiro a Europa. Estas raças portuguesas são rústicas e pouco se modificaram ao longo dos séculos. Foram dadas a conhecer de maneira organizada primeiramente por clubes de caça que exportaram as raças mais adequadas a caça menor, despertando interesse pelos estrangeiros, em adquirir cães portugueses para a caça maior noutros países da Europa. Começaram a existir matilhas de Podengos médio e grande na caça ao javali, à corça e ao veado nas florestas francesas.

Portugal tem um Clube Português de Canicultura, e a ele se deve o Livro de Origens Portuguesas (LOP). Este Clube tem como objectivo melhorar as raças portuguesas, mantendo sempre as linhas que as definem, mantém também em dia, o registo genealógico dos exemplares de raça pura que existem.
 

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Podengo Português

O Podengo Português é a raça portuguesa mais antiga e uma das mais antigas do mundo. Das várias teorias relativas à origem da raça, a mais provável aponta para que o Podengo e outras raças similares do Mediterrâneo, tenham como antepassado o cão faraónico existente no Alto Egipto, que hoje tem como referência, o Faraó Hound, onde se acredita terem sido seleccionadas pelas funcionalidade as primeiras raças caninas. Este tipo de cães espalhou-se desde a Ásia Menor (zona originária dos Fenícios em 700 A.C.), pelo Norte de África e toda a bacia Mediterrânica, supondo-se terem sido os Fenícios os introdutores da raça em Portugal e toda a região do Mediterrâneo.
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A sua introdução é imprecisa, uns dizem até ser descendente do lobo ibérico (pouco provável). O que é certo é que o elevado número de coelhos na Península Ibérica, e a necessidade de aperfeiçoar técnicas de caça, ligada à subsistência das populações, levou a que estes cães tenham encontrado grande aceitação, dadas as suas características adaptáveis a essa função. Mais tarde, os Gregos e Romanos, divulgaram raças com as mesmas origens e características na Península Ibérica, sendo ainda credível, que o mesmo tipo de cães tenha entrado a Sul de Portugal pelas mãos dos Árabes. Em todo o Norte de África e orla do Mediterrâneo, ainda hoje abundam cães tipo Podengo, que embora muitos não constituem raças definidas, o seu elevado número comprova a origem da nossa raça. Mais tarde foram os Portugueses a espalhar a raça por todo o mundo, encontrando-se vestígios dessa passagem, no Brasil, África Central e Índia.
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Podengos Pequenos, Médios lisos e cerdosos.

Existem três tipos de Podengos: Podengos Pequenos, Médios e Grandes.

O Podengo Pequeno é a raça nacional portuguesa, sendo rápido, ágil e extremamente resistente. Mede entre 20 a 30 centímetros, pesando de 4 a 5 kg. Sendo muito maleável, o que faz dele, um excelente caçador exímio, caçando coelhos, perseguindo-os até dentro da toca, fendas ou mato cerrado. O seu parente próximo, o Podengo Médio limita-se a esperar pelos coelhos fora da toca.
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Podengo Pequeno.

A evolução do Podengo Pequeno, é uma variação do médio, sem perder quaisquer de suas outras características. Não existe grande exigência em relação à cor ou tom de pêlo. O Podengo pode ser unicolor com marcas de branco ocasionais, ou varia de vermelho para arenoso ou até mesmo preto, o pêlo pode ser curto e brilhante ou mais longo e áspero (cerdoso). Devido ao carácter amigável e alegre e o seu tamanho pequeno, o Podengo Pequeno adapta-se bem à vida de cidade.
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Podengo Pequeno de pêlo liso.
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Podengo Pequeno de pêlo cerdoso correndo divertidos.

Ao longo da história, o Podengo Pequeno era utilizado inicialmente na caça aos ratos, controlando as pragas nas casas, celeiros e até nas caravelas, daí a sua expansão pelo mundo. É conhecido como "tira teimas", explorando tocas e sítios onde os outros cães não conseguem ir.

Actualmente, o Podengo Pequeno é muito utilizado como cão de companhia, com excelente resultado, pois para além do seu carácter obediente e efectivo, mantém uma grande resistência a doenças ou anomalias genéticas. É um cão que exige poucos cuidados.

O Podengo Médio é o caçador de coelhos por excelência. O seu aspecto físico serve de referência à raça, sendo o Podengo Grande a sua extensão. Em grupo ou isolado, o Podengo Médio conjuga um faro e ouvido muito apurado, sendo muito duro fisicamente e apto a suportar altas temperaturas. O seu carácter é mais independente e reservado que o Podengo Pequeno, embora seja igualmente utilizado como cão de guarda e companhia. O Podengo Médio mede entre 39 e 54 centímetros, pesando entre 16 e 20 kg.
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Podengo Médio de pêlo liso.
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Podengo Médio de pêlo cerdoso.
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Cão de raça Podengo Médio caçando coelho.

O Podengo Grande é usado na caça grossa, nomeadamente, na caça ao javali. Ainda hoje desempenha essa função, embora tenha sofrido forte diminuição de efectivos nos anos 70, devido à política agrícola e florestal do país. Actualmente, esta variedade ressurge, embora as duas variedades, de pêlo liso e cerdoso, estejam apenas a ser defendidas por dois criadores, que o salvaram da extinção. Integra matilhas e segue pistas, sendo considerado um excelente cão de caça ao corso e veado, por vezes com o sacrifício da própria vida. O Podengo Grande habita nas Beiras e Alentejo, adaptando-se perfeitamente ao clima seco e quente do sul de Portugal. Tem de altura: 55-70 centímetros.
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Podengo Grande de pêlo cerdoso.
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Podengo Grande de pêlo liso.
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Matilha de Podengos Grandes na caça ao javali.

O Podengo Português mantém ainda hoje as características muito próximas do seu ancestral inicial. A inexistente intervenção humana, levou a que a selecção da raça tenha sido feita naturalmente, nomeadamente pela adaptação ao meio ambiente e à funcionalidade de caçador. Por se tratar de uma raça natural, é designada de Raça Primitiva, reconhecida pela Federação Cinológica Internacional, FCI.

Actualmente, os Podengos encontram-se em todo o território português, sendo o seu número elevado no Alto Alentejo, Estremadura e Norte do rio Douro:
- O Podengo Pequeno está mais distribuído na zona centro do país ao longo do rio Tejo e no Alto Alentejo.
- O Podengo Médio pode ser encontrado em maior número no Norte ao longo do Douro e no Centro ao longo do Tejo.
- O Podengo Grande centra-se mais na zona raiana do Alentejo, dada a sua utilização exclusiva na caça grossa.
No Norte existem mais Podengos de pêlo liso e a Sul de pêlo cerdoso. Ao contrário do que aparentam, os cães de pêlo liso são mais adaptados ao clima chuvoso, pois secam rapidamente, enquanto que os cerdosos necessitam de um clima mais seco, para não acumular humidade no interior do pêlo. Desta forma, o pêlo liso evita pneumonias e o cerdoso é necessário para proteger do sol e do calor.
 
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Cão da Serra da Estrela

O cão da Serra da Estrela ou cão pastor, tal como o nome indica, é uma raça de cães natural da região montanhosa da Serra da Estrela (a maior serra de Portugal). Possui todas as qualidades requeridas nesta região agreste: é inteligente, leal e valente.
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Cão da Serra da Estrela.

O cão da Serra da Estrela é um cão de grande porte, de linhas rústicas e aspecto poderoso. A cabeça é volumosa e imponente e o crânio arredondado. Tem uns olhos ovais, castanhos, de expressão inteligente e serena. As orelhas são pequenas e pendentes sendo revestidas por um pêlo macio. Molossóide, tipo mastim, o Cão da Serra da Estrela tem o peito largo e a garupa ligeiramente descaída. Os membros são fortes e musculosos, sendo os anteriores verticais. A cauda é comprida, grossa e mantida descaída.

Há quem defenda a teoria de que no tempo dos Visigodos foram sendo lentamente introduzidos, em várias partes da Europa, cães de grande porte, vindos do planalto asiático. O cão de protecção de gado era utilizado fundamentalmente em zonas montanhosas e acompanhava os pastores e rebanhos nas suas migrações anuais, para os defender dos lobos e dos assaltantes. A Serra da Estrela, pelo seu isolamento e dificuldade de acesso, tornou-se o solar desta raça canina. O seu pêlo áspero ajuda-o a sobreviver ao Inverno rigoroso da elevada altitude e a sua força permitia-lhe defender os rebanhos dos lobos.
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Pastor e o seu Cão da Serra da Estrela guardando
o rebanho.

Cada Raça tem o seu carácter especifico desenvolvido ao longo da sua existência. O cão de pastor permanecia sempre com as ovelhas, enquanto o pastor se afastava para ir à aldeia. Assim o cão desenvolveu um carácter independente e se formou o seu carácter de excelente cão de guarda. Este carácter um pouco independente faz com que esta raça se adapte muito bem aos tempos modernos, nos quais muitos cães devem esperar que os donos regressem do trabalho no fim do dia. O cão da Serra da Estrela consegue esperar pacientemente, guardando a casa e o jardim, até que o dono volte a casa no fim do dia. Mas uma coisa é certa: o comportamento do cão fica a dever-se sobretudo à educação que recebeu do seu dono e ao convívio com o mesmo.

A beleza deste cão, a sua inteligência e a robustez, são características que lhe permitem ser mais do que um excelente guarda: ele é também um bom cão de família e muito tolerante com as crianças.
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Filhotes do cão da Serra da Estrela.

A selecção humana foi tendo um maior papel ao longo do tempo, sobretudo quando o cão da Serra da Estrela passou a ser exportado para zonas urbanas. Mas o maciço central, devido ao seu isolamento permitiu que o cão da Serra da Estrela se desenvolvesse e fixasse na região. Acredita-se que as duas variedades de pêlo existentes - pêlo curto e pêlo comprido - se devam a variações regionais. Contrariamente ao que seria de se esperar, era na região mais quente, a zona Sul da Serra, na região de Manteigas, onde se podia encontrar mais cães de pêlo comprido, enquanto que a variedade de pêlo curto era mais frequente no Norte, em Seia e Gouveia. Como os pastores interferiam pouco na selecção dos cães, os cruzamentos entre estas duas variedades eram frequentes.

Em 1934 foi estabelecido duas variedades de pelagem. A partir desta altura, o cruzamento entre as duas variedades passou a ser indesejável.

A publicação dessa classificação em 1966 e o reconhecimento da raça pelo FCI não veio trazer mais popularidade à raça. O declínio de alcateias era notório e os pastores podiam arriscar utilizar cães menos possantes e não puros para a guarda do rebanho. Nos anos 60 e 70, os portugueses emigraram procurando fugir da guerra, do regime e também da pobreza. O êxodo rural era outra alternativa e as zonas rurais foram particularmente afectadas por estas migrações. A população de cães da Serra da Estrela diminuiu drasticamente neste período, mas a dedicação de alguns criadores permitiu a continuação da raça.

Hoje em dia, o Cão da Serra da Estrela é bastante procurado, sobretudo a variedade de pêlo comprido. Embora, fosse a variedade de pêlo curto a mais numerosa no início do século XX, pois não exigia tantos cuidados com o pêlo, sendo mais funcional. Hoje em dia, é a variedade de pêlo longo que se destaca. Sobretudo por ser mais vistoso e com um porte mais elegante. Isto fez com que os criadores se concentrassem sobretudo na variedade de pêlo comprido e mesmo hoje a variedade de pêlo curto é particularmente vulnerável e mais rara.
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Raça de cão da Serra da Estrela de pêlo curto.
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Raça de cão da Serra da Estrela de pêlo longo.

O Cão da Serra da Estrela é um cão saudável para o porte que apresenta, muito devido à forte selecção natural a que esteve exposto. Contudo existem algumas doenças típicas de animais de porte grande com maior incidência na raça:
- A displasia é uma delas, sobretudo a da anca, por isso certifique-se de que os progenitores realizaram os despistes correspondentes.
- Devido a esta propensão, os donos devem utilizar rações de qualidade, não exercitar demasiado o cão enquanto jovem, evitar a subida de degraus e saltos e mantê-los afastados de pisos escorregadios.
- Tendo duas variedades de pêlo, o Cão da Serra da Estrela precisa de cuidados diferenciados. A variedade de pêlo comprido necessita de maior manutenção: escovagens diárias para desembaraçar. A variedade de pêlo curta exige apenas escovagens semanais. O banho apenas deve ser dado quando não for evitável, uma vez que a oleosidade protectora da pele é danificada pela água e produtos de limpeza.
É um cão de guarda por excelência! Vigoroso e robusto, o Cão da Serra da Estrela é um cão territorial e dominante. Necessita de uma boa socialização e de um dono capaz de impor a sua liderança de forma consistente e recorrendo ao reforço positivo.

Sempre alerta, o Cão da Serra da Estrela está igualmente apto para defender casas e propriedades. Com os donos, esta raça é extremamente meiga e afectuosa. Por trás do aspecto imponente, está um cão muito dócil com as crianças da família, de quem aceita muitos abusos.Com estranhos é reservado e seguro de si. Os donos devem apresentar todas as visitas ao cão e não devem deixá-las sozinhas com ele. Como cão de guarda incorruptível, o Cão da Serra da Estrela é desconfiado em relação aos humanos que não são da casa.

Os machos não toleram outros cães do mesmo sexo. As fêmeas tendem a ser mais receptivas. Podem conviver com animais de outras espécies desde que habituados com elas desde pequenas.

Muito resistentes, esta raça está preparada para enfrentar situações climáticas adversas, tal como é o tempo que se encontra na serra. Por isso, são cães que tanto podem viver no interior como no exterior da casa.

O Cão da Serra da Estrela necessita de um espaço exterior que possa guardar. A sua necessidade de exercício é moderada, mas ainda assim, passeios longos são a melhor forma de exercitar o animal.
 
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Cão de Castro Laboreiro

A origem do cão de Castro Laboreiro perde-se na bruma imemorial dos tempos. O outrora recôndito solar e a cultura castreja, da Serra da Peneda são entre outras, algumas das razões, pelas quais esta lendária raça portuguesa é uma das mais antigas. Os castros eram centros populacionais, continuamente habitados, fortificados por muralhas. Julga-se que os Castros eram locais de refúgio durante as guerras tribais Célticas e pré-Célticas.
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O Cão de Castro Laboreiro tem a sua origem na região que lhe deu o nome: a freguesia de Castro Laboreiro, no Concelho de Melgaço. É uma região montanhosa agreste, que se estende desde o rio Minho às Serras da Peneda e do Soajo, entre os rios Trancoso, Laboreiro e Mouro, até cerca dos 1400 metros de altitude.
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Castro Laboreiro (Minho)

À semelhança do cão, Castro Laboreiro é uma das terras mais antigas de Portugal. Os vestígios pré-históricos, como as gravuras rupestres e os dólmens, comprovam a presença do homem na região desde à muitos milhares de anos. Os castros são testemunhos da forte presença da cultura castreja na região. Também os Romanos passaram por aqui, edificando pontes e vias romanas com os seus marcos miliários.

As comunidades castrejas sempre viveram da caça e da pesca, da pastorícia e da agricultura. Na procura de boas pastagens para o gado realizavam um tipo de transumância de curta distância, que terá evoluído para uma migração sazonal que ainda hoje se verifica na mobilidade dos povoamentos num sector da população, numa curiosa adaptação às condições orográficas e climáticas. Os cães acompanhavam o gado nestes movimentos transumantes que, por serem de curta distância, ao contrário do que se verificou na restante Península Ibérica (nomeadamente a transumância dos rebanhos de ovinos da Serra da Estrela, cujas deslocações alcançavam várias centenas de quilómetros), não requeriam um animal tão possante.
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Rebanhos de cabras guardadas pelo cão Castro Laboreiro.

Devido ao isolamento, os cães de Castro Laboreiro mantiveram-se durante muito tempo em relativo estado de pureza, pois sempre satisfazerem plenamente as necessidades daquela população, sendo por isso um cão bem adaptado, perfeitamente equilibrado e nada exigente. O cão de Castro Laboreiro é o produto de uma selecção de milhares de anos, o que lhe garante uma empatia com o dono superior a qualquer raça moderna.
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Cão de Castro Laboreiro.

Seleccionado como cão de raça e de trabalho ao longo dos séculos, é um cão versátil, cuja docilidade, agilidade e coragem, lhe permitem hoje, ser um cão de eleição pelas suas raras qualidades de carácter e antiguidade genética.
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No limiar do século XXI, o cão de Castro
Laboreiro, volta a ser procurado como cão
de guarda e companhia.

O Cão de Castro Laboreiro possui uma verdadeira devoção e paixão pelo dono e uma notável desconfiança inata com estranhos, características estas que o tornam num inquestionável e fiel guardião de pessoas e bens. O espaço é um factor fundamental e muito influente no correcto e equilibrado desenvolvimento do temperamento desta raça.
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Cão de Castro Laboreiro.

Trata-se de um cão inteligente, aprendendo facilmente. Estabelece uma forte ligação com a sua família (humana ou não) que protege instintivamente de todos os perigos. Tem uma grande capacidade de protecção, que apurou durante centenas de anos na protecção dos rebanhos contra todo o tipo de perigos. Sempre vigilante, ladra e alerta para eventuais perigos, aproximando-se e perseguindo potenciais ameaças se necessário. Humilde, não desafia o dono, sendo muito tolerante para com as crianças.
 
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Cão da Serra de Aires

O cão da Serra de Aires, no Alentejo, tem um excelente instinto de pastoreio, sempre pronto a agrupar cabras, gansos, galinhas, e até mesmo crianças. É no seu todo um animal inteligente, rústico, robusto, desconfiado perante estranhos e vigilante, especialmente à noite.
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Cão da Serra de Aires, no Alentejo.

Os antecessores do cão de Serra de Aires não são claros. As semelhanças físicas entre esta raça e o Pastor dos Pirinéus sugerem que o Serra de Aires pode ser uma variante que se fixou naquela região e evoluiu paralelamente. Aquilo que se sabe é que o Conde de Castro de Guimarães encomendou um casal de cães da raça Berger de Brie, que durante muito tempo foram considerados os pais do Serra de Aires. Contudo, pensa-se que este casal terá contribuído para o aperfeiçoamento da raça, em vez de a ter formado.

O cão de Serra de Aires era utilizado para conduzir e pastorear pelas planícies do Ribatejo e Alentejo vários tipos de animais, desde ovelhas, cabras, porcos, cavalos, vacas, entre outros. Adaptado ao frio cerrado do Inverno e ao calor tórrido do Verão, o cão de Serra de Aires tornou-se na companhia dos pastores pobres da localidade. É também utilizado como cão de guarda devido à sua desconfiança em relação a estranhos e capacidade de vigilância.
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Cão de Serra de Aires, no Alentejo, guardando o rebanho de ovelhas.

Nos anos 70 do século XX, o número de cães desta raça encontrava-se em declínio ao ponto de a raça estar quase extinta. Criadores dedicados à raça juntaram esforços para recuperar o número de exemplares. Em 1990 foi fundado o clube da raça, que seriam relançado no ano 2000.

Em Portugal o Cão de Serra de Aires tem crescido em popularidade, embora não consiga rivalizar ainda com a maioria das outras raças portuguesas. No resto do mundo, a raça ainda é virtualmente desconhecida. Devido a certas atitudes e até expressões faciais, é por vezes apelidado "cão macaco".

A sua pelagem é comprida, lisa ou ondulada, com fartos bigodes, barbas e sobrancelhas, mas não encobrindo os olhos. O pêlo do Cão da Serra de Aires deve ser escovado duas vezes por semana, para impedir que crie riças. Contudo, escovagens em excesso podem alterar a textura do pêlo, tão característico da raça. É necessário aparar os pêlos das patas, mas o resto da pelagem não deve ser tosquiada. O banho deve ser evitado, pois danifica a camada oleosa protectora da pele.

Os machos medem de 45 a 55 centímetros, e as fêmeas de 42 a 52 centímetros. O peso deve situar-se entre os 12 a 18 kg.
 

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Rafeiro do Alentejo

O Rafeiro do Alentejo é uma das maiores raças portuguesas. As fêmeas têm entre 64 a 70 centímetros e os machos vão desde os 66 até aos 74 centímetros. O peso varia em torno entre os 35 e os 45 kg nas fêmeas e entre os 40 e os 50 kg nos machos.
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Rafeiro do Alentejo.

O Rafeiro do Alentejo é um molosso, de grande porte, forte e com aspecto rústico. A cabeça lembra a de um urso, com uns maxilares fortes e musculosos. O nariz é largo e escuro. Os olhos são escuros e de olhar suave e as orelhas triangulares e pendentes. O pescoço é curto e forte.
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O corpo do Rafeiro do Alentejo é mais comprido do que alto. Os membros são musculosos e têm um pêlo mais macio. A cauda é comprida e curva na extremidade. O pelo desta raça é de preferência de tamanho médio, mas também pode ser curto. Espesso e liso, o pêlo distribui-se de forma igualitária pelo corpo. Pode ser visto nas cores preta, lobeira, fulva ou amarela. São permitidas malhas brancas ou nas outras cores aceites. Os padrões raiado, riscado e tigrado também são aceites.

O Rafeiro do Alentejo não é um cão para o dono inexperiente. Sendo um cão de guarda é bastante territorial e agressivo para com estranhos que entram na sua propriedade. Por isso é indispensável que o seu raio de acção esteja bem delimitado e o terreno bem vedado. O ladrar é a primeira forma de defesa do território. A sua voz é grave e audível a grandes distâncias. É um cão de defesa, só atacando perante a percepção de ameaça. Por ser um excepcional cão de guarda, defende com coragem o terreno e a família, estando especialmente atento durante a noite.
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Rafeiro do Alentejo guardando rebanho de ovelhas.

O Rafeiro do Alentejo é um animal calmo, seguro de si com um carácter nobre e digno. Extremamente leal, é especialmente paciente com crianças. Gosta da atenção da família, mas recusa-se a aprender truques sem utilidade no seu trabalho. É bastante eficaz no gasto de energia e tentará ao máximo poupá-la para a sua actividade de guarda. Devido à sua rapidez é também utilizado na caça grossa. Em casa, é bastante calmo e dócil. A raça amadurece bastante tarde apenas por volta dos quatro anos. Convive com outros animais, desde que estes tenham sido apresentados desde cedo.

O Rafeiro do Alentejo não é um cão de cidade ou apartamento. Devido ao seu grau de inactividade no interior, necessita de um espaço exterior para poder passar parte do dia. Não é um cão que aprecie as rotinas citadinas e gosta de ter um território para guardar.

Estima-se que a raça tem a esperança de vida média de 14 anos. Poucos dados existem para problemas de saúde desta raça. No entanto, quando criados, para serem muito exagerados, podem estar sujeitos a displasia da anca, e cães com o peito profundo, por vezes, sofre de inchaço.

O pêlo curto a médio do Rafeiro do Alentejo não exige muita manutenção. Escovagens semanais são suficientes para manter o pêlo bem tratado. O Rafeiro do Alentejo muda de pêlo duas vezes por ano, necessitando de escovagens mais frequentes nestas alturas para remover os fios caídos. O banho deve ser dado apenas quando necessário, uma vez que a água e os produtos destroem a camada oleosa de protecção da pele dos cães.

O Rafeiro do Alentejo é uma raça antiga da região do Alentejo. Como a maioria dos molossos europeus, acredita-se que tenha descendido dos cães corpulentos do Tibete.

Não é conhecida a chegadas destes cães à Península Ibérica, mas eles podem ter vindo com alguns nómadas na pré-história, ou que tenham sido trazidos pelos Romanos. Muitas vezes, é suposto que a raça esteja relacionada com o Mastim tibetano, mas nenhuma prova disso existe. O que se sabe é que esta raça tem sido usado para mover o rebanho de ovelhas das montanhas do norte de Portugal, para o planalto do Alentejo e de volta para a montanha. Devido às mudanças na agricultura e na pecuária, e da eliminação de predadores de grande porte, a raça deixou de ter uso económico e começou a declinar. Criadores, no entanto, têm sido capazes de manter a raça viva, embora em Portugal, ainda é considerada vulnerável.

Acredita-se que o Rafeiro do Alentejo tenha sido difundida durante a época dos descobrimentos, sobretudo pelos pescadores que visitavam regularmente a Terra Nova. É com base nesta teoria que se defende que o Rafeiro do Alentejo seja um dos antepassados do cão da Terra Nova, o Newfoundland.

Sabe-se que o nome "Rafeiro do Alentejo" é utilizado desde o fim do século XIX. A designação vem provavelmente da concepção que a população fazia do cão: um cão rafeiro que era comum na região. Apesar da antiguidade desta linha, o Rafeiro do Alentejo teve de esperar até meados do século XX para se ver livre da classificação de rafeiro. Ironicamente, o nome escolhido para a raça acabou por ser o nome colocado pela população.
 

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Perdigueiro Português

O Perdigueiro Português é uma raça de cães desenvolvida para a caça, principalmente na caça à perdiz.
É uma das várias raças de perdigueiros.
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Perdigueiro Português.

O Perdigueiro Português surgiu a partir do Perdigueiro Peninsular, antiga raça de cães ibérica, estando a sua presença documentada desde o início do século XII. A sua evolução resultou de vários factores como, adaptação ao clima, tipo de caça, terreno e selecção introduzida através da especificidade cultural portuguesa. No século XIV, era criado nos canis reais e era utilizado na caça de altaria, sendo conhecido como Podengo de Mostra, evidenciando já a possibilidade de parar perante a caça. No século XVI, já com o nome de perdigueiro, tornou-se um cão de caça muito popular entre as classes mais baixas da sociedade. No século XVIII, muitas famílias inglesas estabeleceram presença na região do Porto no negócio da produção de vinho e tomaram contacto com a raça sendo levado para Inglaterra onde desempenhou um papel importante na origem do Pointer Inglês. No entanto, durante o século XIX, quando Portugal atravessava dificuldades sociais consideráveis, a raça começou um declínio progressivo. Foi somente em 1920 que alguns criadores fizeram um esforço para salvar a raça, localizando alguns dos cães no inacessível norte de Portugal. O livro português de Pedigree foi então estabelecido em 1932 e o padrão da raça em 1938. Durante pelo menos mil anos, este cão teve sempre a mesma cabeça quadrada, orelhas triangulares e aspecto compacto.
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O Perdigueiro Português é um cão extremamente meigo e afectivo, dotado de grande capacidade de entrega e muito resistente. É calmo, bastante sociável e um pouco petulante em relação aos outros cães. Trabalha com vivacidade e persistência e é curioso por natureza. Mantém sempre o contacto com o seu caçador. Movimenta-se com passada fácil e é garboso. É polivalente nas suas função e muito adaptável aos variados terrenos, climas e tipos de caça.
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Perdigueiro Português com uma perdiz durante a caça.

De cor amarela nas variedades clara, comum e escura, unicolor ou malhada de branco na cabeça, pescoço, peito e calçado. Nos machos, a altura na cernelha é de 52 a 60 centímetros, o peso é de 20 a 27 kg. Nas fêmeas, a altura é de 48 a 56 centímetros e o peso é de 16 a 22 kg. Actualmente é um excelente cão de companhia.
 

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Cão de Fila de São Miguel

Data do século XVI a primeira referência à existência de cães de Fila nos Açores, nomeadamente na ilha de São Miguel. O facto das ilhas açorianas terem uma propensão natural para a exploração pecuária de gado bovino, conduziram à criação de uma raça canina especialmente dotada para a faina de conduzir e defender este gado.
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Cão de Fila guardando o gado bovino.

Ainda que os cães hoje existentes descendam de exemplares de mastins e alões levados do continente pelos colonos desde o tempo do Infante D. Henrique e posteriormente tenha sido introduzido sangue dos ingleses Mastiff, Bulldog e Dogue de Bordéus francês, resultado dos contactos marítimos com estes povos, existe hoje uma raça bem definida com características morfológicas e temperamentais muito concretas.
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Cão de Fila de São Miguel (Açores)

Usado essencialmente na condução do gado bovino leiteiro que existia no arquipélago, é interessante ver a forma como mobiliza um animal. Foi também treinado como cão de montaria para a caça ao javali. O seu temperamento agressivo e a sua coragem fazem dele um potencial exemplar muito apreciado para este fins.

Dado que a raça foi recentemente tornada pública, compreende-se a dificuldade de acesso. Apesar de tudo os exemplares ultrapassaram, em 1994, os 71, o que denota um crescimento acentuado desta raça. O cão de Fila de São Miguel é muito rústico nascendo e vivendo no campo junto do gado que justifica a sua existência.
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Cão de média corpulência, forte e rústico (mediolíneo e mossolóide). A cabeça é forte e tem aspecto quadrado. Os lábios são bem pigmentados, sobrepostos, rasgados, firmes e de perfil ligeiramente curvo. A dentição é completa com fecho em tesoura ou em pinça. Os olhos são ovais, bastante expressivos, ligeiramente encovados, castanho escuros, horizontais e de tamanho médio. As orelhas tem uma inserção acima da média e quando não são cortadas, ficam pendentes e ligeiramente afastadas da face.
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O seu pêlo é curto, forte, denso, liso e ligeiramente franjado na cauda e posteriores. A cor pode ser amarela, cinzenta e fulvo, nas tonalidades claro e escuro, devendo ser sempre raiado e podendo ter uma malha branca na região frontal. A pele é grossa e pigmentada.

O cão de Fila de São Miguel, nos Açores, é conhecido pelas gentes da região como o "Cão de Vacas". Dadas as suas características temperamentais não é aconselhável para o não iniciado nas lides cinófilas. Os machos tem uma altura ao garrote: 50 a 60 centímetros, e peso que oscila entre 25 a 35 kg; as fêmeas tem uma altura ao garrote: 48 a 58 centímetros e peso que oscila entre 20 a 30 kg.
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Homenagem ao cão de Fila de São Miguel, nos Açores, conhecido por Cão de Vacas.

O cão de Fila de São Miguel, é uma raça de uma inteligência viva e aguçada, com grande facilidade em aprender. A força de carácter do Cão de Fila de São Miguel, aliada a uma desconfiança perante estranhos instintiva a todo o guarda, pode ser facilmente confundida com agressividade, mas esconde uma índole meiga para com aqueles com quem lida de perto, sem no entanto deixar de ser um guardião tenaz e corajoso de quem o trata. A lealdade à sua família humana é extrema.

Sendo uma raça rústica, possui uma saúde robusta e não existem registos até à data que levem a crer que exista alguma patologia a que a raça seja especificamente atreita por razões genéticas. A esperança média de vida desta raça está calculada nos 12 anos. A mesma rusticidade que dá a saúde vigorosa à raça também a torna uma raça carente de pouca manutenção, num sentido estreito. O pêlo curto e duro poderá ser escovado ocasionalmente e banhos serão esporádicos

Uma alimentação sã e equilibrada proporcionará aos cachorros em desenvolvimento o necessário para se tornarem adultos saudáveis e o mesmo regime será o suficiente para assegurar a saúde em adulto.
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Aqui estes amorosos filhotes de cão de Fila, com seu ar ternurento.
 
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mjtc

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Cão de Água Português

O Cão de Água Português é uma raça de cães originária do Algarve, tendo sido utilizados cães de trabalho por pescadores, desde tempos imemoriais, mas no século XX tornaram-se uma raça rara. Excelente nadador, foi utilizado pelos pescadores portugueses como ajudante nos barcos, guiando cardumes de peixes às redes, recuperando objectos caídos na água, levando mensagens entre barcos e entre a terra e o mar e outras actividades variadas.
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Cão de Água Português (Algarve)

As origens da raça são antigas mas obscuras. Alguns acreditam que o cão de Água já existia desde 700 A.C. Uma provável referência ao cão de Água é um texto de um monge, que em 1297 descreveu um salvamento de um marinheiro por um cão com "o pêlo comprido e preto, tosquiado até à primeira costela, e com um tufo na ponta da cauda", um padrão de tosquia comum nos cães de Água. Uma gravura do início do século XIX, que retrata a chegada do rei de Portugal, D. Miguel I à praia de Belém, mostra um cão de Água nadando em direcção ao barco do rei.

O escritor Raul Brandão, na sua obra "Os Pescadores" (1932), descreve assim a actividade de um barco de pescadores de Olhão: "Tripulavam-no 25 homens e 2 cães, que ganhavam tanto como os homens. Era uma raça de bichos peludos, atentos um a cada bordo a ao lado dos pescadores. Fugia o peixe ao alar da linha, saltava o cão ao mar e ia agarrá-lo ao meio da água, trazendo-o na boca para bordo”.

A partir do século XX, com as novas tecnologias da pesca, o trabalho dos cães de Água tornou-se progressivamente obsoleto. O número de animais da raça diminuiu muito e na década de 1930 os poucos exemplares restringiam-se à costa do Algarve.

Em 1934, dois cães de Água de Sesimbra participaram pela primeira vez de uma exibição canina, levados pelo criador de cães Federico Pinto Soares. Estes animais chamaram a atenção de Vasco Bensaúde, um rico empresário açoriano que também era criador de cães. Bensaúde adquiriu quatro exemplares para seu canil Algarbiorum e iniciou um cuidadoso programa de selecção. O exemplar mais importante foi um macho chamado Leão, que viria a servir como padrão para a raça. Em paralelo outro canil com cães de Água foi estabelecido em Alvalade (Lisboa), pelo criador António Cabral. Mais tarde os cães de Bensaúde passariam a ser propriedade de Conchita Cintrón, uma matadora de touros e criadora de cães de origem peruana casada com um empresário português. Conchita vendeu vários animais para o exterior, inclusive para uma criadora dos E.U.A., Deyanne Miller, que junto a seu marido Herbert foi fundamental no estabelecimento da raça na América do Norte. Além de exemplares da linhagem de Bensaúde, Miller também adquiriu exemplares da linhagem de Alvalade, para diminuir a consanguinidade. Em 1972, criadores dos EUA fundaram o Clube Americano de Cães de Água Portugueses.
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Recentemente, a raça ganhou publicidade inesperada após a família do presidente dos E.U.A., Barack Obama, escolher um cão de Água Português como mascote.
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Bo foi apresentado ao público a 14 de Abril
de 2009.
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Foto oficial do cão da Família Obama.
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Família Obama com o seu cão de Água.

Geralmente os cães de Água são pretos e uma das suas características específicas é a membrana interdigital que faz deles excelentes nadadores e mergulhadores. É uma raça de tamanho mediano, de constituição forte e compacta e musculatura bem desenvolvida. Os machos tem uma altura ideal de 54 centímetros, enquanto as fêmeas medem cerca de 46 centímetros. Os pesos variam entre 19 a 25 kg nos machos e 16 e 22 kg nas fêmeas.

Há dois tipos de pelagem: longo e ondulado, com pêlo mais brilhante, e curto e encarapinhado, de pêlo mais opaco. A pelagem pode ser totalmente negra, branca ou castanha, ou negra ou castanha com manchas brancas. A tosquia típica é feita no focinho e na parte posterior do corpo, deixando uma bola de pêlo na ponta da cauda, o que lhe dá uma aparência de leão.

É considerado um animal excepcionalmente inteligente, com temperamento activo, ardente mas também obediente. É também muito resistente à fadiga. É um exímio nadador, sendo capaz de mergulhar e nadar debaixo de água para recuperar objectos perdidos.
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Cães de Água Português nadando.
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Cão de Água português saltando.

No Parque Natural da Ria Formosa, o Canil da Ria Formosa procura preservar e dar a conhecer esta raça de cão.
 
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rfv

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Gosto muito do serra da estrela,rafeiro alentejano,e cão de gado transmontano, todos de porte Grande.
 

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tenho um cão de fila de são miguel e é lindo ;) É raro cá no continente conhecerem esta raça
 
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