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O Corpo Nacional de Polícia de Espanha anunciou, esta segunda-feira, que desmantelou uma rede criminosa que se dedicava ao roubo de veículos e à falsificação de matrículas para cometer assaltos em empresas de Madrid, Segóvia e Valência, tendo ainda detido oito dos seus membros.
Em comunicado, a polícia explica que a investigação teve início no final do passado mês de dezembro, depois de um assalto a um supermercado na localidade de Rivas.
"Os agentes conseguiram relacionar este ato com outros crimes cometidos nas províncias de Segóvia e Valência, observando que em todos eles foram utilizados veículos previamente roubados e as matrículas originais foram substituídas por matrículas falsas", feitas pelos próprios suspeitos, "com o objetivo de dificultar o trabalho da polícia".
Um dos roubos associados a este grupo aconteceu no passado mês de março, numa empresa em Humanes.
Neste caso, "através de um buraco no teto, estes indivíduos conseguiram roubar cerca de 2.000 pares de sapatilhas avaliadas em 600.000 euros". Da mesma forma, "apenas duas semanas depois, num armazém industrial em Manises, voltaram a atuar, cortando a chapa metálica do telhado exterior e roubando produtos alimentares, garrafas de azeite e artigos de cosmética avaliados em mais de 23.000 euros".
Neste último roubo, os suspeitos "fugiram numa carrinha que tinham previamente roubado nas imediações da empresa".
"Esta circunstância é representativa do modus operandi utilizado por estes indivíduos, uma vez que utilizaram estes veículos e carros topo de gama roubados para cometer os crimes e fugir do local. Em seguida, deslocavam-se para uma quinta situada nos arredores de Madrid, onde escondiam temporariamente as mercadorias antes de as venderem no mercado ilícito através de uma rede de receptores", explica a nota.
O desenrolar da investigação levou à identificação e detenção dos oito membros do grupo criminoso, todos homens, tendo sido realizadas seis buscas simultâneas nas respectivas residências, no passado dia 26 de abril.
No dia seguinte à detenção, foi efetuada uma sétima busca na propriedade de Madrid, que utilizavam como armazém para os bens roubados. Nessa mesma propriedade estavam "enterradas e escondidas em eletrodomésticos fora de uso", "sete armas de fogo e abundantes munições, uma máquina de perfurar matrículas e uma centena de matrículas em branco, bem como instrumentos para a prática dos roubos, como inibidores de frequência para violar sistemas de alarme ou unidades de oxicorte para abrir cofres".
Além disso, foram encontrados "dispositivos de geolocalização, balaclavas, máscaras e coletes semelhantes aos utilizados pelas Forças e Corpos de Segurança, instrumentos normalmente utilizados para cometer roubos com violência e intimidação de outras organizações criminosas". Por esta razão, "os investigadores estão neste momento a averiguar se os artigos apreendidos foram utilizados noutros atos criminosos".
Os detidos foram entregues às autoridades judiciais, que decretaram a prisão preventiva de quatro deles.
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