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Sintra

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Sintra é uma vila portuguesa, no distrito de Lisboa. É sede de um município com 317 km² de área e 377.249 habitantes (2011), subdividido em 20 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Mafra, a leste por Loures e Odivelas, a sueste pela Amadora, a sul por Oeiras e Cascais e a oeste pelo oceano Atlântico. A Vila de Sintra tem recusado ser elevada a categoria de cidade, apesar de ser sede do segundo mais populoso município em Portugal, segundo a Câmara Municipal de Sintra. Existe ainda todo um património literário que transformou Sintra numa referência quase lendária. Sintra, cuja mais antiga forma medieval conhecida "Suntria" apontará para o indo-europeu "astro luminoso" ou "sol", terá sido designada por Varrão e Columela como Monte Sagrado. Ptolomeu registou-a como a "Serra da Lua" e o geógrafo árabe Al-Bacr, no século X, caracterizou Sintra como «permanentemente mergulhada numa bruma que se não dissipa». Podemos encontrar em Sintra testemunhos de praticamente todas as épocas da história portuguesa e não raro, com uma dimensão que chegou a ultrapassar, pela sua importância, os limites deste território. Na candidatura de Sintra a Património Mundial/Paisagem Cultural junto da UNESCO, tratou-se de classificar toda uma área que se assumiu como um contexto cultural e ambiental de características específicas: uma unidade cultural que tem permanecido intacta numa plêiade de palácios e parques; de casas senhoriais e respectivos hortos e bosques; de palacetes e chalets inseridos no meio de uma exuberante vegetação; de extensos troços amuralhados que coroam os mais altos cumes da Serra. Também de uma plêiade de conventos de meditação entre penhascos, bosques e fontes: de igrejas, capelas e ermidas, pólos seculares de fé e de arte; enfim, uma unidade cultural intacta numa plêiade de vestígios arqueológicos que apontam para ocupações várias vezes milenárias.
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A Serra de Sintra (também conhecida como Monte da Lua) é o prolongamento da cordilheira da Serra da Estrela, que termina no Cabo da Roca, assinalando o limite ocidental europeu. Mede cerca de 10 km de Leste a Oeste e aproximadamente 5 km de largura, tendo o seu maior pico uma altitude de 529 metros, na cruz alta. Tem uma fauna riquíssima, sendo exemplo dela, a raposa, a gineta, a toupeira, a salamandra, o falcão peregrino, a víbora e diversas espécies de répteis escamados. O seu clima é temperado com bastantes influências oceânicas, apresentando por isso uma pluviosidade superior em relação à restante área da Grande Lisboa. Daí resulta também uma vegetação única. Cerca de 900 espécies de flora são autóctones e 10% são endemismos. Algumas delas são o carvalho, sobreiro e pinheiro-manso. É alvo de várias excursões turísticas. Também é alvo de praticantes de escalada e montanhismo, já que as escarpas estão na maioria, orientadas a Oeste, o que aumenta o tempo de luz em tardes de Verão. É na Serra de Sintra que podemos encontrar o Castelo dos Mouros, o Palácio da Pena, o Convento dos Capuchos, o Palácio Nacional de Sintra e o Palácio de Monserrate.

Administração municipal

O município de Sintra é administrado por uma câmara municipal composta por 11 vereadores. Existe uma assembleia municipal, que é o órgão legislativo do município, constituída por 53 deputados (dos quais 33 eleitos directamente).
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Câmara Municipal de Sintra.
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Brasão de Sintra.
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Bandeira de Sintra.
 
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Monumentos de Sintra: Castelo dos Mouros!

Erguido sobre um maciço rochoso, isolado num dos cumes da serra de Sintra, na Estremadura, do alto das muralhas do castelo de Sintra, mais conhecido popularmente por castelo dos Mouros, descortina-se uma vista privilegiada de toda a sua envolvência rural que se estende até ao Oceano Atlântico.
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Porta islâmica no Castelo dos Mouros (Sintra).

Após a Invasão muçulmana do século VIII, a região de Sintra foi ocupada, tendo a povoação recebido o nome de as-Shantara e sido erguida a primitiva fortificação da penedia, entre o século VIII e o IX, para controlar estrategicamente as vias terrestres que ligavam Sintra a Mafra, Cascais e Lisboa.
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Vista da Vila a partir do Castelo de Sintra.
 
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Palácio Nacional de Sintra

O Palácio Nacional de Sintra, também conhecido como Palácio da Vila, foi um dos Palácios Reais e hoje é propriedade do Estado Português, que o utiliza para fins turísticos e culturais. De implantação urbana, a sua construção iniciou-se no século XV, com traça de autor desconhecido. Apresenta características de arquitectura medieval, gótica, manuelina, renascentista e romântica. É considerado um exemplo de arquitectura orgânica, de conjunto de corpos aparentemente separados, mas que fazem parte de um todo articulado entre si, através de pátios, escadas, corredores e galerias. O Palácio foi utilizado pela Família Real Portuguesa praticamente até ao final da Monarquia, em 1910. Em 2008 foi o palácio mais visitado de Portugal com 408.712 visitantes.
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Palácio Nacional de Sintra.
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Vista da entrada principal com arcos ogivais (góticos).
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Sala dos Brasões no Palácio Nacional de Sintra, cuja
cúpula ostenta as armas de D. Manuel I, de seus filhos
e de 72 das mais importantes famílias da Nobreza. O
revestimento das paredes data do século XVIII, obra
de grandes mestres da azulejaria lisboeta da altura.
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Janela Manuelina no Palácio da Vila.

D. Manuel I (1495-1521) transforma e enriquece a Vila, a Serra e o seu termo, com uma nova e vasta campanha de obras no Paço da Vila.
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Vista para o Pátio Central com azulejos.
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Aspecto característico deste palácio, rapidamente
identificado pelos turistas, é o par de altas chaminés
cónicas.
 
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Palácio Nacional da Pena

O Palácio Nacional da Pena, popularmente referido apenas por Palácio da Pena ou Castelo da Pena, representa uma das melhores expressões do Romantismo Arquitectónico do século XIX no mundo, constituindo-se no primeiro palácio nesse estilo na Europa, erguido cerca de 30 anos antes do carismático Castelo de Neuschwanstein, na Baviera. Em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das Sete Maravilhas de Portugal.
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Palácio de Monserrate

O Palácio de Monserrate está inserido no Parque de Monserrate situado em São Martinho, Sintra. O palácio foi projectado pelo arquitecto James Knowles e construído em 1858, por ordem de Sir Francis Cook, visconde de Monserrate, enquanto a elaboração dos jardins foi entregue ao pintor William Stockdale, ao botânico William Nevill, e a James Burt, mestre jardineiro. Este palácio que foi a residência de Verão da família Cook, foi construído sobre as ruínas da mansão neo-gótica edificada pelo comerciante inglês Gerard de Visme, que possuiu a concessão da importação do pau-brasil em Portugal e foi o responsável pelo primeiro palácio de Monserrate. William Beckford alugou a propriedade em 1793, realizando obras no palácio, começando a criar um jardim paisagístico. É um exemplar sugestivo do Romantismo português, ao lado de outros palácios na região, como o Palácio da Pena. Durante a década de 1920, o palácio seria posto à venda, acabando por ser adquirido pelo Estado em 1949. Nos jardins deste Palácio podem ver-se vários exemplares botânicos. Actualmente encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1978.
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Palácio de Monserrate, exemplar notável do Romantismo foi construído em 1858.
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Interior do Palácio de Monserrate, projectado pelo
arquitecto James Knowles e construído por ordem
de Sir Francis Cook, visconde de Monserrate.
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Jardins do Palácio de Monserrate um trabalho de paisagismo elaborado pelo pintor
William Stockdale com o botânico William Nevill e James Burt, mestre jardineiro.
 
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Quinta da Regaleira

O Palácio da Regaleira é o edifício principal e o nome mais comum da Quinta da Regaleira. Também é designado Palácio do Monteiro dos Milhões, denominação esta associada à alcunha do seu primeiro proprietário, António Augusto Carvalho Monteiro. O palácio está situado na encosta da serra e a escassa distância do Centro Histórico de Sintra estando classificado como Imóvel de Interesse Público desde 2002. Carvalho Monteiro, pelo traço do arquitecto italiano Luigi Manini, dá à quinta de 4 hectares, o palácio, rodeado de luxuriantes jardins, lagos, grutas e construções enigmáticas, lugares estes que ocultam significados alquímicos, como os evocados pela Maçonaria, Templários e Rosa-cruz. Modela o espaço em traçados mistos, que evocam a arquitectura românica, gótica, renascentista e manuelina. Localizada em pleno Centro Histórico de Sintra e bem perto do Palácio de Seteais, a quinta beneficia do micro-clima da serra de Sintra, que muito contribui para os luxuriantes jardins e os nevoeiros constantes que adensam a sua aura de mistério.
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Palácio da Regaleira, inserido na Quinta da Regaleira.
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Carvalho Monteiro tinha o desejo de construir um espaço grandioso, em que vivesse rodeado de todos os símbolos que espelhassem os seus interesses e ideologias. Conservador, monárquico e cristão gnóstico, Carvalho Monteiro quis ressuscitar o passado mais glorioso de Portugal, daí a predominância do estilo neo-manuelino com a sua ligação aos descobrimentos. Esta evocação do passado passa também pela arte gótica e alguns elementos clássicos. A diversidade da quinta da Regaleira é enriquecida com simbolismo de temas esotéricos relacionados com a Alquimia, Maçonaria, Templários e Rosa-cruz. O bosque ou mata que ocupa a maioria do espaço da Quinta, não está disposta ao acaso. Começando mais ordenada e cuidada na parte mais baixa da quinta, mas sendo progressivamente mais selvagem até chegarmos ao topo. Esta disposição reflecte a crença no primitivismo de Carvalho Monteiro. O Patamar dos Deuses é composto por 9 estátuas dos deuses greco-romanos. A mitologia clássica foi uma das inspirações de Carvalho Monteiro para os jardins da Regaleira.

Poço Iniciático.

Uma galeria subterrânea com uma escadaria em espiral, sustentada por colunas esculpidas, por onde se desce até ao fundo do poço. A escadaria é constituída por nove patamares separados por lanços de 15 degraus cada um, invocando referências à Divina Comédia de Dante e que podem representar os 9 círculos do inferno, do paraíso, ou do purgatório.
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O poço diz-se iniciático porque se acredita que era usado em rituais de iniciação à maçonaria e a explicação do simbolismo dos mesmos nove patamares diz-se que poderá ser encontrada na obra Conceito Rosacruz do Cosmos. A simbologia do local está relacionada com a crença que a terra é o útero materno de onde provém a vida, mas também a sepultura para onde voltará.
 
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Palácio de Seteais

O Palácio de Seteais, elegante palácio cor-de-rosa, agora um hotel de luxo e restaurante da Sociedade Hotel Tivoli, foi construído no século XVIII para o cônsul holandês, Daniel Gildemeester, numa porção de terra cedida pelo Marquês de Pombal. Localizado em Sintra, património mundial, ergue-se este palácio no meio de um terreno acidentado, de onde se pode avistar o mar e o alto da Serra de Sintra.

De arquitectura neoclássica, insere-se no conjunto de palácios reformados pela burguesia. Destaca-se a entrada, com frontões triangulares, janelas de guilhotina e uma escada de dois braços que se desenvolve para o interior no sentido da fachada secundária. Pode-se também constatar a adaptação do palácio à irregularidade do terreno, que tem um enquadramento com o Palácio da Pena. No conjunto, existem dois corpos de planta composta — a ala esquerda, com planta em U, que se desenvolve à volta do pátio interior, e a ala direita, com planta rectangular. As fachadas principais são simétricas, de dois registos. As salas da ala esquerda são pintadas com frisos de flores e grinaldas, salientando-se a Sala Pillement, com cenas figurativas da autoria de Jean Baptiste Pillement, e a Sala da Convenção, com alusões marítimas mitológicas. Realce ainda para a escadaria ampla, de dois braços e três lanços, dando acesso ao andar inferior. Refira-se que este é o Palácio de Seteais, descrito como abandonado na famosa obra de Eça de Queirós "Os Maias". Este magnífico exemplo da Arquitectura de século XVIII, é hoje um luxuoso Hotel dotado de deslumbrantes salões e mobiliário de invulgar riqueza, estando situado em plena encosta da Serra de Sintra. Com fabulosas vistas para o Palácio da Pena, para o Castelo dos Mouros, para o coração das montanhas e com o mar por horizonte, no centro de um cenário único, é neste ambiente romântico que os hóspedes podem efectuar actividades como o ténis e usufruir da ensolarada piscina. Possui 30 quartos, incluindo 1 suite e 16 quartos Duplos, equipados com telefone directo, cofre, televisão satélite, rádio, mini-bar, TV com canal de vídeo, serviços de Internet: linha analógica nos quartos.

Palácio de Seteais.
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Convento da Santa Cruz

O Convento da Santa Cruz, popularmente conhecido como Convento dos Capuchos tem origem numa lenda. De acordo com a lenda, durante uma caçada na serra de Sintra, quando em perseguição a um veado, o 4º vice-rei da Índia, D. João de Castro, se terá perdido vindo a adormecer de cansaço debaixo de um penedo. Em sonho, ter-lhe-á sido revelada então a necessidade de se erigir um templo cristão naquele local. Vindo a falecer mais tarde (1548), sem que tivesse tido oportunidade de cumprir essa obrigação, transmitiu-a ao filho. Desse modo, um convento da Ordem dos Frades Menores foi fundado em 1560 por D. Álvaro de Castro, Conselheiro de Estado de Sebastião I de Portugal e administrador da Fazenda. A primitiva comunidade era composta por 8 frades, sendo o mais conhecido Frei Honório que, de acordo com a lenda, viveu até perto dos 100 anos de idade, apesar de ter passado as últimas três décadas da sua vida a cumprir penitência habitando uma pequena gruta dentro da cerca do convento. Com a extinção das ordens religiosas masculinas no país (1834), a comunidade de franciscanos foi expropriada e viu-se obrigada a abandonar as dependências do convento. Posteriormente, ainda no século XIX, o espaço foi adquirido pelo Visconde de Monserrate. Em 1949 o imóvel foi adquirido pelo Estado Português, tendo chegado ao final do século XX em precário estado de conservação. A partir de 2000 passou à responsabilidade da empresa "Parques de Sintra, Monte da Lua, S.A.", que tem como um dos objectivos centrais da sua actividade a recuperação do espaço. A pobreza foi levada ao extremo na construção deste convento. O conjunto edificado possui uma área relativamente reduzida e várias das suas celas têm portas revestidas a cortiça com altura inferior à de um homem, de modo a induzir a genuflexão. Os elementos decorativos são também escassos, tendo sido mantidos ao mínimo. No refeitório existe uma grande laje de pedra a servir de mesa, oferta do cardeal-rei D.Henrique. Após uma vista ao convento em 1581, Filipe I de Portugal terá comentado: "De todos os meus reinos, há dois lugares que muito estimo, o Escorial por tão rico e o Convento de Santa Cruz por tão pobre".
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Gastronomia em Sintra

A Vila tem algumas especialidades gastronómicas muito apreciadas, especialmente pelos doces que são bastante conhecidos, como é o caso das famosas e deliciosas queijadas de Sintra, feitas pelas pastelarias da Piriquita, Sapa, Gregório e Casa do Preto, bem como os deliciosos travesseiros.

Queijadas de Sintra.

A origem das deliciosas queijadas de Sintra perde-se na época medieval. Desde o século XIII que há notícias relativas à utilização destes bolos para pagamento de foros estabelecidos em contratos de arrendamento de propriedades rústicas nos arredores de Sintra. É no entanto, a partir do século XVIII que começam a surgir referências a nomes de fabricantes, que mais tarde haveriam de tornar-se marcas registadas, e se assiste a uma certa industrialização do seu fabrico. Ou seja, deixou de ter uma escala de produção unicamente doméstica, mantendo no entanto o carácter familiar. Em termos culinários, as queijadas de Sintra são pequenos bolos preparados à base de queijo de vaca fresco, ovos, açúcar, farinha e canela. Os ingredientes são conhecidos de todos e o modo de preparação pouco tem de especial. As proporções com que cada fabricante combina estes ingredientes, criando a sua própria receita, fazem parte da identidade de cada marca de queijadas de Sintra e é mantida e transmitida no interior de cada família de fabricantes, ao longo de gerações sucessivas.
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Queijadas de Sintra

Ingredientes:
- 2 colheres de (sopa) rasas de farinha de trigo;
- 12 queijos frescos pequenos;
- 500 g de açúcar;
- 24 gemas.
Para a Massa:
- 200 g de farinha de trigo;
- 1 ovo;
- 75 g de manteiga;
- sal e água q.b.

Confecção:

Primeiro a massa:
Amasse a farinha com a manteiga, junte o ovo, uma pitada de sal e um pouco de água, vá amassando até obter massa segura e moldável; bata muito bem, faça uma bola e deixe a repousar 30 minutos.
Com o rolo estenda a massa de modo que fique com 2 milímetros de espessura e forre as formas de queijadas, e acerte os bordos.
Coloque as formas num tabuleiro e encha com o creme e leve a cozer em forno quente durante +- 30 minutos.
Agora o creme:
Batem-se muito bem os queijos frescos desfeitos, com as gemas e o açúcar, acrescentando a farinha para dar consistência.
Encha as formas já forradas com este creme.

Travesseiros de Sintra.

Os Travesseiros de Sintra são deliciosos (de comer e chorar por mais!), principalmente quando estão quentinhos e acabadinhos de sair do forno, o que na Piriquita, acontece quase sempre. Os travesseiros são feitos de massa folhada, recheados com doce de ovos com amêndoa e polvilhados de açúcar. Os travesseiros da Piriquita são dos melhores embaixadores de Portugal, levando os sabores de Sintra aos quatro cantos do Mundo. A mulher que ao longo dos últimos 50 anos guarda, a sete chaves, o segredo desta iguaria, chama-se Leonor Cunha, e é a dama de ferro à frente de um doce negócio, que desde 1862 se mantém no feminino. Vendem-se aos milhares todos os fins-de-semana. Há quem percorra dezenas de quilómetros e venha de propósito a Sintra. Os travesseiros da Piriquita tem uma longa tradição familiar por detrás. Representam um dos mais rentáveis negócios do concelho e sempre com uma mulher ao leme: começou no século XIX com Constança Gomes Periquita, e dois séculos depois, é Leonor Cunha que, do alto dos seus 74 anos, lidera com mão de ferro um negócio que sempre se manteve no feminino.
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Os travesseiros da Piriquita são os melhores
embaixadores de Portugal, levando os sabores
de Sintra aos quatro cantos do Mundo.

Travesseiros de Sintra:

Ingredientes:
- 500 g de massa folhada caseira;
- 1 chávena de chá de ovos moles com amêndoa.

Confecção:
Estenda a massa folhada até atingir a espessura de 4 milímetros.
Polvilhando ligeiramente com farinha sempre que necessário para não pegar nem ao rolo nem à mesa.
Depois corte com uma faca rectângulos de massa com cerca de 12x 12 cm.
Coloque no centro 1 colher de sobremesa de Ovos Moles, espalhando um pouco no sentido da largura sem chegar aos bordos.
Enrole com cuidado e espalme-os ligeiramente de modo que o fecho da massa fique virado para um dos lados nunca para baixo.
Coloque os travesseiros num tabuleiro separados ligeiramente uns dos outros e leve a cozer em forno bastante quente cerca de 15 minutos.
Quando estiverem cozidos, retire-os e polvilhe-os ainda quentes um a um com açúcar.
 
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Transportes em Sintra

As carruagens de cavalos operam entre a Vila e a Serra. Este típico meio de transporte de Sintra conduz o turista, no passeio extremamente agradável, entre frondoso arvoredo, ao «glorioso paraíso» nas palavras de Lord Byron. As partidas e chegadas realizam-se no largo fronteiro ao Palácio da Vila. As carruagens puxados por dois cavalos são um ex-libris do Património Mundial de Centro Histórico de Sintra. Sem nunca terem acabado de existir, os trens continuam a trotar pelas estradas da Vila e da Serra de Sintra, transmitindo aos seus passageiros uma parte da magia da Serra e do romantismo das suas redondezas.
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O Eléctrico de Sintra é um dos ex-libris da região. Inicialmente, preenchia a necessidade de ligar a vila de Sintra à Praia das Maçãs, e iniciou as suas funções em 1904. Posteriormente, com o desenvolvimento das vias de comunicação e dos meios de transporte individual, foi abandonado.
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Há cerca de dez anos, a Câmara Municipal de Sintra resolveu recuperar os carris e as carruagens, que hoje continuam a fazer a viagem entre as duas localidades, para benefício dos turistas, que têm assim a possibilidade de descer e subir a serra ao ritmo de outros tempos.

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Além das carruagens puxadas por cavalos e o eléctrico Sintra-Praia das Maçãs, Sintra ainda é abastecida por duas estações de comboios: uma em Sinta e outra na Portela de Sintra. A linha de Sintra é actualmente uma das quatro linhas da rede de comboios suburbanos de Lisboa. Foi inaugurada a 2 de Abril de 1887, aquando da abertura da Linha do Oeste, entre Alcântara-Terra e Agualva-Cacém, com uma ramal em direcção a Sintra. Em 1891 foi iniciado o serviço Rossio-Sintra.
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Sucedeu ao comboio Larmanjat que, a partir de 1871, ligou durante alguns anos Lisboa (Rego) a Sintra. A 28 de Outubro de 1956 a linha passa a ser electrificada, sendo a segunda linha deste tipo em Portugal. Linha em via dupla, sendo quadriplicada entre a junção do ramal do Rossio e Monte Abraão. A ligação às estações de Campolide e Rossio esteve temporariamente interrompida por motivo de obras de consolidação no túnel do Rossio. Sucessivas obras de beneficiação e modernização da linha de Sintra levaram ao fecho de algumas estações e apeadeiros. Os apeadeiros da Cruz da Pedra e de Santa Cruz são os exemplos mais recentes (fim dos anos 90). A estação de São Domingos de Benfica foi encerrada algumas décadas antes. A linha de Sintra é actualmente a linha de comboio suburbano com maior afluência de passageiros da Europa. A estação de comboios ainda tem uma paragem destinada a autocarros e táxis.
 
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Video de Sintra!

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Uma das Vilas Mais Bonitas de Portugal!

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