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Uma Viagem pelo Mundo em Português

Antonio A Alves

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Roménia

A roménia foi um antigo bastião cristão na Europa Oriental. Desde o século XV que existem relatos na ligação entre portugueses e romenos. O Infante D. Pedro, em 1427, foi à Transsilvânia com um exercíto para apoiar o principe romeno Dan II[SUP]o[/SUP] na luta contra os Turcos otomanos que se tinham instalado na Valáquia.

Após a independência da Roménia, em 1877, os dois paises reforçaram os seus contactos políticos. Em 1896 a Roménia abre um consulado em Lisboa, tendo multiplicado esta rede consular durante a Iº. Guerra Mundial (1914-1918). Em 1922 abre o 1º. consulado português no porto de Brãila, a que se seguiu outro em 1928 no porto Constantza..



Durante a IIª Guerra Mundial, o último rei da Roménia -Carol Hohenzollern-Sigmaringen II (1893-1953) - exilou-se no Estoril, em Portugal (1940) onde faleceu, tendo sido sepultado no panteão dos braganças no Mosteiro de S. Vicente de Fora (Lisboa). Em 2003 foi transladado para a Roménia.



Entre os muitos romenos que se refugiram em Portugal anos 30 e 40 destacam-se: Lucian Blaga (1938 e 1939), Mircea Eliade (1940 a 1944), Victor Buescu que fixou residência em Portugal, onde foi professor da Faculdade de Letras de Lisboa.



A seguir à queda da ditadura (25 de Abril de 1974), devido à influência do PCP, entre os vários ditadores foram recebidos em Portugal, sobressai o romeno Nicolae Ceausescu.



A partir de 1999 fixou-se em Portugal dezenas de milhares de emigrantes romenos, o que permitiu reforçar as relações culturais entre os dois países.
 

Antonio A Alves

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Rússia

As relações diplomáticas entre Portugal e a Rússia datam de 1779, no entanto os contactos comerciais e culturais são muitos anteriores

Séc. XVIII. Foi todavia no reinado de Pedro I (1672-1725), quando a Russia se abriu à Europa. Durante a viagem, recruta para o seu serviço o português António Manuel Luís Vieira (1680 ?-1745), um minhoto que se encontrava na Inglaterra. Na Rússia, Vieira assumiu os mais altos cargos do Estado: Foi presidente da Câmara de S. Petersburgo e superintendente da polícia desta cidade, cuja construção esteve a seu cargo (O início da construção começou em 1703). Pedro I nomeou-o seu Ordenança, Ajudante General, Capitão da sua Guarda Pessoal, Brigadeiro e Presidente da Suprema Chancelaria de Polícia de toda a Rússia. Atribuiu-lhe a Ordem de Alexandre Nevski, titulo de Senador e a dignidade Conde. Após a morte de Pedro I (1725), Vieira é mandado para a Sibéria, onde funda a cidade de Okhostsk (1739), o novo porto que iria surgir no Pacífico, na Sibéria Oriental. Cria um estaleiro, uma escola de instrução e inicia a construção da frota russa siberiana. Os seus restos mortais encontram-se no Mosteiro de Alexandre Nevsky. (Cfr.História,20,1980).



Outro do portugueses que acompanharam Pedro I, foi um bobo chamdo João da Costa, apenas se sabe que era muito culto. Na corte imperial teve grande influência o médico português Ribeiro Sanches, que muito contribuiu para a formação dos seus colegas russos.


Em meados dos século XVIII o porto de Lisboa passa a ser ponto de escala dos navios russos. Em São Petersburgo, Luísa Todi, a grande cantora lírica portuguesa deslumbra a corte de Catarina. Estes contactos culminam, em 1779, no estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois país

Século XIX. Durante as invasões franco-espanholas (1801-1814), Portugal estabeleceu uma aliança militar com a Rússia. Há diversos relatos da participação de navios russos, em Lisboa, na luta contra as invasões franco-espanholas.



No princípio de Novembro de 1807, por exemplo, uma frota russa, composta por 9 naus e 2 fragatas, comandada pelo almirante Siniavin, em viagem do Mar Negro para São Petersburgo, devido à preparação da guerra contra a Suécia, entra no porto de Lisboa para invernar, devido a já não conseguir chegar à Rússia antes do aparecimento dos gelos no Mar Báltico. No dia 27 deste mês, a Corte de Portugal partia para o Brasil.



As lutas entre liberais e absolutistas em Portugal (1820-1847) foi seguida atentamente na Rússia.



Século XX. Em 1905, quando rebenta a guerra russo-japonesa, Portugal declarou-se neutral, recusando-se a abastecer a esquadra russa que passou por Lisboa na viagem do Báltico para o Extremo Oriente.



A implantação da República em Portugal (1910), não levou grandes problemas em ser reconhecido pela Rússia. O mesmo não irá acontecer com o regime saído da Revolução Russa, em 1917. Deu-se então um corte nas relações diplomáticas entre os dois países, aumentando a tensão entre eles durante a ditadura salazarista/caetanista (1926/1974).
 

Antonio A Alves

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Seychelles

O arquipélago foi descoberto nos princípios do século XVI pelos portugueses (Vasco da Gama). Em meados do século XVIII foi a vez da França o ocupar..

São Tomé e Princípe

Uma história comum com mais de cinco séculos

Senegal


A presença portuguesa neste país, ultrapassou durante séculos o simples comércio. A mestiçagem foi aqui uma realidade. Chegaram em meados do século XV, criando postos comerciais na foz do Rio Senegal, penetrando até Bambouk, no interior, à procura de ouro, mas também em busca de escravos. Durante o período de ocupação espanhola (1580-1640), os portugueses começaram a ser afastados pelos holandeses (1617) e depois pelos franceses (1630), mas a sua presença permaneceu até à actualidade.

Singapura

Os portugueses chegaram a esta ilha no inicio do século XVI, iniciando desde logo um processo de miscegenação. Uma significativa comunidade de luso-descendentes falava o português ainda em meados do século XX.

Santa Helena, Ilha

Esta ilha foi descoberta e povoada pelos portugueses. João da Nova Castela terá sido o primeiro a desembarcar na Ilha, a 21 de Maio de 1502, no regresso de uma viagem à India. Os ingleses chegaram à Santa Helena em fins do século XVI conduzidos pelos portugueses. A Ilha ficou famosa por aqui ter sido preso o ditador Napoleão Bonaparte, depois de ter sido derrotado na batalha de Waterloo(1815).

Salomão, Ilhas

Descobertas pelo navegador português Pedro Fernandes Queirós ao serviço de Espanha.
 

Antonio A Alves

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Suíça

A suíça foi desde o século XIX uma estância de repouso para muitas das famílias mais abastadas de Portugal. O actual pretendente ao trono de Portugal - D.Duarte Pio de Bragança, nasceu em Berna, na Suíça, em 1945, onde a sua família se refugiou

Um acontecimento marcante foi o casamento D. Fernando II (viúvo de D. Maria II) com Elise Hensler (1836-1929), uma cantora de ópera suiça. A questão despertou no tempo acesas paixões, pois a cantora quando casou já tinha 2 filhos de um músico português. Como prenda de casamento recebeu o título de Condessa d'Elba. Sintra está ligada a este idílio. D. Fernando II deixou-lhe em testamento o Palácio de Pena em Sintra.


A Suíça tornou-se neste século XIX uma estância de repouso, mas também de cura de certas doenças para as famílias mais abastadas de Portugal.

Século XX. A presença de portugueses passa a ser uma constante. Parte da família real no Exílio, desde 1910, estabeleceu-se na Suiça durante a 2ª. Guerra Mundial. O actual pretendente ao trono de Portugal - D.Duarte Pio de Bragança, nasceu em Berna, na Suíça, em 1945, onde a sua família se havia refugiado.


Muitos portugueses passam a ter relações regulares com a Suiça, nomedamente devido a facto de aqui começarem a ser sediadas algumas organizações internacionais, como a Cruz Vermelha.
 

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Somália

Os portugueses chegaram à Somália em fins dos século XV, iniciando uma longa guerra com os muçulmanos que dominavam a região. No início do século XVI, [SIZE=-1]Ahmad Gurey ibn Ibrahim al-Ghazi (1506-1543), Sultão de Harar, cria um poderoso estado muçulmano na região, expulsando os etiopes do litoral da costa oriental de África.

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Os portugueses, em 1506 fazem o seu primeiro ataca em larga escala à Somália, bombardeando os portos de Zelah, Brava e Mogadiscio (Mogadishu). Vários emissários procuravam entretanto estabelecerem ligações com a Etiópia (Abissínia), o único reino cristão (copta) de África.



Os somalis não tardaram em cercarem completamente os etiopes. Em 1535, [SIZE=-1]Ahmad al-Ghazi, controlava o sul e a parte central da Etiópia, preparando-se para invadir o norte (montanha de Tigrai). Os portugueses entretando já haviam penetrado pelo continente africano, chegando ao interior da Etiópia, tendo organizando todo o seu sistema defensivo. Quando Axmed al-Ghazi, em 1543, se preparava para destruir a Etiópia, encontra pela frente [/SIZE]uma força combinada de portugueses e etíopes, vindo a morrer numa batalha perto do lago Tana.



Recorde-se que Cristovão da Gama, filho de Vasco da Gama, morreu em 1542, na Etiópia, numa acção militar contra [SIZE=-1]Ahmad al-Ghazi[/SIZE].


Os etiopes voltarem pouco depois a reconquistar grande parte do território perdido. Mais tarde (séc.XVII), após terem expulso os portugueses acabam por perder tudo o que havia conquistado, ficando de novo isolados na região.
 

Antonio A Alves

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Suécia

Quem visita o National Museum of Fine Art, em Estocolmo, não pode deixar de admirar uma magnifica tapeçaria do século XVI dedicada à chegada de Vasco da Gama à India. Um acontecimento de repercussão mundial.

Culto de Santa Catarina de Vadstena (Suécia). No início do século XVI, o culto desta santa, filha de Santa Brígida (1303 -1373), tornou-se muito popular entre os portugueses, ajudando-o a difundir-se pelo mundo.



Século XVI. A Suécia só se tornou um reino independente em 1523, tendo estado até então ligada á Dinamarca e Noruega. Portugal enviou logo para a Suécia, Damião de Góis, para estudar as possiblidades de negócios. Este conhecido humanista e responsável pela Feitoria de Portugal em Antuérpia terá escrito um livro sobre as deploráveis condições em que vivia o povo da Lapónia (Deploratio Lappianae gentis).



Século XVII. As primeiras relações diplomáticas estabeceleram-se pouco depois da restauração da independência de Portugal, em 1640, após 60 anos de ocupação espanhola. Em 1641 os dois países estabelecem um Tratado de Paz, na sequência do qual a célebre rainha Cristina, envia para Lisboa um importante auxílio militar em armas e munições e um representante diplomático.



O embaixador português ofereceu na altura à rainha duas urnas chinesas (Dinastia Ming, Wanli 1573-1619), que se encontram em exposição permanente no Museu de Antiguidades Orientais de Estocolmo ( Östasiatiska Museet ).


O Padre António Macedo, jesuíta ligado à legação portuguesa em Estocolmo, desempenhou um papel fundamental na conversão da Rainha Cristina ao catolicismo. Em Roma, o padre António Vieira foi o seu confessor.



A partir de 1641, apesar dos entraves colocados pela Espanha, as relações entre os dois países não pararam de se reforçar, nomeadamente através de um activo intercâmbio comercial.
 

Antonio A Alves

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Serra Leoa

Os portugueses chegaram a esta região em 1462, nma expedição comandada por Pedro Sintra. As altas montanhas que avistaram sugeriram-lhes a imagem de "leões" daí o nome que atribuiram a este país. Desde o século XV a Serra Leoa era muito conhecida por ser uma terra de lançados, isto é, de portugueses que penetravam pelo interior de África, onde passavam a viver, adoptando os costumes locais. Esta é a razão porque neste país existem muitos naturais descendentes de portugueses.


Suriname

Antiga Guiana Holandesa acolheu no século XVII, muitos judeus portugueses oriundos da Holanda, no que foram ajudados por um rico judeu português da cidade de Amesterdão. Fundaram uma sinagoga em Paramaribo, um teatro (séc.XVIII), uma sociedade literária -Decando Docenur (1785) e outras instituições que espelham o grande dinamismo desta comunidade.

Saara Ocidental

O primeiro europeu a passar o Cabo do Bojador foi Gil Eanes, em 1434, sendo no local erguida uma fortaleza. Esta praça armada acabou por ficar para os espanhóis. Em 1975 a Espanha abandonou o Saara Ocidental, que desde então é palco de um violento conflito. Subsistem na local vestígios de fortificações.
 
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