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Uma Viagem pelo Mundo em Português

Antonio A Alves

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Equador (Ecuador)

A presença de portugueses na região do actual Equador data do início da conquista espanhola, onde participam activamente na conquista do "Império Inca". João Fernandes, por exemplo, como almirante da frota de Pedro Alvarado (1534) foi à costa do Equador, tendo subido até Quito



A partir de Quito iniciam a exploração de oeste para leste do Amazonas.
Diogo Gomes, navegador português, acompanhado por uma mercador espanhol, em 1538, realizou a primeira viagem entre Quito e o Maranhão.
A conhecida expedição de Francisco de Orellane, em 1541, a partir de Quito desceu o Maranhão até ao "mar do Norte", contou com pelo menos dois portugueses: António Fernandes e Fernando Gonçalves.
A longo do século XVI os portugueses realizam expedições sistemáticas no Rio Amazonas e seus afluentes, implantando povoações e fortes no seu interior. Eram contínuas as entradas de portugueses em Quito, vindos do Amazonas, disso se queixam o jesuítas espanhóis desde finais do século XVI.
A expedição em sentido contrário do Maranhão até Quito, foi realizada por portugueses sob o comando de Pedro Teixeira, entre 1637-1639, que fundou no Equador uma cidade: Franciscana.
 

Antonio A Alves

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Estónia

A conquista da Estónia pela Dinamarca, em 1210, está ligado a acção de uma portuguesa rainha deste país - Dona Berengária. Os navios portugueses desde a Idade Média que visitavam o porto de Talin. No século XVIII, o português António Vieira (Judeu), foi nomeado por o Czar russo Pedro I para o porto de Talin. Em meados do século XIX, Ivan Velho, neto de José Celestino Velho ( mercador da cidade do Porto e primeiro consul português em São Petersburgo) foi recebeu o título de barão e foi nomeado pelos czares russos governador da cidade estónia de Narva.


Filipinas

O arquipélago das Filipinas foi descoberto por portugueses navegando para leste, e depois por Fernão Magalhães, um português ao serviço de Espanha, navegando para ocidente (1521). Antes dos espanhóis aqui se estabelecerem, a partir de 1565, já a maioria das ilhas havia sido explorada pelos portugueses. Contudo, atendendo aos limites fixado no Tratado de Tordesilhas, os portugueses não se opuseram ao seu controle pelos espanhóis, até porque dessa forma os afastavam da Índia
 

Antonio A Alves

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Finlândia

Portugal reconheceu a independência da Finlândia a 19/12/1919, tendo-se iniciado as relações diplomáticas a 10/1/1920. Inúmeros episódios uniram desde então os dois países.
Um dos mais curiosos é o do presidente da república da Finlândia, Marechal Mannerheim, que durante anos tentou vir passar umas férias em Portugal, apenas o tendo conseguido em 1945 (9/11/1945). , ficando alojado na Praia da Rocha (Algarve),
A comunidade finlandesa em Portugal relativamente numerosa. Em Abril de 2011,os finlandeses manifestaram-se contra a concessão de um empréstimo da UE a Portugal.



Formosa / Taiwan


Navegadores portugueses alcançaram a ilha de Taiwan em 1544, e logo a baptizaram de Ilha Formosa. Era um ilha habitada por piratas que resistiu durante muito tempo à colonização, inclusive dos próprios chineses. Em fins do século XIX os chineses cederam esta ilha aos japoneses, mas em 1949 milhares de chineses que não aceitarem o domínio do Partido Comunista sobre a China refugiaram-se aqui, onde fundaram a República da Formosa, também conhecida por República da China ou China Nacionalista (01/03/1950). Trata-se de um regime anti-comunista e pró-ocidental, suportado pelos EUA.

Portugal manteve relações diplomáticas com a Formosa entre 1954 e Janeiro de 1975


 

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França

As relações entre a França e Portugal remontam ao século XI, quando um cavaleiro francês vem para a Península Ibérica e passa a apoiar o desejo de autonomia populações que viviam entre o Douro e o Minho. O seu filho, D. Afonso Henriques será o primeiro rei de Portugal. A partir daqui as relações entre Portugal e a França não pararam de se reforçar, nomeadamente através de casamentos reais e da formação das suas elites culturais.

Ordens Religiosas. No século XII estabeleceram-se em Portugal diversas ordens religiosas que eram verdadeiros potentados em toda a Europa. Entre elas sobressai a Ordem de Cister, cuja casa-mãe estava em França. Ao longo dos séculos constituiu um poderoso meio de ligação entre Portugal e este país

Isabeldeportugal.jpg


Casamentos Reais. No século XV, destaca-se a figura de Isabel de Portugal, filha de D, João I (1385-1433), casada com Filipe III, o Bom, em 1429. Esta rainha portuguesa teve enorme importância no mecenato artístico na Borgonha. Está sepultada em Dijon. No século XVII, D. Afonso VI e depois o seu irmão D. Pedro II casam-se com uma princesa francesa, filha do Duque de Nemours (Maria Francisca Isabel de Sabóia). No século XIX, D. Carlos casou-se com D. Amélia de Orleães, filha dos condes de Paris, a última princesa da Casa Real de França.


Guerras. Foram muitas as guerras entre os dois países, a maior parte das vezes como inimigos, mas algumas como aliados. A lógica destas alianças foi quase sempre a seguinte: se Portugal se aproxima da Inglaterra, a França faz o mesmo em relação à Espanha. Se a Espanha se liga à França, Portugal alia-se à Inglaterra. Foi este o verdadeiro equilíbrio do terror que chegou até ao nossos dias.



Entre as muitas guerras ficaram na memória colectiva as seguintes:

- Séc.XIV : 1383/85: A França apoiou a invasão de Portugal pelos Castelhanos/Espanhóis. Os portugueses receberam o apoio da Inglaterra.

- Séc. XVI/XVIII: Neste longo período a principal actividade marítima da França foi andar no saque dos navios e populações portuguesas e espanholas, assim como das suas colónias. Os seus piratas e corsários faziam verdadeiras razias na costa portuguesa, dos Açores, Madeira, Cabo Verde e Brasil.

A França não tinha poder para mais. Foi talvez por isso que se manifestou contra a ocupação espanhola de Portugal (1580-1640) e apoiou, com a Inglaterra, a revolta dos portugueses contra os invasores. Ao enfraquecer a Espanha tornava mais fácil o saque e a eventual conquista das suas colónias. Finda a ocupação, prosseguiu a mesma linha política de aliança com a Espanha, de modo a evitar a reconstrução de Portugal.

- Séc.XVIII: A França por diversas vezes alia-se aos espanhóis (1702-1714, 1762, 1797, etc), Portugal como resposta apoia as incursões dos ingleses em Espanha e França.

- Séc.XIX: 1801-1814. Em 1801 apoiam os espanhóis em nova invasão de Portugal, da qual resultou a usurpação de Olivença. Instalados em Espanha voltam a invadir Portugal entre 1807 e 1813, tendo destruido e roubado o país a mando do ditador Napoleão Bonaparte. Centenas de milhares de portugueses foram mortos.Só 50 mil morreram à fome durante os cinco meses do cerco de Massena às Linhas de Torres Vedras. Os franceses acabaram por ser derrotados e expulsos com os seus lacaios espanhóis pela população portuguesa e tropas luso-britânicas. Napoleão contou também ao seu serviço como uma Legião Portuguesa (1808 - 1813, que participou nas campanhas assassinas pelas Europa, incluindo a Rússia.

- Séc.XX: 1916/18. Dado que a Espanha tinha uma posição neutral no conflito, Portugal participa na guerra ao lado da Inglaterra e da França...
 

Antonio A Alves

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Geórgia

Os portugueses chegaram no século XVII à Geórgia, através da Irão (Pérsia). Trata-se de uma das muitas explorações terrestres que fizeram ao longo dos séculos nos vários continentes. A expedição à Geórgia surge em 1613, quando tem conhecimento que o Xá Abbas da Pérsia havia invadido e arrasado este país, tendo trazido para Xiraz, entre outros reféns a Rainha Ketevan. Os portugueses que estavam implantados nesta cidade persa, não apenas deram apoio à rainha, mas a todos os georgianos ali deportados. Após a morte da rainha (1624) às mãos dos muçulmanos, desenvolveram uma vasta acção junto do Vaticano para a sua canonização.



Após várias tentativas falhadas, em 1628, Ambrósio dos Santos e Pedro dos Santos, da Ordem dos Agostinhos, conseguem finalmente atingir a Arménia. Em Etchmiadzine obtém autorização para construírem em Gori, um convento e duas residências. Devido ao seu enorme isolamento, falta de linhas de apoio e aos ataques dos muçulmanos, esta comunidade implantada no coração da Geórgia, acabou por ser abandonada (1649).
 

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Gabão

Os portugueses foram os primeiros europeus a chegarem ao Gabão em 1470. Deram-lhe o nome de "gabão", pois o estuário na foz do Rio Komo, parecia-se com a forma de um casaco a que chamavam Gabão. A região foi disputada aos portugueses, no século XVII pelos holandeses, ingleses e franceses que acabaram por a dominar. A presença portuguesa nunca desapareceu da região, o que está bem patente no facto de uma parte muito significativa da população ter ainda apelidos portugueses. Muitas palavras portuguesas fazem parte das línguas locais.


No final dos anos 90 do século XX, as relações entre os dois países foram reforçadas através de vários acordos de cooperação. Em Julho de 2006, três dezenas de fuzileiros portugueses, foram enviados para o Gabão, onde ficaram estacionados em Port- Gentil, no âmbito de uma operação internacional na R.D.do Congo (ex-Zaire).
 

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Gana (Costa do Ouro)

Os portugueses chegaram ao Gana no século XV, onde fundaram a Fortaleza de São Jorge da Mina, uma das mais importantes fortalezas portuguesas em África.
A Mina foi no século XV um lugar quase mítica pelo ouro que nela se podia obter. Está também ligada à presunção de Portugal de manter zonas do Mar fechadas aos estrangeiros, protegendo-a com poderosas armadas. Muitas guerras foram travadas para defender a Mina, cuj importância diminuiu depois da descoberta da América em 1492 por Colombo. Um navegador (português) que ao serviço de D. João II também andou na defesa desta rota.


Gambia

Um território encravado no Senegal, e que se extende ao longo do Rio Gambia. Os portugueses chegaram à Gambia em meados dos século XV, tendo aqui estabelecido uma importante rota de comércio com o Império do Mali. Após a ocupação de Portugal pela Espanha (1580-1640), D. António Prior do Crato, como contrapartida pelo apoio da Inglaterra à resistência portuguesa vendeu, em 1588, a exclusividade do comércio no Rio Gambia aos ingleses. A presença portuguesa continuou a manter-se nesta região.
 

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Goa, Damão e Diu (Índia)

Estes territórios integrados na União Indiana, em 1961, foram desde o século XVI três locais fundamentais na ligação entre o Oriente e o Ocidente.

goa01.jpg

Goa
Este pequeno território, com 3.702 km2, a 400 km de Bombaim, situa-se na costa do Malabar, inclui as ilhas de Angediva, S. Jorge e Morcegos, no oceano indico, mas a uma curta distância da costa. Goa foi conquistado pelos portugueses, em 1510, que o transformaram rapidamente num importante ponto estratégico da ligação entre o Ocidente e o Oriente, mas também como a sua principal base para a difusão do cristianismo nesta região do mundo. Sonharam trasnformar Goa na "Roma do Oriente".

Por todas estas razões, durante séculos os portugueses não se pouparam as esforços para manterem este território. Neste território os portugueses criaram várias cidades: "Velha Goa", Goa ( na ilha de Tissuari), Pangim, Mapuçá, Margão e Vasco da Gama.


Goa, diocese católica desde 1534, foi durante séculos o símbolo da religião cristão no Oriente. Primeiro foram os Franciscanos, mas depois seguiram-se-lhe os jesuítas. Entre os missionários Jesuítas destaca-se S. Francisco Xavier. Chegou a Goa em 1542, percorrendo as costas da Indía e Ceilão, vai até às Molucas, Japão e China, falecendo em. 1552, sendo sepultado em Goa.

Desta época cristã conserva muitas igrejas, nomeadamente do período barroco. O Colégio de São Paulo, sob a direcção dos Jesuitas, foi uma verdadeira universidade no Oriente.



Nos anos 60 dos século XX, após a saída dos portugueses, tornou-se num local de peregrinação dos jovens ocidentais.
Ainda hoje uma boa parte da sua população é constituída por uma mistura de indianos e portugueses. É curioso constatar que, tal como os portugueses, os goeses desde muito cedo começaram a espalhar-se por todo o mundo fazendo deste a sua casa.
Passados mais de quatro décadas sobre a integração de Goa, Damão e Diu na União Indiana, este país está a perder alguns complexos em relação à presença secular dos portugueses neste território, permitindo que o Estado de Goa seja valorizado naquilo que tem de fundamental: um espaço de encontro entre povos e culturas.
Goa está por mar a cerca de 600 km de Damão, que por sua vez está a 250 km de Diu.

DIU

Uma ilha situada à entrada golfo de Cambaia, apenas com 15 km de comprimento e 5 km de largura máxima (37km2 de superficie). Em frente da ponta virada para o golfo e separada pelo rio Chassi fica a aldeia de Gogolá, com 2 km2, assente num minúscula península arenosa. Diu foi ocupada pelos portugueses em 1535, quando o sultão de Cambaia lhes pediu auxilio por causa das investidas dos mongóis. Nesta ilha os portugueses ergueram uma das suas mais poderosas fortalezas na época dos descobrimentos. Dominava toda o golfo de Cambaia e os mercados de trigo, o cereal que Goa não tinha condições para produzir.


Damão

Situada na costa do golfo de Cambaia, tem 54km2 e compreende uma zona costeira onde se ergue a cidade de e os territórios interiores de de Dadrá e de Praganá-Nagar-Aveli. Conquistada em 1539 foi sobretudo um local estratégico na rota marítima entre a India e Portugal
 

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Guiné-Bissau
Uma história comum com mais de cinco séculos


Guiné-Conacri

A presença de portugueses nesta região data da 1ª. metade do século XV. A partir do século XVII começam a chegar os holandeses e depois os franceses, constituindo-se no século XIX numa colónia da França. A Guiné-Conacri tornou-se independente em 1958, entrando nos anos 60 para a órbita da antiga União Soviética. Em poucos anos tornou-e num dos regimes mais sanguinários de África.

Durante a Guerra Colonial (1961-1974) ocorreu na Guiné-Conacri aquela que foi a última das acções militares agressivas de Portugal num país estrangeiro. A ‘Operação Mar Verde’ foi desencadeada no dia 20 de Novembro de 1970, contra a Guiné-Conacri, onde o PAIGC tinha as suas principais bases de guerrilha. A missão comandada por Alpoim Galvão consistia em Amílcar Cabral (Dirigente do PAIGC), assassinar o presidente Sekou Touré e substituir o governo por um outro amigo de Portugal, aniquilando a Guarda Republicana de Conacri e libertar 22 militares portugueses da cadeia de La Montaigne. Os prisioneiros portugueses foram libertados, o palácio presidêncial tomado, a maior parte da Força Aérea foi destruída, mas tudo o mais falhou. Sekou Touré não se encontrava no país. Amílcar Cabral não foi morto, embora tenha sido traído e assassinado três anos depois, justamente na cidade de Conacri, por membros do seu próprio partido (20/01/1973).

Esta acção provocou um enorme protesto internacional. A missão começou a ser planeada em fins de 1969 e contou com o apoio de dissidentes da Guiné-Conacry (ligados aos serviços secretos franceses).
Ao contrário do que seria de esperar, após a Independência da Guiné-Bissau, em 1975, os conflitos com a Guiné-Conacri não tem parado.
 

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Guiana (Inglesa)

A presença portuguesa surge logo no século XVI. Em 1596 aí se estabelece uma importante comunidade de judeus. Em 1835 o número de portugueses rondava os 30 mil, estando presentes em todas as esferas económicas e sociais.


Guiana Francesa


A presença francesa foi sempre diminuta nos trópicos. Esta região era por isso alvo de uma intensa disputa entre portugueses e franceses, tendo os primeiros ocupado esta colónia no inicio do século XIX.

Grécia

As comunidades portuguesas judaicas espalharam-se a partir do século XVI por todo o mundo, procurando manter sempre vivas as suas origens. Fugindo à Inquisição, o judeu português José Nassi ( Joseph Nasi) estabeleceu-se no Império Otomano, onde acabou por ser nomeado Duque da Ilha de Naxos, no Mar Egeu.
Na cidade de Salónica, antes da II Guerra Mundial existia aqui uma importante comunidade portuguesa que foi praticamente dizimada após invasão alemã
 

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Guatemala

A conquista de toda região da Guatemala está liga a um português - João Rodrigues Cabrilho. Este capitãomuito experimentado nas coisas do mar, após ter estado em acções em Cuba (1510/11), México e com Pedro Alvarado na conquista Honduras, Guatemala e San Salvador (1523-1535). Acabou por fixar residência na cidade de Santiago dos Cavaleiros de Guatemala (1524), onde recebeu inumeros privilégios de Alvarado. Foi então nomeado almirante da armada que tinha como objectivo alcançar a China e as Molucas navegando para Ocidente. Entre 1538 e 1543 comandou uma expedição que explorou a costa leste do EUA.
Pedro de Alvarado, na cidade de Gautemala, em 1532, escreveu a Carlos V, uma carta afirmando que havia dois anos que fora contactado por dois pilotos portugueses, os quais lhe propuseram ir conquistar o «Império Pirú». Os portugueses guiavam desta forma os espanhóis na conquista da América. Ainda em 1532, partiu desta cidade uma expedição para a conquista do Peru, sob o comando de Sebastián de Belalcázar, um piloto português chamado João Fernandes. Este piloto participou na conquista de Tumbes e de Cajamarca, com Pizarro. Noutra expedição com Pedro Alvarado (1534) foi à costa do Equador, tendo subido até Quito.
 

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Gibraltar (colónia inglesa ).

Gibraltar foi ocupado em 1703 pelos ingleses, e sendo-lhes cedido dez anos depois pela Espanha.



A presença de portugueses neste território data pelo menos do iníciodo século XV, quando se tornou num porto de escala e reabastecimento de Ceuta, conquistada em 1415 por Portugal. No século XVI e XVII muitos judeus portugueses refugiaram-se em Gibraltar devido às perseguições religiosas. Quando a Grã-Bretanha ocupa Gibraltar as comunicações com Portugal tornaram-se mais fáceis.



A ocupação inglesa de Gibraltar foi apoiada por Portugal, pois dava-lhes maiores garantias de acesso ao Mediterrâneo, assim como no combate à entrada no Altântico de piratas muçulmanos da Argélia e Tunísia, um problema que se arrastou até finais do século XVIII. Não admira que na segunda metade deste século, a marinha portuguesa tenha realizado continuas acções militares de protecção do estreito de Gibraltar, uma acção que a Espanha se mostrava incapaz de realizar.



No início do século XIX, centenas de familias de judeus portugueses que se haviam refugiado em Gibraltar e em Marrocos começam a regressar a Portugal, constituindo importantes comunidades em Faro, Lisboa e no arquipélago dos Açores. Muitos dos que chegam de Gibraltar entraram em Portugal com passaportes ingleses, o que lhes permitiu uma maior protecção.



Os portugueses não compreendem a reclamação de Gibraltar pelos espanhóis, quando hostensivamente ignoram as suas justas reclamações sobre Olivença, usurpada em 1801 pela Espanha
 

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Gronelândia (Groenlândia ou Groelândia)

Desde finais do século XV que os portugueses frequentam as costas da Gronelândia, nomeadamente na pesca do bacalhau.



Durante a 2ª. Guerra Mundial, Portugal e a Gronelândia (colónia Dinamarquesa) passa a fazer parte de um eixo de defesa Atlântica que protegeu os EUA. Na sequência desta acção será criada em 1949 a Nato.


Holanda

No século XVI, milhares portugueses judeus, refugiam-se na região da actual Holanda, criando aí uma importante comunidade. A luta destes portugueses contra do domínio de Portugal pela Espanha, entre 1580 e 1640, acabou por facilitar a expansão dos países baixos pelas rotas marítimas abertas por Portugal, mas também por dificultar a expansão do cristianismo no Oriente abrindo deste modo espaço ao islamismo.


Judeus portugueses. A partir de 1580 milhares portugueses judeus, refugiam-se na Holanda criando aí uma importante comunidade. Muitos vieram de Portugal e muitos outros da feitoria de Antuérpia e de Hamburgo (Alemanha). A Holanda deu-lhes não apenas liberdade para desenvolverem as suas activiades, praticarem os seus cultos, mas também apoio para combaterem no exterior os espanhóis.



A sua experiência foi decisiva na criação da República das Províncias Unidas (1581), expansão marítima dos holandeses e a transformação de Amesterdão no principal porto da Europa. Estes portugueses conduziram os holandeses ao coração do Império Espanhol e do Império Português dominado pela Espanha
 

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Havai (EUA)

As ilhas Hawai, situadas em pleno Oceano Pacífico, foram descobertas no século XVI por um português ao serviço de Espanha. A presença de portugueses só começa a notar-se a partir da segunda metade do século XIX, quando aí se começaram fixar portugueses oriundos da Madeira (marinheiros desertores dos barcos baleiros). Eram 395 em 1872. Em 1880, o Hawai contava já com 813 açorianos, 540 madeirenses, 120 cabo-verdianos e 120 crianças filhas de portugueses. Entre 1907-1910 começa uma enorme vaga emigratória. Em 1910 contavam-se já 22.294 portugueses no Hawai. Em 1930 atingiam os 27.588 e desempenhavam as mais diversas actividades económicas e sociais. Em 1940 seriam mais de 35 mil, estando profundamente enraizados na vida das ilhas e com uma enorme influencia na cultura local. Os nomes Rebelos, Perestrelos, Vieiros, Câmaras, Bettencourts, Silvas, Pracanas, Soares, Cardosos, Freitas, Lomelinos continuam a ser muito comuns. O cavaquinho português (o ukulele), foi aqui promovido a instrumento musical nacional. Esta influência estende-se desde a arquitectura, à culinária até à religião, onde se continuam a realizar as célebres festas do Espírito Santo. Em Honolulu existem três "Impérios".

Hungria

Camões, nos Lusíadas refere uma antiga lenda que afirmava a origem hungara do Conde D. Henrique, pai do primeiro rei de Portugal. Antes da própria Independência, aqui se estabeleceu o hungaro Martinho de Dume. O fundador do reino da Hungria - Estevão (997­1038) - foi canonizado no século XII, tornando-se um santo muito popular em Portugal. Os contactos não terminam por aqui. No século XIV, a conhecida rainha Santa Isabel, mulher do rei D. Dinis, era sobrinha da rainha Isabel da Hungria, celebrizada também por milagres com rosas


No século XVI a Hungria passa a ser dominada pelos austríacos (1526-1918) e os turcos (-1699), foi durante este período que aqui se estabeleceu neste país uma comunidade de portugueses judeus. No século XVIII, estabeleceu-se em Portugal o arquitecto hungaro Carlos Mardel, que desenhou a Baixa Pombalina, após o terramoto de 1755.



Durante a IIª. Guerra Mundial a ditadura (salazarista) terá concedido aos judeus da Hungria alguma protecção (cerca de 1 milhão foram mortos nos campos de concentração). Na Grande Sinagoga de Budapeste foi erigido um memorial que recorda o Holocausto, e faz uma justa homenagem a todos aqueles que ajudaram a salvar muitos judeus. Aí se recorda um diplomata português - Carlos Alberto de Liz-Teixeira Branquinho - que em 1944 salvou mais de 800 judeus dos campos de concentração. Na Embaixada de Portugal estabeleceu uma posto da Cruz Vermelha Portuguesa para ocupar-se dos judeus refugiados. Não foi caso único, o seu antecessor, Carlos de Almeida Fonseca Sampayo Garrido, embaixador também em Budapeste entre 1939 e 1944 ajudou inúmeros judeus salvando-os de uma morte certa. Em Maio de 1944 prestou igualmente apoio a judeus na Suiça.



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Antonio A Alves

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Ilhas Fernão do Pó e Ano Bom (Guiné Equatorial )

Ao longo da história, sempre que Portugal manifestou problemas internos, os seus vizinhos ibéricos iniciaram desde logo a sua política de saque de uma parte dos seu território ou possessões ultramarinas. Na segunda metade do século XVIII, os espanhóis ocuparam-lhes as ilhas de Sacramento e de Santa Catarina (Brasil). Sem meios para suster estes saque, Portugal acaba por lhe ceder as Ilhas de Fernão do Pó (Bioko) e Ano Bom (Ilha Pagalu) em troca da devolução das citadas ilhas (1778, Tratado do Prado). Depois de Ceuta, a Espanha ficava desta forma com mais um pedaço de África que pertencera a Portugal.

Indía

A India foi nos séculos XVI e XVII o símbolo da nobreza portuguesa. Representava em termos ideológicos a razão de ser da gesta marítima: a expansão do cristianismo no Mundo. Por isto, Portugal procurou manter a todo o custo alguns locais da sua presença em solo indiano.

Séc. XVI.Quando Vasco da Gama chegou à India em 1498, encontrou uma região profundamente dividida, onde o Império Mongol
emergia como a potência em ascensão. Depois de 1526 cerca de dois terços da India farão parte deste Império.
Em clara inferioridade númerica, mas sem rivais nos mares, a estratégia dos portugueses foi a de dominaram o litoral, construíndo ao longo das costas da India uma redes de fortalezas, à volta das quais acabaram por surgir muitas cidades indianas.
Esta estrutura militar era acompanhada pela construção de igrejas e difusão de missões religiosas.
Principais cidades portuguesas no século XVI:
Região do Norte

Diu 1535-1961

Damão 1539-1961

Goa 1510-1961






- Bombaim (1534 -1661).

- Chaúl (Revdanda). A 100 km de Bombaím (1521-1739/40)

- Baçaim. A 70 km de Bombaim (1536-1739/40).
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Região do Malabar:
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- Cochim (1503-1663). Em 1663 a fortaleza foi tomada pelos holandeses que destruíram todas as igrejas locais, com excepção da Igreja de S. Francisco.

- São Tomé de Meliapor (1523-1640)

- Cranganore ou Cranganor (Kodungallor): (1536-1663)

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Nos séculos XVI e XVII, os portugueses exploraram todo o sub-continente indiano, fazendo um levantamento exaustivo dos seus povos, tradições e reinos.
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Desde que chegaram à India que todos os anos saíam de Lisboa navios rumo a esta região, naquela que foi uma das mais antigas e seguramente a mais longa carreiras da história na navegação a nível mundial. Dois anos levava um navio a ir e vir da India. É impressionante a lista dos navios que naufragaram e dos portugueses que morreram nestas viagens.
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Séc. XVII. Devido à destruição da marinha de guerra portuguesa durante a ocupação do país pela Espanha (1580-1640), a defesa do Estado da India torna-se vunerável às investidas dos muçulmanos e dos protestantes Holandeses e Ingleses.

Após terem recuperado a independência, em 1640, os portugueses constatam que já não possuem grande parte das suas possessões e não têm meios para defenderem a quase totalidade das que ainda lhes restam no Oriente. A sua estratégia foi a de se concentrarem num número reduzido de regiões com uma forte carga simbólica, mas também onde havia um forte implantação do cristianismo. O Estado da India reduz-se praticamente a Goa, Damão, Diu e Bombaim.

A cidade de Bombaim foi dada pelos portugueses aos ingleses, em 1662, como contrapartida pelo seu apoio na guerra que Portugal travou contra a Espanha (1640-1668).
 
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Antonio A Alves

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Itália

AntonioPires.jpg


Se Portugal cedo procurou na Inglaterra uma aliada estratégica contra as investidas de Castela e depois da Espanha, também o fez junto da Santa Sé, reinos, principados, ducados e repúblicas que existiam em Itália.

A Itália era até final do século XIX um território politicamente muito dividido, cuja posse era disputada por alemães, austríacos, franceses, espanhóis e o Império Otomano.
Santa Sé. O principal elo ligação entre Portugal e Itália está em Roma, centro da Igreja Católica. Desde o século XII, quando se tornou num reino independente, e foi posto sob a alçada da Santa Sé, que se assistiu ao incremento de pessoas que partiam de Portugal para a Itália, pelos mais diversos motivos: peregrinações, relações diplomáticas, comerciais, estudo, etc. A expressiva presença de portugueses em Itália ao longo de séculos está bem patente em inúmeros testemunhos por todo o país.


Ajuda Militar. Entre os séculos XIV e XIX, armadas portuguesas protegeu dos piratas navios mercantes dos estados italianos que passavam ao longo da costa de Portugal. Para Itália, a pedido do Papa ou de estados como o de Veneza, foram enviadas diversas expedições militares contra o Império Otomano.
Estes auxilio não impediu que os venezianos, na 1ª. metade do século XVI, sentindo-se ameaçados com a expansão de Portugal na Ásia tenham apoiado no Indico a luta dos muçulmanos contra os portugueses.
 

Antonio A Alves

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Indonésia

Corria os ano de 1510, quando os portugueses chegaram ao maior arquipélago do mundo, a actual Indonésia. Estabeleceram ao longo do arquipélago diversas feitorias. Nas ilhas de Sumatra (Samatra) e Java criaram-se prósperas colónias. Em Java chegou-se a desenvolver um crioulo (língua resultante da fusão entre o português e as línguas nativas).

Nas Molucas, estabeleceram um acordo com o sultão de Ternate, adquirindo o monopólio do cravinho. Mais tarde deslocarem-se de Ternate, para Ambon, Seram e as Ilhas de Banda. Ainda hoje na língua local, muitas palavras tem origem portuguesa (janela, cadeira, tacho, bandeira, etc).



Nas ilhas Celebes (Sulawesi) a sua presença foi muito forte, não apenas em termos comerciais, culturais, mas também religiosos. A sua capital (Makassar) foi dominada pelos portugueses até 1660.



Em algumas ilhas mais dispersas, como Flores, a presença portuguesa prolongou-se até ao século XIX, tendo deixado marcas profundas na cultura local.



A partir dos século XVII, os portugueses enfraquecidos militarmente com a dominação espanhola (1580-1640)e depois com a guerra que se lhe seguiu, começaram a ceder posições para os Holandeses. A indonésia foi a sua principal colónia dos holandeses.



Em muitas das ilhas deste país subsistem tradições de origem portuguesa, razão pela qual as ligações entre os dois países foram muito intensas aos longo de séculos.
Após a invasão de Timor pela Indonésia, em 1975, as relações entre os dois países foram marcadas pela confrontação diplomática no plano internacional. O conflito só foi superado com a Independência de Timor
 

Antonio A Alves

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Israel

Os portugueses de religião judaica eram até finais do século XV muito numerosos, calcula-se que chegassem a representar mais de 10% da população. Em numerosas de cidades e vilas de Portugal ainda hoje subsistem casas de antigas judearias. Em Tomar, na antiga judearia, existe a maior das sinagogas medievais da Península Ibérica (século XV).

A partir daqui, sob a influência espanhola, seguiram-se tempos de intolerância. Em 1497, por exemplo, mais de 100 mil foram obrigados a converterem-se ao cristianismo, passando a ser designados por Cristãos-Novos. Uma minoria saíu de Portugal, mas a maioria continuou no país praticando em segredo as suas crenças e ritos ou foi assimilada.



Século XVI. As perseguições foram ferozes ao longo deste século. Em 1506, os frades dominicanos mobilizam a população católica para uma chacina de judeus no Rossio (Lisboa). Cerca de 3 mil foram mortos.

Islândia


Ilha perdida no mar do norte é visitada pelos portugueses desde o século XV. Um dos primeiros relatos destas visitas é da autoria de Cristovão Colombo quando afirma que em 1479, ao serviço dos reis de Portugal participou numa expedição Luso-dinamarquesa à Islândia ou à Gronelândia. Esta interpretação é hoje posta em causa, pois pensa-se que a expedição se dirigiu para o Canadá.



A partir de finais do século XVI os navios portugueses passaram a visitar regularmente a Islândia, no ambito das suas campanhas da pesca do bacalhau. Recorde-se que foram os primeiros a ir pescar o bacalhau na Terra Nova ( Canadá ) em 1497. Em 1508 o bacalhau correspondia a 10% do pescado comercializado em Portugal. As alianças para o controlo da pesca do bacalhau datam do inicio do século XVI. Em 1510, por exemplo, Portugal aliou-se à Inglaterra contra a França para controlar a pesca do bacalhau na Islândia. Até ao século XX as ligações de Portugal com a Islândia estiveram sobretudo ligadas à pesca do bacalhau.



Portugal e a Islândia voltaram a ligar-se, mais intensamente no século XX. Em 1949 foram membros fundadores da Nato. Em 1959 Portugal e mais 5 países da Europa fundaram a EFTA, à qual veio depois a aderir a Finlândia e a Islândia. Trabalham actualmente neste país milhares de portugueses.
 

Antonio A Alves

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Irlanda

O lendário místico irlandês São Brandão (séc.VI) foi uma das principais fontes de inspiração dos navegadores portugueses ao longo dos séculos. O seu culto está amplamente espalhado pela zona costeira de Portugal. Ambos os países desde o século XVI mantiveram uma forte cumplicidade baseada na sua identidade católica.

Os dois países mantiveram desde o século XVI uma cumplicidade baseada na sua identidade católica. Inúmeros católicos irlandeses, incluindo centenas de bispos e outros clérigos, vieram para Portugal e Brasil fugidos das perseguições movidas pelos protestantes ingleses.



Em Lisboa foi criada uma verdadeira rede de instituições de apoio aos irlandeses que permaneceu muito activa até meados do século XIX: Colégio de S. Patrício (1590-92), para a formação de jusuítas; Mosteiro das Brígidas ou Inglesinhas (1594); Mosteiro do Bom Sucesso, para dominicanas irlandesas (1639); Colégio de S. Pedro e Paulo ou Inglesinhos (1632), Hospício e Colégio de N.S. do Rosário (1629), Convento/Igreja do Corpo Santo (1659), conhecida popularmente por Igreja dos Irlandeses (dominicanos).



Durante guerra de Portugal contra a Espanha, entre 1640 e 1668, os portugueses recrutaram na Irlanda muitos combatentes devido à sua longa experiência de combate contra os ingleses.



Estas instituições, sobretudo o Convento do Corpo Santo tiveram durante séculos um papel fundamental no apoio ao povo irlandês e na defesa das suas convicções católicas. Nelas se formaram centenas de padres irlandeses que depois retornaram ao seu país. Esta acção só diminuiu de importância quando foi reconhecido, em 1828, a igualdade de tratamento aos católicos irlandeses, mas também porque a emigração e os refugiados irlandeses se passaram a dirigir sobretudo para os EUA. Ainda hoje subsistem em Portugal algumas destas instituições religiosas de origem irlandesa.



Os dois países foram até à bem pouco tempo apontados como exemplos paradigmáticos da perniciosa influência que o catolicismo podia exercer no desenvolvimento económico. A sua pobreza era atribuida à religião católica.



A partir dos anos 80 do século XX, na Irlanda desenvolveu-se um importante movimento de apoio à causa do povo de Timor.
 

Antonio A Alves

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Irão (Pérsia)

O domínio português do Golfo Pérsico no século XVI, fazia parte de uma estratégia global de cercar e atacar os muçulmanos pela retaguarda, conquistando no Oriente os seus principais bastiões. Desta forma a pressão que os turcos faziam no Mediterrâneo seria enfraquecida

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Fortaleza Portuguesa de Ormuz (gravura do séc.XVI)

O domínio português do Golfo Pérsico no século XVI, fazia parte de uma estratégia global de cercar e atacar o Império Otomano pela retaguarda, conquistando no Oriente os seus principais bastiões. Desta forma a pressão que os turcos faziam no Mediterrâneo seria enfraquecida. Os portugueses não contaram com a traição dos italianos (venezianos) e depois dos ingleses e holandeses que no Oriente se aliarem aos muçulmanos para os combater.

Para além da guerra, os portugueses estabelecerem um florescente comércio com os persas (actuais iranianos), importando nomeadamente grandes quantidades de tapetes. Portugal continua a ter a maior colecção do mundo de tapetes persas dos séculos XVI e XVII.

Ormuz (Hormuz,Irão). Cidade estratégica situada à entrada do Golfo Pérsico, foi conquista por Afonso de Albuquerque em 1515, onde estabeleceu uma poderosa fortaleza (Forte Nossa Senhora da Vitória), a que se seguiram outras importantes construções.

Com a dominação espanhola de Portugal (1580-1640), Ormuz fica particularmente vulnerável, à semelhança do que aconteceu a outras possessões e fortalezas portuguesas no mundo.
No século XVII, os ingleses aliando-se aos persas (muçulmanos), conquistam Ormuz em 1622, após um longo cerco. Os vestígios desta presença portuguesa na região continuam a impor-se na paisagem e nas tradições locais.

Ilha de Qeshm (sul do Irão). A fortaleza de Queixome foi construída em 1507 por ordem de Afonso de Albuquerque e era um dos principais bastiões militares portugueses no Golfo Pérsico. Em 1999 foi alvo de importantes escavações arqueológicas, tendo-se encontrado entre outras coisas canhões, porcelanas chinesas, vidros de Veneza, etc.


Bandar Abbas (Comororão, Gameron ou Qamerun, sul do Irão). Forte português.Território português entre 1521 e 1615 fazia parte do sistema militar que controlava o Golfo Pérsico.



Ispaão. No início do século XVII o Xá da Pérsia (Abbas I) sente-se mais do que nunca ameaçado pelo Império Otomano e para lhes fazer frente torna-se mais tolerante com os católicos. Os portugueses aproveitam um clima mais tolerante e pedem autorização para puderem realizar cultos católicos públicos em Ispaão. Esta escolha prende-se com o facto de em 1605, terem sabido que haviam sido deportados cerca de 100 mil arménios para os arredores desta cidade, na recém criada Nova-Djulfa.



A comunidade estava a cargo da Ordem dos Agostinhos. Em Ispaão foi então construído um convento, casas e uma magnifica Igreja. Esta comunidade manteve-se muito activa 1747 quando foi proibida
 
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