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Ángel Hernández, o homem que ajudou a mulher, uma doente em fase terminal, a morrer, em Espanha, não será julgado por violência machista.
Segundo o 20minutos.es, a juíza da 5.ª Vara de Madrid recusa investigar os acontecimentos ocorridos no passado dia 3 de abril, quando Ángel ajudou a sua mulher María José Carrasco a pôr termo à vida, como violência machista. Recorde-se que Ángel administrou arsénico à esposa que sofria de esclerose múltipla.
María vivia há 30 anos com esclerose múltipla e já teria pedido várias vezes para morrer.
Na terça-feira, o Ministério Público de Madrid enviou um texto à juíza no qual o procurador do caso informava que se recusava a investigar esses factos uma vez que foram "cometidos por solicitação expressa" de María José Carrasco, "dada a doença que sofriu". O procurador alega que o caso deve ser encarado como um crime de cooperação para cometer suicídio.
A magistrada terá concordado uma vez que fez saber que o facto de a mulher ter pedido ajuda ao marido para morrer constitui uma exceção às condutas reconhecidas no crime de violência doméstica.
Note-se que embora o Tribunal Supremo exija que qualquer ato de violência de um homem sobre uma mulher seja constitutivo de violência de género, o Ministério Público declara que o crime de violência contra a mulher requer como "primeiro requisito" que tal violência exista.
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