- Entrou
- Out 5, 2021
- Mensagens
- 55,798
- Gostos Recebidos
- 1,584
‘Cordão sanitário’ para travar Governo da extrema-direita na Áustria
Nenhum partido se mostrou disponível para coligação com o Partido da Liberdade.
O Partido da Liberdade (FPO) causou um terramoto político ao vencer as eleições legislativas de domingo na Áustria, mas ficou muito aquém da maioria absoluta e dificilmente conseguirá formar Governo perante a recusa de todos os outros partidos em juntarem-se a um Executivo liderado pela extrema-direita.
O partido anti-imigração e pró-Rússia liderado por Herbert Kickl obteve 29,2% dos votos nas eleições de domingo, no melhor resultado de sempre da extrema-direita no país.
Em segundo lugar ficaram os conservadores do Partido Popular (OVP), do chanceler cessante, Karl Nehammer, com 26,5%, seguidos pelos sociais-democratas com 21%. Após as eleições, Kickl mostrou disponibilidade para negociar com todos os partidos, mas estes apressaram-se a rejeitar qualquer aliança com a extrema-direita, formando uma espécie de ‘cordão sanitário’ para impedir o FPO de formar Governo.
Os únicos a mostrarem alguma abertura negocial foram os conservadores, que já partilharam o poder com a extrema-direita a nível nacional e regional no passado, mas Nehammer colocou como condição que Kickl não seja o candidato a primeiro-ministro.
“Não vou apoiar um Governo liderado por um adepto de teorias da conspiração”, justificou o chanceler.
Se a extrema-direita não conseguir formar Governo, o mais provável é que o Presidente, Alexander Van der Bellen, encarregue os conservadores e sociais-democratas de formarem uma coligação de Governo, possivelmente com o apoio dos Verdes ou dos liberais.
Perfil
Herbert Kickl, de 55 anos, lidera o FPO desde 2021. Aliado do húngaro Viktor Orbán, defende o fim da ajuda europeia à Ucrânia e das as sanções à Rússia. Durante a campanha, prometeu transformar a Áustria numa “fortaleza” contra a imigração ilegal e deportar todos os estrangeiros “indesejados”.
Correio da Manhã

Nenhum partido se mostrou disponível para coligação com o Partido da Liberdade.
O Partido da Liberdade (FPO) causou um terramoto político ao vencer as eleições legislativas de domingo na Áustria, mas ficou muito aquém da maioria absoluta e dificilmente conseguirá formar Governo perante a recusa de todos os outros partidos em juntarem-se a um Executivo liderado pela extrema-direita.
O partido anti-imigração e pró-Rússia liderado por Herbert Kickl obteve 29,2% dos votos nas eleições de domingo, no melhor resultado de sempre da extrema-direita no país.
Em segundo lugar ficaram os conservadores do Partido Popular (OVP), do chanceler cessante, Karl Nehammer, com 26,5%, seguidos pelos sociais-democratas com 21%. Após as eleições, Kickl mostrou disponibilidade para negociar com todos os partidos, mas estes apressaram-se a rejeitar qualquer aliança com a extrema-direita, formando uma espécie de ‘cordão sanitário’ para impedir o FPO de formar Governo.
Os únicos a mostrarem alguma abertura negocial foram os conservadores, que já partilharam o poder com a extrema-direita a nível nacional e regional no passado, mas Nehammer colocou como condição que Kickl não seja o candidato a primeiro-ministro.
“Não vou apoiar um Governo liderado por um adepto de teorias da conspiração”, justificou o chanceler.
Se a extrema-direita não conseguir formar Governo, o mais provável é que o Presidente, Alexander Van der Bellen, encarregue os conservadores e sociais-democratas de formarem uma coligação de Governo, possivelmente com o apoio dos Verdes ou dos liberais.
Perfil
Herbert Kickl, de 55 anos, lidera o FPO desde 2021. Aliado do húngaro Viktor Orbán, defende o fim da ajuda europeia à Ucrânia e das as sanções à Rússia. Durante a campanha, prometeu transformar a Áustria numa “fortaleza” contra a imigração ilegal e deportar todos os estrangeiros “indesejados”.
Correio da Manhã