Rotertinho
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Chile: Juan Aguilar, um dos 31 mineiros que regressaram a casa, teme inconfidências
“Espero que não quebrem o silêncio”
No dia em que 31 dos 33 mineiros resgatados no Chile regressaram a casa, um deles, Juan Carlos Aguilar, confirmou em entrevista a existência de um pacto de silêncio quanto aos primeiros 17 dias do drama, durante os quais estiveram incomunicáveis, e fez um voto: "Espero que os meus companheiros saibam cumprir o pacto."
Aguilar, o 29º a ser resgatado, tem ideias claras quanto a esse assunto e, questionado pelo jornal espanhol ‘El País’, foi taxativo: "Estou muito grato a toda a imprensa, mas não vou falar da minha vida privada [diz-se que prometeu casamento à companheira de há mais de dez anos], nem desse pacto lindo e muito claro que fizemos na mina, de não contar nada do que ali se passou desde 5 de Agosto".
No entanto, nem todos têm a mesma concepção do que deve ser dito ou calado. Yonnis Barrios, conhecido como ‘O Doutor’, por ter noções de socorrismo, negou a versão oficial de que Luis Urzúa, o chefe de turno, foi o líder e organizador da sobrevivência dos mineiros nesses dias dramáticos. "Quem nos guiou desde o início foi Mario Sepúlveda. Foi ele quem fez tudo por nós, quem organizou a equipa. Dava-nos alento, para acreditarmos que íamos sair dali", assegurou, explicando que as decisões eram tomadas em democracia.
Curiosamente, Sepúlveda é um dos dois mineiros que permanecem hospitalizados. O outro é Víctor Zamora. Sepúlveda está, segundo fontes hospitalares, a ser observado e avaliado por uma equipa de saúde mental.
Outra incógnita que paira sobre a quebra do pacto de silêncio diz respeito ao livro escrito durante os 70 dias de clausura por Víctor Segovia.
"Escrever o livro foi o que me salvou a vida", confidenciou. Escrito em três cadernos de actas, foi entregue à guarda de Pedro, irmão mais novo de Víctor, mas nem mesmo ele está autorizado a lê-lo. O primeiro caderno está acessível, mas os dois outros foram selados com fita adesiva e guardados em local reservado. Pedro confirma as múltiplas ofertas para publicação da obra. Na maioria, chegam do estrangeiro, e uma delas, de uma editora alemã, orça os 75 mil dólares.
Entretanto, a Jamaica ofereceu um pacote de férias gratuitas a todos os 33 mineiros resgatados e respectivas famílias.
EQUATORIA NOS SOTERRADOS
Os acidentes em minas sucedem-se. Centenas de socorristas iniciaram ontem escavações numa mina no Sul do Equador, onde julgam estarem soterrados, a 150 metros de profundidade, pelo menos quatro mineiros.
"A operação de resgate deverá demorar mais 24 horas", garantiu ontem o presidente equatoriano, Rafael Correa, explicando que os socorristas irão introduzir no túnel que estão a cavar uma pequena câmara de vídeo e só depois se poderá saber se os mineiros sobreviveram à derrocada.
Outro grave acidente numa mina de carvão, no centro da China, matou 20 trabalhadores e soterrou trinta. De acordo com a televisão estatal de Pequim, a derrocada terá sido provocada por uma violenta explosão no interior da mina, localizada junto à cidade de Yuzhou, na província de Henan. Mais de 2600 pessoas morreram no ano passado em minas chinesas, consideradas as mais perigosas do Mundo.
Correio da Manhã
“Espero que não quebrem o silêncio”
No dia em que 31 dos 33 mineiros resgatados no Chile regressaram a casa, um deles, Juan Carlos Aguilar, confirmou em entrevista a existência de um pacto de silêncio quanto aos primeiros 17 dias do drama, durante os quais estiveram incomunicáveis, e fez um voto: "Espero que os meus companheiros saibam cumprir o pacto."
Aguilar, o 29º a ser resgatado, tem ideias claras quanto a esse assunto e, questionado pelo jornal espanhol ‘El País’, foi taxativo: "Estou muito grato a toda a imprensa, mas não vou falar da minha vida privada [diz-se que prometeu casamento à companheira de há mais de dez anos], nem desse pacto lindo e muito claro que fizemos na mina, de não contar nada do que ali se passou desde 5 de Agosto".
No entanto, nem todos têm a mesma concepção do que deve ser dito ou calado. Yonnis Barrios, conhecido como ‘O Doutor’, por ter noções de socorrismo, negou a versão oficial de que Luis Urzúa, o chefe de turno, foi o líder e organizador da sobrevivência dos mineiros nesses dias dramáticos. "Quem nos guiou desde o início foi Mario Sepúlveda. Foi ele quem fez tudo por nós, quem organizou a equipa. Dava-nos alento, para acreditarmos que íamos sair dali", assegurou, explicando que as decisões eram tomadas em democracia.
Curiosamente, Sepúlveda é um dos dois mineiros que permanecem hospitalizados. O outro é Víctor Zamora. Sepúlveda está, segundo fontes hospitalares, a ser observado e avaliado por uma equipa de saúde mental.
Outra incógnita que paira sobre a quebra do pacto de silêncio diz respeito ao livro escrito durante os 70 dias de clausura por Víctor Segovia.
"Escrever o livro foi o que me salvou a vida", confidenciou. Escrito em três cadernos de actas, foi entregue à guarda de Pedro, irmão mais novo de Víctor, mas nem mesmo ele está autorizado a lê-lo. O primeiro caderno está acessível, mas os dois outros foram selados com fita adesiva e guardados em local reservado. Pedro confirma as múltiplas ofertas para publicação da obra. Na maioria, chegam do estrangeiro, e uma delas, de uma editora alemã, orça os 75 mil dólares.
Entretanto, a Jamaica ofereceu um pacote de férias gratuitas a todos os 33 mineiros resgatados e respectivas famílias.
EQUATORIA NOS SOTERRADOS
Os acidentes em minas sucedem-se. Centenas de socorristas iniciaram ontem escavações numa mina no Sul do Equador, onde julgam estarem soterrados, a 150 metros de profundidade, pelo menos quatro mineiros.
"A operação de resgate deverá demorar mais 24 horas", garantiu ontem o presidente equatoriano, Rafael Correa, explicando que os socorristas irão introduzir no túnel que estão a cavar uma pequena câmara de vídeo e só depois se poderá saber se os mineiros sobreviveram à derrocada.
Outro grave acidente numa mina de carvão, no centro da China, matou 20 trabalhadores e soterrou trinta. De acordo com a televisão estatal de Pequim, a derrocada terá sido provocada por uma violenta explosão no interior da mina, localizada junto à cidade de Yuzhou, na província de Henan. Mais de 2600 pessoas morreram no ano passado em minas chinesas, consideradas as mais perigosas do Mundo.
Correio da Manhã