- Entrou
- Ago 4, 2007
- Mensagens
- 49,234
- Gostos Recebidos
- 1,167
Mais de uma década depois da morte do filho, Kim Erick pensa ter encontrado o corpo de Chris numa exposição em Las Vegas chamada Real Bodies (Corpos Reais, na tradução livre), que expõe cadáveres verdadeiros numa tentativa de educar as pessoas sobre o funcionamento do corpo humano.
"Eu soube logo. Foi tão doloroso olhar para ele. Não tenho palavras para descrever como isto me abalou a mim e à minha família", contou a mulher de 54 anos, do Texas, nos Estados Unidos, ao The Sun. "Estava a olhar para fotos do corpo esfolado e mutilado do meu filho. É de partir o coração".
Kim garantiu que assim que olhou para o corpo nas fotografias percebeu, de imediato, que era Chris, o seu filho, alegando que "enquanto mãe, reconhece tudo nele". Os dois, afirmou, partilhavam "uma ligação muito próxima", até Kim se ter separado do então parceiro e pai de Chris.
Causa da morte de Chris muda três vezes em dois anos
Foi já depois dessa separação que recebeu a notícia: o filho tinha sido encontrado morto na casa da avó. Chris morreu com 23 anos, em 2012.
Inicialmente, a polícia disse-lhe que o seu filho tinha morrido devido a dois ataques cardíacos (fruto de uma deficiência no seu coração) que teve durante o sono. Mas Kim, movida pelo instinto maternal, decidiu pedir às autoridades as fotos tiradas ao corpo quando a polícia chegou ao local.
Semanas depois, foram-lhe enviadas seis fotografias onde o seu filho aparecia coberto de nódoas negras e pequenos cortes.
"As fotos eram muito perturbadoras. [Havia uma cadeira com correias que correspondiam] às marcas nos braços, peito e abdómen do Chris", afirma a mãe do jovem.
Kim diz que a têmpora direita do crânio de Chris tinha sido atingida e que as fotos mostravam sal de cianeto (composto químico extremamente tóxico) seco nos seus lábios.
Perante as novas evidências, Kim apelou aos detetives que reabrissem o processo de Chris, levando a que o médico legista testasse um frasco ainda guardado com o sangue do seu filho. Outros testes ao corpo seriam impossíveis dados que Chris foi cremado.
Os resultados mostraram que o jovem tinha uma quantidade letal de cianeto no seu organismo, negando, por isso, a teoria inicial de que teria sido um ataque cardíaco a matar Chris.
As autoridades acabaram, então, por alterar a causa da morte para intoxicação por cianeto, um mês depois de o filho de Kim ser encontrado. Perante as inconsistências, a mãe acredita que Chris foi assassinado - embora não suspeite quem possa ter cometido o crime.
Em 2014, Kim conseguiu levar o caso a tribunal, mas o juiz considerou que não havia indícios suficientes para considerar o caso um homicídio. Em vez disso, as autoridades acabaram por determinar que se tinha tratado do suicídio.
A causa da morte de Chris, em apenas dois anos, mudou assim três vezes: de ataque cardíaco, para intoxicação e, por fim, para suicídio.
Mesmo assim, Kim continuou com as suas dúvidas e, por isso, decidiu começar a investigar o caso por si mesma.
Kim garante que o seu filho é o corpo conhecido como O Pensador
Depois, em 2018 deparou-se com a Real Bodies, onde cadáveres são submetidos a um processo chamado plastinação que substitui água e gorduras por um plástico polimérico, de forma a preservar o corpo.
Um deles, conhecido como The Thinker (O Pensador, em português) é Chris, garante Kim.
"Tomei muitas medidas antes de perceber que Chris poderia ser um dos corpos", contou Kim. "Comecei por procurar online pela fratura profunda no crânio que vi na têmpora direita da cabeça de Chris quando ele morreu", explicou, acrescentando que viu essa mesma fratura no corpo em exibição.
Outro aspeto que chamou a atenção de Kim foi o corte na pele do ombro do cadáver, exatamente onde Chris tinha uma tatuagem, que facilmente o identificaria.
Já a exibição garante que as alegações de Kim não têm qualquer fundamento factual, acrescentando que todos os corpos expostos foram trazidos da China, pelo que não há qualquer registo sobre quem seriam aquelas pessoas. Para além disso, frisa ainda a Real Bodies, O Pensador está em exposição há mais de 20 anos - o que não é compatível com o espaço temporal da morte de Chris.
Apesar da resposta, Kim continua convencida de que aquele corpo pertence ao seu filho.
IN:NM
