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A cirurgia para travar crise de soluços
“A intenção é bloquear o nervo, e com isso parar o movimento do diafragma que gera o soluço”, explica o médico Matheus Saldanha. “O nervo frénico é responsável por comandar os movimentos do diafragma. Ao anestesiá-lo, médicos tentam reduzir a hiperatividade muscular que desencadeia o soluço contínuo. O procedimento costuma ser adotado quando outras tentativas falham”, continua o especialista.
Revela que o procedimento é feito através de ultrassom e pode durar entre 40 minutos até uma hora. Diz ainda que tem uma efetividade de até três meses. Ao G1, o médico Pedro Bertevello explica que esta intervenção “é feita com anestesia local, por meio da aplicação de um medicamento próximo ao nervo, e é indicada apenas quando os soluços não respondem a tratamentos comuns e causam impacto clínico relevante”.
“A causa mais comum do soluço é a irritação deste nervo. É responsável por acionar o diafragma durante todo o procedimento de respiração. Quando o nervo frénico é ativado de forma errática, o diafragma pode entrar, de certa forma, em curto-circuito”, continua Matheus Saldanha.
Pedro Bertevello aponta ainda outras possíveis causas para o problema do ex-Presidente. “Não há relação direta entre a hérnia inguinal, retirada nesta semana, e o soluço. O soluço surge quando o estômago não esvazia bem ou quando há irritação do diafragma. Pode estar associado a refluxo e à presença de hérnia de hiato, uma condição diferente, em que parte do estômago sobe para o tórax.”
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