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"A passagem de ano em Albufeira morreu. Não vai haver espectáculo"

kokas

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Set 27, 2006
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A Avenida 25 de Abril, coração da cidade, não é a da liberdade mas a da calamidade. Os destroços afogaram o turismo

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Do terraço do hotel Baltum, unidade de três estrelas no coração turístico da Baixa de Albufeira,o panorama é de calamidade. Dois dias depois das cheias de domingo, originadas por chuva intensa e que causaram um morto em Boliqueime, a Avenida 25 de Abril, construída por cima de uma ribeira, estava ainda transformada num mar de lama. Só as galochas se vendiam na cidade, ao ponto de esgotarem na terça-feira em todas as lojas chinesas.O impacte no turismo desta "Albufeira transformada em Iraque" - invocando a imagem dada por um empresário local - é avassalador e terá já efeitos no curto prazo. "A passagem de ano morreu em Albufeira. Não vai haver espectáculo na Praça dos Pescadores, a poucos metros daqui. Impossível", desabafa Fernando Arez, 65 anos, da direção do hotel Baltum. A sua convicção é partilhada por vários empresários e lojistas na zona.O Baltum, nome romano de Albufeira, cidade rica em águas, ficou com o rés do chão alagado e enlameado, sem eletricidade, água e telecomunicações, como aconteceu com outros hotéis e aparthotéis na Baixa e também com vários bares e restaurantes. Toda a maquinaria, cozinha e mobiliário do restaurante concessionado estão estragados. O camião parado à porta encheu-se do entulho que antes era riqueza, incluindo um quadro a óleo que agora parecia pintado a lama. "Tínhamos 30 turistas que tivémos de mudar para outras unidades hoteleiras menos afetadas", contou ao DN Fernando Arez. No total, o prejuízo, ainda não contabilizado, é de "largos milhares de euros". A direção do hotel tinha previsto obras de remodelação para janeiro mas tudo foi alterado: agora está encerrado sem data prevista para reabrir.


dn

 
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