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Acampada promove manifestação no domingo em Lisboa e no Porto

florindo

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Os jovens do movimento espontâneo inspirado na ‘acampada’ espanhola vão realizar no domingo uma manifestação, em Lisboa e no Porto, para passarem a mensagem de que é necessária uma democracia melhor.

A última iniciativa ocorreu a 28 de Maio, com uma manifestação entre a Avenida da Liberdade e o Rossio, em Lisboa, sob o lema ‘Democracia Verdadeira, Já’.

A ‘acampada’, que contesta o actual sistema político, inspirou-se nos contestatários em Espanha que criticam, nomeadamente, o desemprego.

Para esta manifestação de domingo os participantes não esperam qualquer violência policial. «Mas também não a esperávamos da primeira vez», dizem.

A manifestação portuguesa inspirou-se no movimento internacional, que chegou a realizar acampadas em cerca de 800 cidades no mundo.

A situação concreta de alteração política no executivo português não muda nada nos propósitos dos jovens participantes, explicou à agência Lusa Nuno, um dos participantes.

«Não altera nada porque a democracia que se vive em Portugal não é recente», diz.

Segundo aquele activista, o objectivo é «estimular o debate público sobre política».

«Achamos que a sociedade está toda meio a dormir, queremos estimular o debate público e demonstrar às pessoas que há outras formas diferentes de intervir na sociedade. Isso aplica-se independentemente do governo que lá esteja», alegou.

Os jovens defendem «uma cidadania mais activa» e pretendem com estas iniciativas apelar aos cidadãos para participarem mais.

Em relação à dimensão das acções, Nuno explica que o protesto do 12 de Março - da Geração à Rasca - «será sempre um marco, mas era muito concreto, estava ligado à precariedade e ocorreu em circunstâncias políticas diferentes», pelo que não espera um novo protesto com tão elevada participação.

«Será difícil reunir as mesmas condições do 12 de Março, o que não quer dizer que não se consiga gerar qualquer coisa maior, porque nós sabemos que daqui para a frente, com a pioria das condições económicas do País, deverão surgir manifestações espontâneas sem serem marcadas», afirma Nuno.

Os jovens dizem-se «desgostosos com o sistema actual» e defendem que «uma democracia mais verdadeira é possível».

A comparação com os protestos em Espanha não podem fazer-se, diz Nuno, porque a situação dos dois países é muito diferente: «Por estarmos a trabalhar reduz-nos a disponibilidade de participação, enquanto em Espanha, com 40% de desemprego nos jovens abaixo dos 25 anos, é diferente, nós felizmente não estamos tão mal».

Lusa / SOL
 
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