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Indo no lombo de um burro cansado
Numa estrada infernal, imaginária
Fujo da casa antiga que fui maltratado
Penso 'neles' à porta da câmara mortuária.
Meu animal é correto porque nada diz
Não reclama de minhas besteiras
Em nada enfia seu úmido nariz
Se o guio preso, livre das coleiras.
Eu, que sou de tudo o trapaceiro
Entre amigos que há muito me enganam
Sou meio diabo, meio justiceiro
Sou o que meus íntimos nunca sonham.
Meus traços muitos já decantaram
Liberto-me procurando ajuda do mal
Sou o errado que 'eles' nunca enterraram
Ou serei o "burro", apenas um animal?
Passo a passo do meu destino me aproximo
Vou indo porque do (des)amor me saturei
Deixo somente um riso, meu pecado estimo
As cinzas vividas ao vento soprarei.
Já não sei nem do que estou correndo
Se é de mim mesmo ou de alguém
Esses esqueletos daqui estão fedendo
Sinto-me vazio em sê-los, mais ninguém.
O burro sou eu, nem sê-lo agora lembro
De tanto peso poder ter carregado
Em nenhum dia deste amargo setembro
Por que do porquê sentir-me só e condenado...?
O burro está entre as plurais palavras
Intermediário profundo de duas opiniões
Já que tenho duas asas fracas, quebradas
Porque nunca viverei de outras visões.
Minha mente nada absorve agora
No horizonte o inferno está tão perto
Nesta estrada continuo indo embora
O mundo, pra mim, tornou-se um deserto.
Numa estrada infernal, imaginária
Fujo da casa antiga que fui maltratado
Penso 'neles' à porta da câmara mortuária.
Meu animal é correto porque nada diz
Não reclama de minhas besteiras
Em nada enfia seu úmido nariz
Se o guio preso, livre das coleiras.
Eu, que sou de tudo o trapaceiro
Entre amigos que há muito me enganam
Sou meio diabo, meio justiceiro
Sou o que meus íntimos nunca sonham.
Meus traços muitos já decantaram
Liberto-me procurando ajuda do mal
Sou o errado que 'eles' nunca enterraram
Ou serei o "burro", apenas um animal?
Passo a passo do meu destino me aproximo
Vou indo porque do (des)amor me saturei
Deixo somente um riso, meu pecado estimo
As cinzas vividas ao vento soprarei.
Já não sei nem do que estou correndo
Se é de mim mesmo ou de alguém
Esses esqueletos daqui estão fedendo
Sinto-me vazio em sê-los, mais ninguém.
O burro sou eu, nem sê-lo agora lembro
De tanto peso poder ter carregado
Em nenhum dia deste amargo setembro
Por que do porquê sentir-me só e condenado...?
O burro está entre as plurais palavras
Intermediário profundo de duas opiniões
Já que tenho duas asas fracas, quebradas
Porque nunca viverei de outras visões.
Minha mente nada absorve agora
No horizonte o inferno está tão perto
Nesta estrada continuo indo embora
O mundo, pra mim, tornou-se um deserto.