Em C B7 Em
Em
Eu canto para ti o mês das giestas
D G
O mês de morte e crescimento ó meu amigo
Am Dm7 Em
Como um cristal parindo-se plangente
C B7 Em
No fundo da memória perturbada
Em
Eu canto para ti o mês onde começa a mágoa
D G
E um coração poisado sobre a tua ausência
Am Dm7 Em
Eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
C B7 Em
Em que os mortos amados batem à porta do poema
Em
Porque tu me disseste quem em dera em Lisboa
D G
Quem me dera me Maio depois morreste
Am Dm7 Em
Com Lisboa tão longe ó meu irmão tão breve
C B7 Em
Que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro
Em
Eu canto para ti Lisboa à tua espera
D G
Teu nome escrito com ternura sobre as águas
Am Dm7 Em
E o teu retrato em cada rua onde não passas
C B7 Em
Trazendo no sorriso a flor do mês de Maio
Em
Porque tu me disseste quem em dera em Maio
D G
Porque te vi morrer eu canto para ti
Am Dm7 Em
Lisboa e o sol, Lisboa com lágrimas
C B7 Em
Lisboa à tua espera ó meu irmão tão breve
C B7 Em
Eu canto para ti Lisboa à tua espera...
D#7 : xx1212 B7 : 021202
Original: Transpositor na 3ª posição
Em Am Em B7 Em
{Em}Sete balas só na mão
Já{Am} começa a {Em}amanhecer.
{Am}Sete flores de {Em}limão
Para (B7}lutar até {Em}vencer.
Sete flores de limão
Para lutar até morrer.
Já estremece a tirania
Já o sol amanheceu.
Mil olhos tem o dragão
Há chamas de oiro no céu.
Abre no peito o luar
Companheiros acercai-vos.
Arde em nós a luz do dia
Companheiros revezai-vos.
Já o rouxinol cantou
Tomai o nosso estandarte.
No seu sangue misturado
Já não há desigualdade.
Sete balas só na mão
Já começa a amanhecer.
Sete flores de limão
Para lutar até vencer.
Em G
Este parte, aquele parte
C Am D
e todos, todos se vão.
Bm Em
Galiza, ficas sem homens
C B7
que possam cortar teu pão
Tens em troca, órfãos e órfãs
tens campos de solidão
tens mães que não têm filhos
filhos que não têm pai.
Coração, que tens e sofre
longas ausências mortais
viúvas de vivos mortos
que ninguém consolará.
Intro – G C G D G
{G}Acorda meu sangue {D}preso
D7}Acorda meu sangue {G}mudo
Se te {C}amo não te {G}amo
E meu {D}cantar não diz {G}tudo.
Meu olhar de madrugada
Pastor da noite comprida
Luz no peito vigiada
Liberdade consentida.
Acorda meu sangue preso
Rasga o ventre do meu dia
Se te amo não te amo
Meu pastor de alegria.
Meu pastor de alegria
Meu olhar de madrugada
Se eu piso campos verdes
É sempre noite na estrada.
Se te amo não te amo
Meu olhar de madrugada
Trago uma pomba de espanto
Nesta garganta velada.
Original: Transpositor na 3ª posição
Em B7 Em
E|-------0------3-----2-------------2-----3------2-----------
B|-----0---0------0-----0---------0---0------0-----0---------
G|---0-------0------0-----0-----2-------2------2-----2-------
D|-----------------------------------------------------------
A|----------------------------2-----------2------------------
E|-0---------------------------------------------------------
{Em}Erguem-se muros em volta
do{Am}corpo quando nos B7}damos
{Em}amor semeia a {D}revolta
{Am}que nesse instante ca{Em}lamos
Em D Am Em (2X)
La ra ra...
Am B7 Em
Semeia a revolta e o dia
cobrir-se-á de navios
há que fazer-nos ao mar
antes que sequem os rios{B7}
Em D Am Em (1X)
La ra ra...
Em B7
E|-------0------3-----2-------------2-----
B|-----0---0------0-----0---------0---0---
G|---0-------0------0-----0-----2-------2-
D|----------------------------------------
A|--------------2-------------2-----------
E|-0-------------------------------------- Gdim Edim D#dim Em
{Em}Secos os rios a noite
{Am}tem os caminhos B7}fechados
{Em}Há que fazer-nos ao {D}mar
{Am}ou ficaremos B7}cercados
Em D Am Em (2X)
Na na na...
{Em}Amor semeia a revolta
{Am}antes que sequem os B7rios...Em
Fala do homem nascido
António Gedeão/ José Niza
Transcrição – Miguel Gouveia
(G) – 320003
(C) – X32010
(D) – XX0232
(A7) – X02020
(G)Venho da terra(C)assombrada
do ventre de minha(D)mãe
(G)não pretendo roubar(C)nada
nem(D)fazer mal a(G)ninguém
Só quero o que me é(D)devido
(G)por me trazerem(A7)aqui
(G)que eu nem sequer fui(C)ouvido
no (D)acto de que(G)nasci
(G)Trago boca pra(C)comer
e olhos pra(D)desejar
(G)tenho pressa de(C)viver
que(D)a vida é água a(G)correr
(G)Tenho pressa de(D)viver
(G)que a vida é água a(A7)correr
(G)Venho do fundo do(C)tempo
não (D)tenho tempo a(G)perder
(G)Minha barca(C)aparelhada
solta o pano rumo ao(D)norte
(G)meu desejo é(C)passaporte
para a (D)fronteira(G)fechada
(G)Não há ventos que não(D)prestem
(G)nem marés que não(A7)convenham
(G)nem forças que me(C)molestem
(D)correntes que me(G)detenham
(G)Quero eu e a(D)natureza
(G)que a natureza sou(A7)eu
(G)e as forças da(C)natureza
(D)nunca ninguém as(G)venceu
(G)Com licença com(C)licença
que a barca se fez ao(D)mar
(G)não há poder que me(C)vença
mesmo(D)morto hei-de (G)passar
(G)não há poder que me(D)vença
(G)mesmo morto hei-de(A7)passar
(G)com licença com(C)licença
com(D)rumo à estrela(G)polar
(Repete duas primeiras quadras)
Lágrima de preta
António Gedeão/ José Niza
Transcrição – Miguel Gouveia
A – X02220
B7 – X21202
F - 133211
C – X32010
Dm – XX0231
Gm – 355333
E7 - 022130
Original: Transpositor na 1ª posição
{A}Encontrei uma preta
Que estava a{B7}chorar,
Pedi-lhe uma lágrima
Para a{F}analisar.
Recolhi a lágrima
Com todo o{C}cuidado
Num tubo de{Dm}ensaio
Bem{A}esterilizado{Dm}
(Acompanhamento da flauta)
F Gm A Dm
F E C E F E7 A
Olhei-a de um lado,
Do outro e de frente:
Tinha um ar de gota
Muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
As bases e os sais,
As drogas usadas
Em casos que tais.
F Gm A Dm
F E C E F E7 A
Ensaiei a frio,
Experimentei ao lume,
De todas as vezes
Deu-me o que é costume:
Nem sinais de negro,
Nem vestígios de ódio.
Água quase tudo
E cloreto de sódio.
F Gm A Dm
F E C E F E7 A
( B7 : 021202)
Em Am Em
Menina dos olhos tristes / o que tanto a faz chorar
G Am B7 Em
o soldadinho não volta / do outro lado do mar Am B7 Em
Em Am Em
Vamos senhor pensativo / olhe o cachimbo a apagar
G Am B7 Em
o soldadinho não volta / do outro lado do mar Am B7 Em
Em Am Em
Senhora de olhos cansados / porque a fatiga o tear
G Am B7 Em
o soldadinho não volta / do outro lado do mar Am B7 Em
Em Am Em
Anda bem triste um amigo / uma carta o fez chorar
G Am B7 Em
o soldadinho não volta / do outro lado do mar Am B7 Em
Em Am Em
A lua que é viajante / é que nos pode informar
G Am B7 Em
o soldadinho já volta / está mesmo quase a chegar Am B7 Em
Em Am Em
Vem numa caixa de pinho / do outro lado do mar
G Am B7 Em
desta vez o soldadinho / nunca mais se faz ao mar Am B7 Em
LIRA
Adriano Correia de Oliveira
Morte que mataste Lira, A E7 / Morte que mataste Lira, A
Morte que mataste Lira, A7 D Bm / Mata-me a mim, que sou teu!
Morte que mataste lira / Mata-me a mim que sou teu
Mata-me com os mesmos ferros / Com que a lira morreu
A lira por ser ingrata / Tiranicamente morreu
A morte a mim não me mata / Firme e constante sou eu
Veio um pastor lá da serra / À minha porta bateu
Veio me dar por notícia / Que a minha lira morreu
(Em) – 022000
(D) - XX0232
(C) - X32010
(B7) – X21202
(G) - 320003
(F#dim) – XX4545
Original: Transpositor na 4ª posição
Intro:
E|--0------------3------------2-0------------0---
B|----0---0---0----0---0---0------3-0--------0---
G|------0---0--------0---0-------------2-0---0---
D|-------------------------------------------2---
A|-------------------------------------------2---
E|--0------------0------------0--------------0---
(Em)Sobre esta página (D)escrevo o teu (Em)nome
que no (D)peito trago(G)escrito
(C)Laranja verde (Em)limão
(C)Amargo e doce o teu(B7)nome (F#dim)
(Em)Sobre esta página(D)escrevo o teu (Em)nome
de (D)muitos nomes (G)feito
(C)Água e fogo lenha(Em)vento
(C)Primavera pátria (Em)exílio.
(Em)Teu nome onde (D)exilado habito e (G)canto
(C)Mais do que nome(Em)navio
(D)Onde já fui (G)marinheiro
(C)Naufragado no teu(B7)nome. (F#dim)
(Em)Sobre esta página (D)escrevo o teu (Em)nome
que no (D)peito trago(G)escrito
(C)Laranja verde (Em)limão
(C)Amargo e doce o teu(Em)nome
(Em)Esta chama (D)ateada no meu (G)peito
(C)Por quem morro por quem (Em)vivo
(D)Este nome rosa e (G)cardo
(C)Por quem livre sou (Em)cativo.
(Em)Sobre esta página (D)escrevo o teu (Em)nome:
(B7)Liberdade F#dim])
(Em) 022000
(Em/F) 2XX252
(B7) X21202
(D7/A) X0X212
(E) 022100
F-# 244222
(E7) 022130
(F#madd11) 2XX202
Intro - (Em Em/F B7 Em) 2X
(Em)Vento sul vento su(Em/F)ão
(B7)Vento norte vira(Em)ção
Rosa-dos-ventos per(Em/F)dida
Na(B7)rota do cora(Em)ção
(B7)Jogo de morte ou de (Em)vida.
Sai pró mar o pesca(D7/A)dor
Não (B7)sabe nunca se (Em)volta.
Traiçoeiros são os (D7/A)ventos
(B7)Os ventos e as tempes(Em)tades
Cavalos doidos à (D7/A)solta
(B7)No céu cinzento das tardes.(E)
Não sabe nunca se (F#m)volta
(B7)Ai quem lhe dera vol(E)tar.
(E7)Ora no mar naufra(D7/A)gada
(B7)Ora cercada de (Em)grades
Rola rola a vida (Em/F)solta
Na (B7)roda das tempes(Em)tades.
(Em Em/F B7 Em) 2X
(Em)Rola rola a vida (Em/F)solta
(B7)Agora também na (Em)guerra
Também agora na (Em/F)guerra
(B7)No perigo das embos(Em)cadas
(B7)Um dia será revolta(E)
Soldado que vai à (B7)guerra
Não sabe (F#madd11)nunca se (E)volta.
(Em Em/F B7 Em) 2X
(Em)Vento sul vento su(Em/F)ão
(B7)Vento norte vira(Em)ção
Rosa-dos-ventos per(Em/F)dida
(B7)Agora também na (Em)guerra
(B7)Jogo de morte ou de (Em)vida.
(B7 Em Em/F B7 Em)
(Em Em/F B7 Em)
(Em)Vento sul vento su(Em/F)ão
(B7)Vento norte vira(Em)ção
F C
Aí vem a sapateia x2
G C
Para o baile se acabar
Menina com quem bailei
Bem me pode desculpar
F C G C x2
Vem chegando a despedida
Despedida tão chorosa
Eis aqui como se apartam
O cravo de ao pé da rosa
Nesta nossa despedida
É forçoso adeus dizer-te
Deus sabe quanto me custa
Da minha vista perder-te
Original: Transpositor na 4ª posição | 6ª corda em Ré
F#add11/F – 1X430X
C#7 - X4310X
G#sus2 - 4XX344
Fdim - XX3434
Escrevo C#7saudade com o mesmo{F#add11/F] vento
com que C#7escrevo a palavra F#add11/Fliberdade.
Que{C#7] numa e noutra sangra o F#add11/Fpensamento
lá C#7onde a liberdade é uma F#add11/Fsaudade.
Que{C#7] numa e noutra sangra o G#sus2pensamento
lá Fdimonde a liberdade é uma F#add11/Fsaudade.
Saudade que já foi fraqueza
em força e arma transformada
minha festa por dentro da tristeza
minha saudade feita pedra e espada.
Minha saudade que não és passado
mas este tempo nunca navegado
de transformar saudade em liberdade
lá onde a liberdade é uma saudade.
D A D
Pergunto ao vento que passa
A A7 D D7
notícias do meu país
G Gm D Bm
e o vento cala a desgraça
Em A D D7
e o vento nada me diz.
G Gm D Bm
E o vento cala a desgraça
Em A D
e o vento nada me diz.
D A7 D
Mas há sempre uma candeia,
dentro da própria desgraça,
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste,
em tempo de servidão,
há sempre alguém que resiste,
há sempre alguém que diz não.
Há sempre alguém que resiste,
há sempre alguém que diz não.