Portal Chamar Táxi

Advogado prescinde do testemunho da mãe de Andoni Fernandez

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
39,100
Gostos Recebidos
505
Advogado prescinde do testemunho da mãe de Andoni Fernandez

O advogado de Andoni Fernandez, o alegado membro da ETA que está a ser julgado no tribunal de Caldas da Rainha, prescindiu hoje do testemunho da mãe do arguido, Maria Begona Fernandez.

Maria Betona Fernandes era a única testemunha arrolada pela defesa no âmbito do processo em que Andino Fernandes é acusado pelo Ministério Público (MP) de dois crimes de furto qualificado, nove crimes de falsificação e um crime de detenção de arma proibida, todos com vista à prática de terrorismo, e ainda um crime de resistência e coação sobre funcionário, praticados, segundo a acusação, «enquanto membro da ETA».

No início da audiência de hoje o advogado, José Galha, informou o tribunal de que iria prescindir da testemunha e solicitou às autoridades responsáveis pela segurança do tribunal que permitissem «a entra da mãe para que possa assistir à audiência».

A sessão, que teve início às 10h10, prevê a audição de 12 testemunhas arroladas pela acusação, entre as quais Carlos Coxinha, sargento da GNR de Óbidos que em Fevereiro de 2010 comandava a operação stop em que Andoni Fernandez e Oier Mielgo (o outro habitante da vivenda da Avarela) não obedeceram à ordem de paragem.

A fuga à operação precipitou o abandono da vivenda, onde dias depois foram descobertos 1.500 quilos de explosivos.

Ainda durante a manhã está prevista a audição de sete testemunhas.


Lusa/SOL
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
39,100
Gostos Recebidos
505


Autarca queixa-se de prejuízos por julgamento de etarra

O presidente da câmara das Caldas da Rainha, Fernando Costa, defendeu hoje a criação de um tribunal próprio para julgamentos que exigem fortes medidas de segurança, sustentando que o julgamento de um alegado etarra no tribunal local está a prejudicar a cidade.

«Não ponho em causa a necessidade de medidas de segurança, mas isto [o julgamento de um alegado membro da ETA] no coração da cidade está a provocar prejuízos ao comércio e a afectar outros serviços públicos», afirmou o presidente da câmara de Caldas da Rainha, Fernando Costa, à margem do julgamento de Andoni Fernandez, que hoje e quarta feira decorre no tribunal local.

O julgamento de Andoni Fernandez, que hoje começou rodeado de forte medidas de segurança, obrigou ao condicionamento do trânsito e estacionamento na área circundante ao tribunal, onde se situam, entre outros, os serviços da câmara e da repartição de finanças.

Durante a sessão de julgamento a PSP bloqueou igualmente as comunicações móveis, impedindo a realização de chamadas de telemóvel e limitando as ligações de internet, quer dentro do tribunal quer nos edifícios próximos.

«A câmara e as finanças ficaram sem internet e telefones, prejudicando os serviços», lamentou o autarca, defendendo que «se altere a lei processual penal, para que este tipo de julgamentos seja feito em tribunal mais adequado, porque aqui, os dias de julgamento traduzem-se num grande prejuízo para o comércio local».

Preocupado com o prolongamento de julgamento por mais dias do que os dois previstos pelos tribunal (hoje e quarta-feira) Costa sugere à ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, que altere a lei para que «quer aqui quer noutras cidades este tipo de julgamentos não causem a turbulência que estão a provocar em Caldas da Rainha».

Isabel Batista, juíza titular do processo, concorda com a sugestão: «Os juízes de comarca agradeciam que houvesse um tribunal de competência especializada» disse aos jornalistas a magistrada.

Andoni Fernandez é acusado pelo Ministério Público (MP) de dois crimes de furto qualificado, nove crimes de falsificação e um crime de detenção de arma proibida, todos com vista à prática de terrorismo, e ainda um crime de resistência e coação sobre funcionário.


Lusa / SOL
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
39,100
Gostos Recebidos
505
Juiz confronta estucador da casa com contradições entre depoimento ao tribunal e à PJ

Um estucador que fez obras na vivenda em Óbidos, onde foram descobertos explosivos supostamente pertencentes à ETA, foi hoje confrontado pelo juiz com contradições entre as declarações feitas em fase de investigação e o depoimento em tribunal.

Rui Correia, estucador que trabalhou durante mês e meio na vivenda, localizada na Avarela, em Óbidos, disse ao tribunal reconhecer Andoni Zengotitabengoa Fernandez como um dos habitantes da vivenda, onde este «vivia com outro colega» e afirmou que as obras decorreram «com normalidade», tendo apenas os inquilinos reclamado «da demora das obras».

Na sessão de hoje de julgamento do alegado etarra Andoni Fernandez, no tribunal de Caldas da Rainha, o estucador afirmou ainda ter visto bicicletas e caixotes na garagem, mas negou ter visto neste local 'bidons' azuis [onde foram encontrados explosivos].

O homem minimizou ainda uma reacção dos moradores, que não permitiram que os trabalhadores arredassem um armário.

Por considerar haver discrepâncias entre este testemunho e as declarações feitas à Polícia Judiciária (PJ) em Março de 2010, o juiz adjunto Arlindo Crua pediu a confrontação da testemunha.

Rui Correia acabaria por explicar que nas declarações à PJ referiu «factos contados» pelos seus trabalhadores e que ao tribunal referiu apenas aquilo de que se lembra.

Nas declarações à PJ, Rui Correia contara que um dos moradores da casa lhe terá «levantado a voz» quando pretendia afastar um armário da parede, advertindo-o de que «ele próprio fazia isso».

De acordo com a testemunha, no outro dia o armário estava no meio da sala, mas «selado com fita adesiva castanha para ninguém lhe mexer».

Confrontado com as declarações à PJ a testemunha admitiu que, após terem pintado o teto da cozinha, o mesmo «apareceu todo negro», alegadamente devido a fumo e «teve que ser pintado de novo».

Depois de ter negado ao tribunal ter alguma vez visto «um 'bidon' todo queimado» no quintal da casa, durante a confrontação Rui Correia acabou por admitir serem verdade as declarações à PJ, dando nota da existência do 'bidon' queimado e do comportamento «estranho» que os trabalhadores consideravam que os dois espanhóis teriam.

«Tudo neles era estranho», disse Rui Correia à PJ durante a fase de inquérito, adiantando que os operários desconfiavam da ligação dos dois homens «à droga».

Rui Correia confirmou ainda que os trabalhadores lhe terão contado que os inquilinos «tinham programas estranhos no computador», que substituíam por jogos sempre que algum operário se aproximava.

O julgamento prossegue esta tarde com a audição de vizinhos e outras testemunhas ligadas à casa da Avarela, e ainda de Carlos Codinha, sargento da GNR que comandava a operação 'stop' em que Andoni Fernandez e Oier Mielgo recusaram parar.

Oier Mielgo está detido em França e o seu processo foi separado do de Andoni Fernandez, acusado pelo Ministério Público de dois crimes de furto qualificado, nove crimes de falsificação e um crime de detenção de arma proibida, todos com vista à prática de terrorismo, e ainda um crime de resistência e coação sobre funcionário, praticados, segundo a acusação, «enquanto membro da ETA».


Lusa/SOL
 
Topo